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sexta-feira, fevereiro 28, 2003
GRANDES APRESENTADORES E DESENHISTAS DA "TURMA DO LAMBE-LAMBE"
"Daniel Azulay"
Em homenagem à minha amiga Ale...
2/28/2003 01:23:00 da manhã
ALGUNS SINAIS DE QUE O CAMARADA É FRANGA
Um dos passatempos favoritos da galera é dizer quem-é-e-quem-não-é. Rola até discussão. As mulheres defendem os moços bonitos, dizendo que os homens os chamam de viados por inveja.
Alguns homens defendem uns cantores de rock, dizendo que aquela maquiagem e a calça enfiada no rabo são apenas detalhes do visual.
Dentro dessa teratologia de “acusar” a viadagem alheia, há um grupo que passa desapercebido. É o famoso ENRUSTIDO, aquele que adora (ou adoraria) levar uma roliça nos entrementes, mas não abre essa predileção para a moçada.
Mas estamos aqui para desmascará-los. Sim! Chega de apontar para o Brad Pitt e falar que ele é viado! Chega de dizer que o Tom Cruise foi apanhado com dois negrões na cama! Chega de dizer que o Gianne... ops... Esse eu acho que é! Rárárá!
Abaixo, vejamos algumas características:
Fantasias de Carnaval
O carnaval é uma coisa bacana; tremenda festa gostosa! Pessoas se divertindo, alegria generalizada, uma chance de esquecer das mazelas para curtir. Catarse coletiva com uma dose considerável de sexo.
Mas o carnaval também tem um viés de falsidade. As pessoas esperam o ano todo para “soltar a franga”; seja para cheirar lança-perfume, queimar um fumo, fazer sexo grupal ou apenas passar uma noite em claro.
E tem também aqueles “machões” que ficam piscandinho o ano inteiro até o dia em que podem se MONTAR como digníssimas DRAGS-SAZONAIS e saírem pelo salão, ou até mesmo pelas ruas, com roupas femininas e trejeitos idem.
O fato de um cara gostar de se vestir de mulher no carnaval, é verdade, não quer dizer que ele seja viado. Mas quando ele faz isso sempre, e cada vez mais capricha no visual... Hum... Segura a frangona!
Confraternizações em Geral
Festa de fim-de-ano, aquela falsidade, beijos e abraços nas pessoas que quiseram te foder o ano inteiro, chefe que enfia nabos inteiros (e de lado) na cloaca de seus subordinados resolvem pedir perdão e dar um pannetone.
Aquela coisa.
E eis que surge o figura... Ele vem como quem não quer nada e resolve lascar beijos nos caras. Todo mundo ri. Uma belíssima demonstração de amizade e afeição. Tá, tá. E de bichice também.
Afinal, por que conter esse ímpeto até a confraternização de final-de-ano? Por que não arriscar e dar um beijo num dia normal? Ora, simples: porque ele acha isso proibido.
Então, se é proibido, qual o motivo de fazer no final do ano? Talvez por uma exacerbada necessidade de externar carinho, ou então por viadagem. Escolham a alternativa.
Separando Brigas
Essa é bem bolada, e você só descobre se tiver olhos bem atentos. A tática é mesmo muito inteligente. Vejam só...
O camarada vai lá e separa a briga. Não é nobre? Evita que dois destemperados se digladiem. Que coisa mais bonita. Aplausos para o pacifista! Ocorre que, em algumas ocasiões, o camarada chega separando de um jeito um tanto suspeito.
Em alguns casos rola um pega-daqui-puxa-de-lá, que os mais próximos estranham. Isso quando não rola o famoso “agarrão”. Só falta beijar.
Já vi camarada que quer separar briga dando “abraço por trás” e ser dar muito mal. Afinal, o caboclo tá brigando e já tá nervoso, então não é de bom alvitre chegar dando encoxada.
Tapa na Bunda
Já viram essa? Nos jogos de futebol isso é super comum. Um cara bate na bunda do outro, seja para correr, entrar em campo, bater a falta, enfim, por qualquer motivo torpe. Isso é comportamento suspeito, moçada!
Por que tapa na bunda? Por que não um aceno? Por que não uma palavra de estímulo? Por que não um tapinha nas costas ou no ombro?
O tapinha é só um motivo para pegar. Sentir a firmeza da bunda alheia. E antes que alguém pergunta “então por que não dá tapa no pau?”, é melhor checar no histórico futebolístico: a coisa mais comum do mundo é tapinha e agarrão no cacete alheio.
Aliás, tem uns caras que gostam dessa “saudável” brincadeirinha: pegar no pinto dos outros. Sem comentários, né? Daqui a pouco neguinho dá uma chupada de meia hora e fala que “era só brincadeira”.
Danças Suspeitas
Reza a lenda que homem dançando com mulher, só é macho se quiser comê-la. Homem dançando com mulher, sem intenção de comer, é meio franga. Homem dançando sozinho, então, é frangaça.
Deixando de lado essas observações nitidamente preconceituosas, façamos uma análise mais científica, baseada em fatos e estatísticas: já repararam que alguns sujeitos começam a SOLTAR A FRANGA inexplicavelmente?
E nem falo aqui daqueles que se liberam quando rola Gloria Gaynor. Pode estar rolando qualquer coisa. O cara toma uminha e vai para a pista. Se estiver entre amigos, então, é tiro-e-queda: sacode os braços, saracoteia, pula, roda, só falta dar cambalhota.
A mulherada, no início, chega a achar sexy aquele jogo-de-corpo. Depois, as mais céticas já vêem que o fulaninho é carta foríssima do baralho.
Culto Exagerado ao Corpo
A saúde é algo precioso. Não vamos negar. Seria bem adolescente fazer uma apologia à falta de cuidados com a saúde, só para dizer que quem se cuida é franga. Bobagem.
Mesmo a vaidade, tão normalmente associada à bichice, não é exatamente uma coisa que aponta para isso. Ter vaidade significa, tão-somente, cuidar de seus bons atributos; tanto que existe vaidade física e intelectual.
Mas pera lá! O culto exagerado ao próprio corpo quase sempre representa uma verdadeira TRICHICE (quem é da ZL já ouviu a expressão “tricha”).
A explicação é bem simples: fulano se transforma num bonequinho do He-Man e se admira o dia inteiro, exclusivamente porque se atrai pelo corpo masculino. Essa atração, sem grandes firulas psicanalíticas, denota que o dito cujo gosta mesmo é de um homão sarado.
É fruta. Simples assim.
Rejeição aos Gays
Mas mesmo um cara que cometa todos os “pecados” retro, ainda não pode ser considerado bichola se não pisar nesta jaca: ter raiva de gay.
Todo sujeito com comportamento homofóbico é uma bichona louca. Mas daquelas que gostam de pinto de negão, que ficam com tesão de ver o obelisco. Aqueles que se apóiam no poste.
Querem ver um cara que adora levar tarugo nos fundilhos? Querem detectar um Jóquei de Jibóia na multidão? Ele é aquele que, quando passa uma bicha ou alguém fala de viado, ele diz: “para mim eles tinham tudo que morrer” ou então “eu tenho vontade de bater”.
Esse, meus caros, é o maior viado.
Sabem por quê? Porque eles se excitam. É, os viados os perturbam. Eles adorariam ter a mesma coragem, adorariam se roçar juntinho, fazer várias putarias. Mas não podem. E, se não podem, acusam, condenam, jogam na fogueira.
Como a amiga baranga que reclama da gostosa que fica com vários. Se a baranga fosse minimamente atraente, ela faria o mesmo. Por não fazer, condena.
2/28/2003 01:22:00 da manhã
quinta-feira, fevereiro 27, 2003
GRANDES DUPLAS DE VILÕES SÍMIOS DE SERIADOS JAPONESES DA DÉCADA DE OITENTA
Dr. Góri e Karas
2/27/2003 02:57:00 da manhã
NOVO SISTEMA DE COMENTÁRIOS
O Haloscan já era. Até tenho guardados todos os comentários (não que isso tenha alguma valiade literária). Começamos uma nova fase, utilizando o sistema já usado no meu blog BicoDePena.
O sistema adotado é o do "blogger.com.br".
Agora não tem mais aquela bobagem de "cais-cais-cais" e afins. O sistema do blogger.br é meio reaça para essas coisas. Espero qeu seja estável. Se for, já é um bom negócio.
2/27/2003 02:50:00 da manhã
GRANDES MOMENTOS DA IMITAÇÃO
O mundo é feito de idéias. Idéias que são “criadas” e idéias que são “adaptadas”. Na verdade, nem sempre é assim. Aliás, raramente acontece dessa forma. A moçada copia tudo.
Poucas vezes conseguimos saber a origem de uma coisa. È tanta cópia da cópia da cópia da cópia, que acabam tratando como “influência”; um belo eufemismo para a falta de criatividade. Influência ou é falta de criatividade, ausência de personalidade ou simplesmente bajulação.
Algumas “imitações” serão expostas aos leitores. Não são produtos exatamente “imitadores”, mas sim MUITO SIMILARES. Espero que o leitorado sempre atento avise se eu cometi alguma injustiça.
Vejamos a listinha:
Beatles
Alguns beatlemaníacos acham que todo o Universo seja uma cópia dos Beatles (tudo bem que alguns bilhões de anos possam contestar a assertiva, mas isso é de somenos importância). Tirante o fanatismo, devemos lembrar que a maioria das bandinhas de rock, se não imitaram ou imitam, ao menos têm influência TOTAL dos Beatles. Mesmo aquelas supostamente contemporâneas e independentes, como The Who. Rolling Stones, p.ex., foi até certo momento da carreira uma cópia bem piorada, e pseudo-rebelde, dos fab-four.
Roberto Carlos
O “Rei” já foi copiado pra caralho. Dureza. Para o camarada lançar um disco chamado “O Inimitável” é porque a coisa tava feia. Sempre aparecia algum sujeito que “lembrava” o Roberto. De Odair José, que encontrou um nicho formidável entre as empregadas domésticas, e o sumidíssimo José Augusto, cujo timbre era idêntico ao do “Rei”; na verdade, Zé Augusto era mais afinado, mas não tinha um décimo do carisma do Roberto Carlos.
Julio Iglesias
Podemos citar vários cantores que imitam descaradamente o Julio, mas basta concentrar a artilharia em um único alvo: Manolo Otero. Alguém se lembra disso? Há muito tempo, meu tio apareceu com um disco do “Julio Iglesias” em casa, com o danado na capa e tudo. Acreditem, era um disco do Manolo, cantando músicas do Julio. Depois ainda tem gente que reclama do Código de Defesa do Consumidor. Se fosse hoje, a casa ia cair pros caras da loja e da gravadora.
Menudo
Beatles, Beach Boys, enfim, várias outras bandas faziam o gênero “histeria-feminina”. Mas foi o “Menudo” que utilizou essa premissa como objetivo praticamente exclusivo. Depois, foi aquela bagunça. Todo mundo queria lançar uma BoyBand. O Brasil contou com o Dominó e o Polegar. Mas havia os argentinos do Tremendo. Sem contar os americanos, de New Kids ao N’Sync. Depois de muito tempo inventaram a “Girl Band”. Não pegou. O lance são as cantorinhas de carreira-solo.
Xuxa
Por incrível que pareça, e obviamente por idéia alheia, a Xuxa fez escola. A primeira “apresentadora-infantil-boazuda” foi a Xuxa. Começou no Clube da Criança, dando uns empurrões na molecada. Daí foi para a Globo e se transformou praticamente numa freira. Era preciso sempre rever o “Amor, Estranho Amor” para saber quem era realmente a loira no vídeo. Cópias da Xuxa? Angélica, PattyBeijo, MaraMaravilha, Eliana (sim, ela é gostosa, legal, tesão, maravilhosa, meiga, mas é cópia), Jackie “Fantasia” Petkovic etc.
Família Trapo
Quem nunca viu, deveria um dia tentar ver algum episódio. Ronald Golias em sua melhor forma, no papel de Bronco Dinossauro, o cunhadão. Depois da “Família Trapo”, várias imitações pipocaram. Vamos às recentes: “Bronco”, na Bandeirantes; “Sai de Baixo” e “A Grande Família”, na Globo. E não me venham falar que esta última é uma adaptação do Vianinha, tal e coisa. É cópia da “Família Trapo” e fim-de-papo.
Praça da Alegria
Manuel da Nóbrega criou o “Carnê do Baú”. Depois, o Sílvio Santos passou a ser dono (taí uma história que o Sílvio poderia contar para todos um dia...). Além de inventar o Baú da Felicidade, ele também inventou um programa de humor simples, que basicamente reunia vários e talentosos comediantes, que interagiam com um “escada/protagonista”. Sim, era um “escada” para todas as piadas e performances, mas pelo fato de estar lá o tempo todo, era o “protagonista”. Seu filho o imitou no SBT. Mas tinha também a “Praça Brasil”, lá na Bandeirantes. Alguém se lembra dessa?
Coca-Cola
Uma das criações mais famosas da Coca-Cola é o Papai Noel. Mas também tem uma bebida preta, um refrigerante, que faz um relativo sucesso no mundo. É uma marquinha humilde, pouca gente conhece. Tá capenga, ainda. Pois é. Nada mal, não é mesmo? Então todo mundo copia. Pepsi, BaréCola, PopCola, e por aí vai. Todas as cópias são uma merda, mas sempre aparece um bocó na roda dizendo “ah, eu sempre preferi Pepsi”.
Yakult
Uma bebida com aparência láctea e lactobacilos vivos. Isso mesmo! Bactérias vivas! Todos pensariam: isso JAMAIS vai fazer sucesso. O resto da história vocês conhecem. Sem comentários, né? Praticamente TODAS as marcas de laticínios têm uma imitação do “leite fermentado”. O chato é que vem bem pouquinho, e só pode tomar um por dia. Certa vez, um camarada encheu a jarra do liquidificador com uns oito. Tomou tudo. Obviamente, passou uma desagradável temporada no banheiro.
Nescau
Muitos ficarão putos, pois são ardorosos defensores do Toddy ou do Ovomaltine. Até concordo que o MilkShake de Ovomaltine seja a melhor bebida do Planeta. Mas pera lá: o Nescau é o oficial. Além dessas imitações jogo-duro, há um sem-número de achocolatados que simplesmente são desprovidos de noção.
Toddynho
Da mesma forma que os achocolatados em pó são fartamente imitados, os “achocolatados prontinhos” existem aos borbotões. Algumas imitações são bem honestas. Entre as atuais e mais antigas, destaco nesse primeiro grupo: Longuinho, Choco Milk, Mocoquinha, Danette, Nescau Prontinho. Aliás, a molecada VIBRAVA quando algum incauto aparecia com um “Longuinho” no recreio. Vocês podem imaginar as brincadeiras óbvias (mas não por isso menos cruéis).
Tang
Idéia bem simples: um pozinho com gosto bem artificial de fruta, a ser misturado na água. Idéias simples, obviamente, são mais facilmente copiadas. Alguém saberia catalogar todas as “adaptações” do Tang? Desde o respeitável Refresco Royal aos pozinhos jogo-duro que vemos até hoje...
Geléia de Mocotó Colombo
Há uma briga boa entre os admiradores das duas mais famosas marcas. Eu defendo a Colombo como original, mas já vi gente brigando feio em nome da “Imbasa”. Fica a dúvida para eventuais leitores que sejam fanáticos por geléia de mocotó. Afinal... Qual das duas é a “autêntica”?
Bala Juquinha
Uma das maiores INSTITUIÇÕES da gastronomia universal, a “Bala Juquinha”, era sorrateiramente copiada pela tal “Dimbinho”. O fim-do-mundo! Ficava puto com aquela merda de “Dimbinho”. Todo mundo que respeitava os grandes ícones ficava revoltado com essa coisa. Fica o registro da minha indignação.
Marcas Obscuras
Quanto às marcas, digamos, heterodoxas, fica uma listinha razoável: Sabão Minuano, Aveia Ferla, Leite Yara, Catchup Àurea, Creme Dental Ki-Pasta, Mostarda Quero, Margarina Franciscano, Maionese Siolle, Doce-de-Leite Clara Milk, Azeite de Oliva Dolacar...
E aí, galera? O que vocês dizem disso tudo?
2/27/2003 02:47:00 da manhã
quarta-feira, fevereiro 26, 2003
GRANDES TROCADILHOS(*) DA INTERNET
O Haloscan Está "Sem Comentários"
É, amigos, a coisa tá feia. A primeira opção é adotar outro sistema. Sei não. Prefiro arriscar mais uma vez com o "Haloscan". Se der piripaque de novo, aí desencano de vez.
O que vocês acham? Alguém sugere algum sistema realmente bom de comentários?
(*) = de tão contumaz, esse trocadilho é praticamente um pleonasmo
2/26/2003 03:33:00 da tarde
NOVELAS CLÁSSICAS DA REDE MANCHETE
Há muito tempo, a Rede Globo não tinha um núcleo de dramaturgia. Era uma emissora ainda “engatinhando”. Nesse período sobre o qual pouco se fala, as emissoras que mandavam no cais-cais-cais eram a Tupi e a Record, ambas paulistanas.
Mas a Globo, com uma forcinha providencial do grupo TimeLife (hoje, mutatismutandis, AOL/TimeWarner), inventou a chamada “rede nacional”. E o mundo da televisão brasileira nunca mais foi o mesmo.
Claro que houve o incêndio da Record e o siricutico do Chatô; fatos que colaboraram para a consolidação da hegemonia Global. Não demorou para que a emissora carioca investisse na teledramaturgia (uma seara mais da Tupi, visto que a Record era melhorzinha nos musicais).
Muito, mas muito mesmo, tempo depois, eis que a emissora dos Bloch, a igualmente carioca “Rede Manchete”, achou por bem meter-se no vespeiro das telenovelas.
Podem falar o que for, mas a Manchete mandou muito bem. A emissora foi para o vinagre, mas escapa do azedume aquilo que fica na memória (nossa, que viadagem!!!).
Entãovamunessa:
Santa Marta Fabril
É óbvio que eu não via essa porra. Era uma novela sobre uma fábrica, acho que aqui de São Paulo mesmo. Então, podemos imaginar aquelas várias tramas paralelas de romance e afins, e alguma “moral da história” que seria evidenciada no final. Apenas registro aqui esse nome, porque eu acho o mais bonito de todas as novelas. Não é bacana? “Santa Marta Fabril”. Tem pinta até de nome de disco da Legião Urbana, ou de casa noturna a Vila Olímpia.
Dona Beija
“Beija-flor, beija menina... Quem a fez assim tão divina... Por ela sofrem os homens...” A Manchete foi buscar numa historieta, meio lendária, lá de Araxá, uma trama que BALANÇOU as estruturas da televisão, revelando ninguém menos que Maitê Proença, desde sempre linda e talentosa, no papel-título (ela já havia sido "lançada" como Marquesa de Santos, mas deixa pra lá). Uma novela muito boa, melhor que qualquer outra novela de época feita pela Globo. Destaque máximo para a cavalgada “Lady Godiva” da Maitê. Putaqueospariu! O ápice do erotismo bacana de toda a televisão brasileira. Depois disso, tudo é lacraia.
Corpo Santo
Outra que não vi e não sei do que se trata. Pelas chamadas, parecia ser uma novela meio violenta, e ambientada no Rio de Janeiro. Uma temática que alternava o apelo sexual e a trama policial. É claro que deve ter sido muito superior a boa parte das histórias da Globo, mas ninguém manda estar em emissora fudida: não tem divulgação.
Kananga do Japão
Essa era genial. A novela já começa com um super-mérito: Raul Gazzola convence. Isso mesmo! Ele faz um excelente papel, contracenando com Cristiane Torloni. Foi lá que surgiu a Cristiana Oliveira (que explodiu na novela posterior). Destaque máximo para o compositor Sinhô, devidamente respeitado e venerado pelo pessoal da Manchete. Mas o melhor mesmo era o Caveirinha, malandro clássico do Rio de Janeiro, feito pelo imbatível Nelson Xavier (um dos melhores atores do mundo).
Pantanal
A melhor novela de todos os tempos da televisão brasileira. Essa sim, era a dupla “Benedito Ruy Barbosa e Monjardim”, em estado bruto. Cenas longas, tipo “cinema do Irã”, só com as águas, os rios. Uma coisa linda. O Brasil sem ufanismo; algo dificílimo. Sérgio Reis participa e CONVENCE. Almir Sater participa e CONVENCE. Marcos Palmeira é revelado. Todos os três fazem os mesmos papéis em refilmagens na Globo (“Renascer”, um nome sugestivo para uma autocópia, e "Rei do Gado"). Benedito se tornou um sujeito bom em copiar a si mesmo. Destaque máximo para Cláudio Marzo, que fez um “chefe-de-fazenda” umas oitocentas vezes mais convincente que as duas tentativas ridículas do Fagundes (tanto em "Renascer" quanto em “Rei do Gado”).
Ana Raio e Zé Trovão
O nome correto era “A História de Ana Raio e Zè Trovão”. Infelizmente, uma novela patética. Começou bem, mas alguns elementos já tinham tudo para dar errado. A égua de um era apaixonada pelo cavalo da outra. Nem lembro os nomes; mas tal a história dos “Irmãos Corsos”, refletiam o sentimento dos donos. Sem comentários. No mais, excelentes atuações “aqui-e-ali”. O destaque vai para Ingra Liberato, que era mulher do Jaime Monjardim e ele escalava na maior cara-de-pau, como faz com a Daniela Escobar.
Amazônia
Acho que o raciocínio deve ter sido esse: “Ara! Fizemos uma novela chamada Pantanal e deu certo. Então façamos uma chamada Amazônia e é só contar os cobres!”. Pois é, contar os cobres devidos, porque a novela foi atirada num lago cheio de vinagre. Estava mais do que na cara que ia dar chabu. Nem lembro direito da história, porque era algo bem chato. Parece que pegaram todos os elementos até então bacanas da Pantanal e transformaram em clichês. As novidades do enredo, portanto, já nasciam péssimas.
O Marajá
Assim como o Pelé tem alguns “gols não marcados”, a Manchete também tem uma “novela não transmitida”. Isso também aconteceu com a Globo, quando da primeira tentativa de emplacar “Roque Santeiro”. A turma do Governo Militar não simpatizou com a idéia. No caso de “O Marajá”, o glorioso Collor entrou com uma ação judicial e obteve uma liminar. A novela, que prometia ser um sucesso, sequer teve um primeiro capítulo exibido. As revistas até mostravam os atores que fariam papel de Collor, PC, Rosane. Já pensaram? Fazer papel de Rosane Collor!!! Posso imaginar as atrizes se acotovelando para abraçar essa saborosa e rica personagem; praticamente extraída de uma cena cômica de Molière – ou então expelida de uma cena qualquer do Plínio Marcos.
Tocaia Grande
Essa “novela nordestina de jorge amado” marca o início dos trabalhos de Walter Avancini, e o término de um longo e tenebroso inverno. Nessa novela poderíamos ver a saborosa Giovana Antonelli em um papel que a tornava um bilhão de vezes mais interessante que até mesmo a Capitu. O maior destaque, a meu ver, coube a José Dummond, um ator maravilhoso. Um cara daquele tamanho, minúsculo, consegue convencer o Brasil inteiro de que é um pistoleiro da pesada e matador do caraca. E só com um olhar. Na boa, José Dummont pode dar as mãos para Nelson Xavier. Gênios.
Chica da Silva
Mais ou menos como ocorreu com “Kananga / Pantanal”, a sucessão de Tocaia foi um sucesso ainda maior. Thaís Araújo garantia audiência não somente pela sua beleza, mas também porque era menor de idade, e as cenas de nudez não poderiam ser exibidas. Mas a novela era fantástica. O grande destaque ficou com Guilherme Piva, que fez papel de “José Mulher”. Ele depois trabalhou na Globo, mas enterraram o cara em papéis sem destaque.
Mandacaru
Aí deu pau. Tentaram aproveitar quase todo o elenco de "Chica da Silva" numa trama mais ou menos parecida com a de "Tocaia Grande". É claro que deu merda. Para compensar, não houve uma boa divulgação, o povo não aceitou bem a novela, e a história praticamente se arrastou. Nem dá para falar em destaque, porque foi um grande fiasco.
Brida
Essa sim merece muita atenção: a novela não acabou. Foi no auge da crise da emissora (podemos usar a palavra “auge” quando se trata de uma crise?). Valeu por lançar Carolina Kasting, que eu acho lindíssima, mas todos acham feia. A história seria uma adaptação do livro de Paulo Coelho. Mas acabou que os atores fizeram “greve” e o movimento paredista foi denunciado por toda a mídia. Nem assim conseguiram publicidade para trazer audiência. Sem nada de grana, sem salários, sem anunciantes, sem audiência e com dívidas, a emissora simplesmente acabou com a novela sem nem aquela.
Menção Honrosa – Greve
Os empregados da emissora mandaram uma brasa muito fantástica. Simplesmente ligaram uma câmara “ao vivo” e focalizaram uma cartolina com os dizeres “Estamos em Greve”. Era muito tosco, mas ao mesmo tempo genial. Nunca houve algo assim, e é provável que isso não se repita; quem viu, deve se lembrar. O “inusitado” daquele aviso pode ser comparado ao “Depois da novela da Globo, Exibiremos Rambo I”.
Mas e aí, rapaziada? Vocês viam as novelas da Manchete? Hein? Ou só viam o Clube da Criança com o desenho do “Pirata do Espaço”?
2/26/2003 12:32:00 da manhã
IMAGENS, COMENTÁRIOS... LEPRA GERAL!
Parece que a LEPRA atingiu de vez a Internet. Mal o KitNet voltou à ativa, e o Haloscan foi para o ralo (trocadilho infame? infâmia são esses serviços).
É preciso ter uma paciência de Jó para segurar esse rojão.
Como deu chabu para colocar imagens nesses dois últimos dias, também vou deixar sem a semana toda. É uma forma desta página ficar um tantinho mais leve - e assim poupo os gifs que já foram feitos...
2/26/2003 12:23:00 da manhã
terça-feira, fevereiro 25, 2003
GRANDES LOROTAS DO VESTIBULAR
O sistema educacional brasileiro está falido. É uma vergonha. É uma grande porcaria, um verdadeiro lixo.
Embora tenhamos observado alguns avanços, em geral ainda temos escolas que sucateiam o corpo docente, utilizando material didático de terceira linha.
O MEC, inclusive, autoriza uma “história do Brasil” que simplesmente não corresponde à verdade dos fatos. Ensinamos mentirinhas para as crianças, e essas mentirinhas são depois cobradas no vestibular.
Sim, o vestibular. Esse grande LIXO da educação brasileira.
Mas do jeito que está, não tem outro jeito. Países com a estrutura educacional menos estropiada, conseguem levar o alunato para a academia sem precisar de provinhas ridículas.
Há todo um acompanhamento curricular, seguido de avaliação das atividades extra-classe; e um mínimo de equiparação entre as escolas para pessoas menos ou mais dotadas de poder aquisitivo.
Aqui não. Quem paga mais, tem direito a mais e melhores informações. Quem paga menos, ou não paga, recebe um aprendizado de merda. Salvo raras exceções, que arrisco aqui só para fazer média com algum professor gente boa que eventualmente seja leitor do blog.
Por incrível que pareça, há uma série de ANEDOTAS, verdadeiras cascatas, que transformam o vestibular num bicho-de-sete-cabeças (e também cheio de veias, tal braço-de-pedreiro).
Desmintamo-las:
Estudar na Véspera
Há uma verdadeira campanha contra o chamado “estudo de véspera”. Bobagem. A minha dica é a seguinte: ESTUDEM NA VÉSPERA SIM, SENHORES!!! Não vem com esse papinho de boiola, que o negócio é relaxar a cuca para não dar branco.
Deixa de ser panaca e estuda na véspera, porra! Afinal, quem rala é porque não sabe, e se não sabe é porque precisa aprender. Regra simples, que os babacas ignoram em nome de uma preguiça.
Fico com vontade de espancar aqueles professores debilóides que mandam os alunos fazerem ioga ou outra baboseira na véspera da prova. O máximo que vocês conseguirão será uma câimbra, ou então alguma fratura exposta ao tentar fazer a posição-de-lótus (e aí, negão, perderás a prova).
Alimentação Balanceada
Não importa a ocasião, sempre aparece um panaca que exige ALIMENTAÇÃO BALANCEADA. Isso é falta de pescotapa. Uma pessoa que insiste nessa merda merece apanhar muito.
Pode comer feijoada, que não dá nada. O vestibular é só uma prova, porra! Não precisa comer folhinhas de alface, peixinho grelhado, água sem gás. Raitifudê!
Caia de boca nos pratos que mais gosta, porque o dia do vestibular é um dia como qualquer outro. O máximo que pode acontecer é você ter uma crise de flatulência e acabar peidando pela sala.
Nesse caso, os concorrentes perderão a concentração e suas chances ainda por cima aumentarão.
Aprender x Decorar
Desde o primário, as professoras vêm com uma suposta dicotomia: aprendizado x decoreba. Somos forçados a acreditar que existe o “aprender” e o “decorar”, e tais práticas são distintas.
Óleo e água na didática. Certo? Erradíssimo.
O que se denomina “aprendizado” é tão-somente um decoreba sempre repetido. Isso mesmo. Em vez de “aprender por alguns instantes”, você “decora para sempre”. É só trocar o verbo de frase que dá no mesmo.
Andar de bicicleta, por exemplo: você aprende ou decora? Aprende, certo? E engatar marcha-a-ré num barco com motor alemão? Aí você decora, porque não vai mais precisar fazer isso.
O “aprender” é um decoreba que é sempre repetido. O mecanismo é exatamente o mesmo, e não me venham os babacas dizer que “ah, não diga isso, é muito diferente”.
Então, amigão, pode DECORAR as fórmulas de física, as tabelas de química e tudo mais. Decore mesmo, na cara dura. Afinal, os alunos das melhores faculdades de direito só estão lá porque souberam química mais do que os concorrentes; os de arquitetura, foram melhor em química; os médicos, mandaram mais de matemática, e assim por diante.
Não deixe que um professor de cursinho ou colégio lhe convença de que aquela merda que ele ensina seja algo realmente importante para a sua vida. Não, não é. Pode decorar.
E tenha a decência de ESQUECER depois de usar o decoreba.
Roubar Cola do Japonês
Quando damos uma “geral” nas salas de vestibular, é normal observar o sorriso maroto daqueles que são “vizinhos” de japoneses. É aquela carinha de “agora eu me dei bem”.
O riso se transforma em gargalhada quando o japa abre direto na prova de matemática. Mas isso pode dar revertério.
Em primeiro lugar, se você é uma múmia e tem consciência disso, então pode colar sem medo. Afinal, ninguém é mais burro do que você.
Mas se você acredita na hipótese de não ser o mais imbecil da Terra, então não se empolga com o japa. Vá devagar com o andor, amigão. Pode ser que o dito cujo não seja lá tão bom assim, e só tenha aberto na prova de matemática para acabar logo com essa porra.
Duvida? Um dos meus melhores amigos do colégio, glorioso Paulão Toshiro, era o maior aloprado. Fazia questão de tirar as piores notas da classe. Fico imaginando a “cara de feliz” daqueles que sentaram ao seu lado no vestibular; e também imagino a cara de “feliz” ao descobrirem que ERRARAM TUDO.
Precauções Corporais
O vestibular é somente uma prova, acaba em poucas horas e você não sai de uma cadeira. Mas há professores que colocam tanto medo, que o aluno se prepara praticamente para uma prova de triatlo.
Deixa de ser panaca, caralho!
Não precisa acordar cedo, não precisa dormir cedo, não precisa respirar fundo, não precisa fazer relaxamento. Nada disso.
Pode meter, dançar, beber, aprontar tudo. Aliás, até mesmo no dia da prova. Só não recomendo tão veementemente porque o ideal mesmo é estudar na véspera. Mas, sei lá, depois de estudar e decorar um pouco algumas fórmulas, você pode dar uma pisadinha na jaca que não dá nada.
Simplesmente ignore as dicas idiotas sobre “precauções corporais”. É tudo marmelada. Essa gente vive armando arapucas para faturar em cima da imbecilidade alheia, atacando em momentos de fragilidade.
O aluno, naquelas de acender vela para deus-e-diabo, acaba entrando no aplique. O mesmo ocorre com os imbecis que contratam “decoradores feng shui” ou então recorrem a algum serviço esotérico.
Não seja panaca e não entre nessas furadas.
Jamais Acabar Rápido
Existe uma lenda, obviamente ridícula, segundo a qual o candidato deve ficar na sala da prova por umas cinco horas. Normalmente, esses babacas olham feio quando alguém acaba rapidinho.
Não sei quem inventou isso, mas é uma puta lorota.
Cientistas da “Gravataí Pesquisas Avançadas” descobriram que a capacidade de chutes, e a sorte para os mesmos, é bem mais acentuada logo de cara. Quanto mais o camarada lê e relê aquela questão que ele OBVIAMENTE NÃO SABE, as chances de usar o instinto para um bom chute vão diminuindo.
Não precisa fazer a prova e sair correndo, só para dar uma de “não sou panaca para demorar”. Mas também não é o caso de ser o último a entregar – nessas, você pode sentar na graxa e não conseguir passar todas as questões para o formulário definitivo.
A única vantagem de ficar até o fim é que sobra mais tempo para colar. É claro que é arriscado colar no vestibular, mas o que é mais uma chaga para um leproso? Você não vai entrar mesmo, então pelo menos arrisque.
Não Adianta Chutar
Por mais idiota que possa parecer, há pessoas que refutam o “chute”. Até professor de colégio aconselha a chutar. Afinal, deixar a questão em branco é que não vai.
As pessoas que condenam o “chute”, normalmente o fazem em favor do que consideram o verdadeiro aprendizado. Na teoria, até que estão certas; mas é o mesmo que os católicos que condenam a camisinha, pois pregam a vida conjugal de fidelidade.
Considerando que a maioria dos vestibulandos é formada por uma cambada de zé mané (em caso contrário, não precisaria de um teste seletivo, mas sim jogaria “dedos”, “jokenpô” ou um sorteio qualquer), o jeito é fazer uma prova que sirva de mata-burro.
E quem chuta, ou cola, não pode ser considerado uma pessoa burra. Na pior das hipóteses, é um burro de muita sorte – e em qual carreira não há “burros sortudos” enchendo a cloaca de papel moeda?
Há várias técnicas do chute. Destaco três:
a)Eliminação:
Não se trata exatamente de uma “técnica de chute”, mas sim de uma forma boa até para resolver questões aparentemente simples. Você simplesmente vai refutando as alternativas gritantemente erradas, e faz um “minha mãe mandou bater nesse daqui...” com as que sobraram.
b)Análise Combinatória:
Aposte na matemática. Pegue todas as questões que você não sabe e marque apenas uma letra. Caso o número de questões “não sabidas” seja grande, escolha duas letras – alternando, ou fazendo “duas uma, duas outra”. Se você for um tapado e não souber de nada, aí vá direto ao último formulário e faça uma poesia-práxis, tipo “a, b, c, d, e, e, d, c, b, a...”
c)“C” de Cristo:
Da mesma forma que alguns juram de pés-juntos que o cavalo “malhado” sempre ganhava a corridinha do Bozo, há “Matemáticos Amadores” que garantem o seguinte: a alternativa “c” é a que mais cai no vestibular. Eu acho que é mentira, que todas devem cair de forma igual. Pelo sim, pelo não, se quiser aposte nisso e consiga a meia dúzia de pontos necessários para ingressar na Faculdade lixo que você escolheu.
E então, galerinha do reco-reco? O que vocês têm a acrescentar?
2/25/2003 02:13:00 da manhã
LEPRA NO KIT.NET
A hanseníase se espalha pela Internet. A praga, que já assolou o Blogspot e fez com que o texto abaixo fosse atualizado somente no dia de hoje, resolveu cair matando no Kit.Net.
Até aí, a Globo que se foda. O problema é que as imagens deste blog ficam por lá hospedadas.
Lado bom: o servidor está firmeza, senão ninguém veria as imagens até agora publicadas. Lado ruim: Não dá para acessar para enviar e publicar novas fotos. Lado péssimo: nesta semana seria iniciada a seção "Musas" (que só terminaria na semana que vem).
Então, fica a dica... ARRUMEM ESSA BAGAÇA PORQUE OS LEITORES DESTE DIÁRIO MERECEM VER MULHER BONITA DE VEZ EM QUANDO!!!
2/25/2003 12:30:00 da manhã
segunda-feira, fevereiro 24, 2003
MOMENTO FILOSÓFICO: PRÓS E CONTRAS DE ALGUNS TÓPICOS DO COTIDIANO
Toda pessoa prepotente tem “aquela velha opinião formada sobre tudo”. Não sou exceção à regra. Mas essas opiniões derivam de análises relativamente abrangentes (no limite tendencioso do quanto quero que algo seja positivo ou negativo).
Isso porque, por mais que democratizemos nossa opinião, ela sempre será coberta de ingerências subjetivas de nossa vontade, nosso gosto, e outros quetais pessoalíssimos.
Mando a seguir uma pequena lista de “prós e contras”. Apenas para não parecer algo muito amargo, colocarei primeiro os “contras” e depois os “prós”.
De forma propositada, não coloco uma “sentença”. Vejamos:
Carnaval
Contras:
O povo usa e abusa da suposta liberdade do carnaval para, em catarse coletiva, esquecer-se das mazelas. É um capricho. Não podemos nos dar ao luxo de gozar essas férias dionisíacas no meio do ano laboral. O ano, no Brasil, só começa após essa festa, que ainda por cima tem a cara-de-pau de se orientar pelo calendário católico. Aumentam a violência, o consumo de drogas, e as mortes em decorrência de ambos.
Prós:
Não há mazela social que justifique a proibição do povo de se divertir; ao contrário, exatamente por “sofrer”, o povo merece essa “folga”. O Brasil não “pára” no carnaval, pois a economia se fortalece, vez que companhias multinacionais (bebidas, p.ex.), comerciantes de grande porte (supermercados), a indústria do turismo, e até o comércio alternativo (camelôs, vendedores de praia) aumentam os negócios nesse período. O fato de se haver um aumento estatístico nos índices negativos não justifica um eventual ato de proibição da festa, mas sim obriga as autoridades a reforçarem as orientações sociais.
Telenovelas
Contras:
São alientantes, ridículas e servem para lavar a cabeça das pessoas. São racistas. A família pobre está sempre feliz; os ricos, tristes. As tramas são idiotas, repetitivas e abusam dos clichês. Várias atrizes arrumam emprego porque são mulheres do diretor. Alguns autores empregam a filha e até chegam ao ponto de arrumar papel para o genro. Atrizes “de ponta” exigem que o marido toque na trilha-sonora como condição contratual tácita pra sua participação.
Prós:
São a forma mais bem-sucedida de dramaturgia no Brasil. Não existe um meio cultural, sem exceção, que não se valha de clichês – alguns mais, outros menos. As telenovelas, por atender a uma demanda coletiva pela ficção-básica, obviamente segue um roteiro que obedece tão-somente a ordem começo-meio-e-fim, segundo ditames clássicos do que se convencionou chamar “boa narrativa”, qual seja, “início-suspense-atritos-ação-emoção-desfecho feliz”. Toda suposta “imposição” de trabalho, numa telenovela, deve ser acatada pelo telespectador; a emissora é uma empresa privada, e contrata quem bem entender; e naturalmente corre os riscos de cometer algum erro, visto que tal lapso repercute inevitavelmente na audiência.
Programas Populares
Contras:
São fúteis e exploram a face mais deplorável, e óbvia, de todas as coisas. Estimulam a burrice coletiva. São apresentados por toupeiras. Levantam polêmicas vazias, só para atrair audiência. São reacionários. Os apresentadores não teriam outra aptidão para a vida profissional (lícita), caso não fosse o show histriônico que promovem na TV.
Prós:
Há um erro de foco nas análises que se mostram contrárias aos programas populares; a televisão, por ser meio de comunicação E ENTRETENIMENTO, não pode ser culpada pela carência educativa da população. Se temos um Estado que não educa e não fiscaliza a educação, obviamente temos uma população ignorante, que aceita esses programas como “verdades incontestáveis”. Caso houvesse acesso à informação e à educação, por parte de todos, sem dúvida que não haveria uma minoria pseudo-intelectual a puxar a orelha do povão que gosta de programas de auditório; pois todos estariam em pé-de-igualdade.
Seriado Americano
Contras:
São enlatados, que poderiam muito bem ser feitos no Brasil, o que estimularia a dramaturgia nacional. São óbvios e seguem clichês ridículos. A platéia é formada por imbecis que se julgam modernos pelo fato de empregar alguma expressão em inglês em situações rotineiras. Há “risadas de estúdio” entre uma piada e outra, para avisar ao telespectador que a frase idiota proferida pela personagem é “algo engraçado”.
Prós:
Por mais que sejam “clichês”, os seriados americanos são normalmente melhor redigidos que as telenovelas brasileiras. Os diálogos são adultos e ágeis, e as personagens correspondem ao mundo real; ao passo que nas telenovelas as conversas são inverossímeis e as personagens gritantemente surreais. Os seriados americanos são meios de entretenimento, e ninguém pode ser condenado pelo fato de gostar dessa forma de distração.
Filmes de Hollywood
Contras:
São produções exclusivamente comerciais, que solapam a arte em nome da indústria. Alguns temas são expressamente boicotados, e outros violentamente inseridos, tudo obedecendo a interesses políticos claríssimos. Hollywood serve como forma de propagandear o “americanismo” por todo o mundo, servindo como uma das mais fortes formas de atuação da chamada “colonização cultural”.
Prós:
Assim como as telenovelas, são formas de entretenimento. Como são produzidos nos EUA, e maioria tem trama que se passa naquele país, é mais do que óbvio que o “estilo” empregado seja dos americanos – e isso se estende aos modismos e outros atributos. Não se pode condenar um meio de entretenimento, extraindo-lhe o status de “artístico”, simplesmente porque há uma indústria que ganha dinheiro com essas obras; para não citar TODOS OS MÚSICOS PROFISSIONAIS DO MUNDO, basta dizer que há uma indústria poderosa por trás de toda e qualquer manifestação artística da humanidade. Num exemplo exagerado, podemos lembrar que não há sorteio ou doação de um quadro do Rembrandt; e o comércio das obras não torna o holandês menos genial.
Horário Político
Contras:
Atrapalha a vida de quem quer ver televisão. Trata-se de uma imposição legal sobre a vontade do cidadão de optar, ou não, pelo direito de ver esses programas. São formas de se fomentar as campanhas políticas milionárias, bancadas por financiadores que, obviamente, vão querer contraprestações dos políticos eleitos.
Prós:
É inconcebível a idéia de democracia sem o horário gratuito. Se não houvesse um horário gratuito, os candidatos comprariam espaço nos jornais e emissoras de TV, obviamente gastando ainda mais e ainda por cima minando as possibilidades de partidos pequenos conseguirem algum voto. Por mais que “aborreça” o cidadão que não quer ver alterada sua rotina de entretenimento televisivo (ou radiofônico), é bom lembrar que a democracia exige o “aborrecimento” de votar, e tal “contratempo” deve decorrer, sempre, de um processo de plena transparência e liberdade de escolha.
Dave Matthews Band
Contras:
Tudo.
Prós:
Nada.
E então, moçada? Como ficamos?
2/24/2003 11:16:00 da manhã
domingo, fevereiro 23, 2003
AS VISITANTES NÚMERO DEZENOVE MIL
Por incrível que pareça (não que seja difícil de acreditar em ziqueziras internéticas), duas pessoas conseguiram a façanha de ser "visitante número 19000". Até aí, tudo bem; a NET tem dessas lepras.
O duro é que são duas irmãs. Sim, sim! Duas irmãs, em computadores diferentes. Piada, né? Pois é! Dureza de acreditar, mas é a pura verdade.
Desse modo, segue um "mimo" para NatyGirl e sua Little Sister:
Não me olhem com essa cara! É que a Naty elogiou o camarada quando ele foi um "associado".
2/23/2003 01:20:00 da tarde
A MAIS NOVA CAMPANHA
Alguém se lembra daqueles desenhos de massinha? Não havia diálogo, mas sim uns grunhidos estranhos. Não havia "animação", mas sim um quadro-a-quadro casca muito grossa. E nada de herói, vilão, luz... Sequer tantas cores assim.
Alguns vão dizer "ah, aquilo é que era animação instrutiva". Pois digo o seguinte...
Uma campanha Hoje Sou/Gravataí Merengue.
2/23/2003 12:58:00 da tarde
sexta-feira, fevereiro 21, 2003
VISITANTE NÚMERO 19 MIL E CANETA BIC
Quanto ao visitante de número dezenove mil, vejamos quem será essa pessoa de sorte. Será que ganha um Moto-Radio? Será que leva uma sandália "Katyna Surf"? Ou uma sandália "Samoa" (que foi esquecida naquela relação)?
Já o CanetaBic, tá atualizado. Com homenagens para os blogs amigos, tal e coisa...
2/21/2003 03:43:00 da manhã
2/21/2003 02:59:00 da manhã
GRANDES MESTRES DO HUMOR IMPRESSO
"Revista MAD"
Por quem começar? Al Jaffe, Don Martin, Aragonés, DuckEdwing, PPPorges, Mort Drucker, Mingo... Não dá, impossível. Todos são geniais. Todos são o máximo. A "Revista MAD" é responsável pela mais constante e maravilhosa produção humorística do mundo.
Alguns consideram meio reacionário, mas é um estilo que se configura mais difícil: fazer graça, e uma "graça engraçada", sem apelar para pornografia e outros recursos fáceis. Não, amigos, não é nada fácil.
E os manuais, as respostas cretinas, as onomatopéias, os desenhos? Ninguém os superou. Aliás, ninguém chegou perto. Uns saíram, outros estão chegando, a MAD agora é do grupo "Time Warner". Não importa: a história já foi escrita. Ou melhor, desenhada.
2/21/2003 02:58:00 da manhã
GRANDES SERIADOS DO SBT
Nos dias de hoje, o SBT conta com seriados fantásticos. “Oz”, “Família Soprano”, entre alguns outros. A “nata” dos seriados. Tudo “padrão HBO”, que está anos luz à frente dos padrões “Sony” ou “Warner”.
Mas a rede do Abravas já foi péssima das pernas. Algumas coisas, de tão horríveis, tornaram-se clássicas. Outras, apenas aparentemente trash, são coisas muito interessantes.
O que impera, porém, é o lixo. Vejamos:
Chaves/Chapolim
O melhor seriado já exibido no Brasil fica por conta do genial Bolaños. Da minha parte, o melhor ator é o Ramón Valdez (o “Seu Madruga”). Vários episódios são clássicos. Meu favorito é o da pichorra que, recentemente, soube que estava entre os rolos que pegaram fogo lá no SBT. Mas o do “gol da dona florinda” também é bem firmeza. E aquele em que eles fazem uma peça de teatro, e o Kiko acaba sendo o vilão.... Ah! Todos são geniais. Destaque para os inimigos de Chapolim: Racha-Cuca, Quase-Nada, Tripa-Seca, Poucas-Trancas...
Spectroman
Nada de Ultraman. Perdão aos babacas que gostam dos “ultra”, mas o SPECTREMAN é o rei da cocada. O resto é resto. Paciência. Nada mais genial que aquele seriado, meus amigos. Dr. Góri, Karas, Dominantes... Nada se iguala a Spectreman. E a música da abertura? Sem comentários. Fantástica.
Miami Vice
Esse era trash. Uma dupla de policiais que combatia o crime em Miami. Um negão e um branco/galã. Se fosse um filme, o negão morreria no final (clichê favorito do Persegonha). Coisa de americano que sempre coloca um negão para falar que não é racista – mas o crioulo fica de coadjuvante. Apenas um nome basta para mostrar quão trash era aquela várzea: Don Johnson.
Emergência 911
Não era bem um seriado, não no sentido clássico, mas sim uma “série de documentários”. Como se fosse um “Aqui Agora” só vinculado ao caminhão de resgate da PM. Totalmente chapa-branca e bem tosco.
Duro na Queda
O tiozão da picape vermelha, que até virou brinquedo aqui no Brasil. O bom e velho seriado do “camarada-firmeza-que-resolve-as-paradas”. No mundo todo, um cara desses é estelionatário. Nos seriados, é apenas um andarilho (no caso, um “camioneteiro”) filantropo e prestativo.
Águia de Fogo
A Globo tinha o “Trovão Azul”, que era um super-helicóptero de guerra (meio parecido com o Apache). O SBT sacou de um helicóptero bem meia-boca, mas que no seriado nunca fazia feio. Era o “Águia de Fogo”.
O Homem que Veio do Céu
Era um anjo, que tinha um parceiro terráqueo. O ator era do Bonanza, mas nem sei seu nome – só sei que era do Bonanza porque minha vó dava o toque. Esse camarada celestial tinha alguns poderes, mas ele os continha o máximo que podia; gostava sempre de passar lições simples, cheias de moral. Lembro de um episódio no qual os atores do seriado “Zorro” (a versão “cavaleiro solitário” e não “espadachim mexicano”) participaram, e o cara se vestiu a caráter no finalzinho.
Starman
Esse sim, literalmente, veio do céu. Era “o homem das estrelas”. Para falar a verdade, nunca vi esse seriado. Lembro da cara do figura (obviamente, era um panaca). Eu acho que um dia poderiam promover um encontro do pessoal do “Arquivo X” com o Starman. Já pensaram nisso?
Super Máquina
Quem não se lembra do carro preto "Kit" e de seu motorista, Michael McKnight? Aliás, é o mesmo ator que contracena com as delícias de “SOS Malibu”. O mais legal é que o Miúra passou a ganhar respeito, na época, porque falavam que era o carro da Super-Máquina. Meu tio, para deixar todo mundo de boca aberta, comprou um Ádamo. Não sei se vocês sabem que carro era esse, mas o bicho levantava os faróis. Era de amargar.
Motolaser
O misterioso todo de preto mandava muito no combate aos crimes e às gangues. Mas o bacana, MESMO, era aquele caminhão que servia de “base móvel”. Uma grande produção. Se o seriado durasse até hoje, muitos motoboys teriam um ídolo à altura. Por falar nisso... Meu amigo Jazz, você já deu uma de Motolaser?
Super Herói Americano
“Belive it or not...” A pessoa até poderia não gostar do seriado, mas é impossível não esboçar uma reação positiva ao ouvir a musiquinha. Eu gostava. Era engraçado o argumento: um camarada encontrou um “traje poderoso”, naturalmente de outro planeta. O traje já vinha no padrão “Super-herói Marvel/DC” – porque os alienígenas entendem de moda super-heroística. Outra curiosidade: era o número do cara. E mais uma: era um traje para humano.
B.J.
O que dizer de um caminhoneiro com cabelo meio mullet e um macaco de estimação? Digo “meio mullet”, porque era o famoso “cabelo capacete”, que foi moda também na década de oitenta, mas hoje não goza da mesma nostalgia que é dedicada ao “rabinho xororó”. Nunca fui fã desse seriado, e fazia questão de não assistir. Mas a moçada gostava, então era obrigado a ouvir a ladainha.
Carro Comando
Não me perguntem o motivo desse nome. Não faz muito sentido. O panaca do Capitão Kirk fazia papel de um policial; fardado inclusive. Era um misto de “Hill Street Blues” (aqui passou na Manchete) com Miami Vice. É claro que era uma merda. Inclusive, guardo rancor por causa da estréia: aqui em casa queriam ver “Carro Comando”, mas eu queria ver o Chico Annysio (que também passava na quarta-feira). Traumatizou.
Esquadrão Classe A
Aníbal Smith, Cara-de-Pau, Murdock e B.A. Barracus. Se o caboclo tava numa situação REALMENTE nervosa, o jeito era dar um toque para essa turminha. A abertura era fantástica. Tinha o B.A. indignado com a prisão, todos eles muito putos. Depois foram libertados para agir na subversão. E tinha um tal coronel sei-lá-o-quê, cujo objetivo era persegui-los (e ele aparecia de tanque de guerra). Como diria Aníbal: “eu adoro quando as coisas dão certo”. Mais uma frase da série “obviedades ululantes que se tornaram jargões”.
Raízes
Também chamado de “a saga de Kuntakintê”. Era um PUTA SERIADO, mas na verdade uma máxi-série. Uma produção dos diabos, muito boa. Padrão elevadíssimo para o SBT. Se passasse na Globo, a turma tava até agora falando disso com respeito. Mas como era da “TVS”, aí não deu. Até hoje acho ridículo quando cantam a musiquinha “lerê lerê” para designar escravidão. Bobagem. A melhor era a “uê-uebá” do “Raízes”.
Pássaros Feridos
Richard Chamberlain, o mesmo que fez papel de “Alain Quartermain”, fez o religioso “Ralph de Brickassard”. Ele era o maior pilantra, aprontou todas com a mulher, mas aí foi fazer política no Vaticano. A mulher amargou, teve um filho e ele só foi conhecer o menino já bem velho, quase morrendo (tipo Darth Vader). Sabem por que “Pássaros Feridos”? No seriado, rola a lenda que um pássaro, quando sabe que vai morrer, acaba voando, de propósito, para bater num galho pontiagudo e se matar.
Brinquedos Gulliver
Duro na queda, SuperMáquina, MotoLaser e até o Esquadrão Classe A: tudo virou brinquedo. Os bonequinhos articulados eram no estilo “G.I. Joe”, mas notadamente piores. Os veículos também. Já a SuperMáquina prometia “saltar” como o carro fazia, mas dava chabu. E o controle era um volante pequeno. Obviamente sem noção.
ps – este post contou com a ajuda inestimável de Alê Petardo, que tem uma memória de elefante, e se continuar exagerando na cerveja não terá somente memória paquidérmica.
2/21/2003 02:53:00 da manhã
quinta-feira, fevereiro 20, 2003
2/20/2003 02:48:00 da manhã
GRANDES MESTRES DO HUMOR IMPRESSO
"Millôr Fernandes"
Esse é gênio, né? Mas diz que ele não gosta de elogio; então façamos a contragosto. É gênio sim. Difícil definir qual a atividade do Millôr. Humorista, escritor, teatrólogo, chargista, jornalista, tradutor... É dureza, macacada! E em tudo que o danado põe a mão, não faz somente "bem feito", mas é o melhor.
Seu nome era para ser Milton, mas a pressa fez com que o traço do "t" fosse para cima do "o". E assim "Millôr" é REALMENTE seu nome. Já que falamos em família, ele é irmão de Hélio Fernandes, o melhor jornalista do Brasil.
Recomendo a todos que leiam "A Bíblia do Caos", uma compilação de pensamentos, máximas e até hai-kais do dito cujo. Vale a pena. É uma leitura aparentemente assustadora, mas que é pra lá de simples - pois o livro é inteiro composto de comentários curtos, verdadeiros verbetes.
2/20/2003 02:48:00 da manhã
FILMES CLÁSSICOS DO SBT
O SBT, hoje, passou a investir pesado nos filmes de Hollywood. Ao ponto de ter uma média geral bem melhor que os da Globo; graças a parcerias firmadas com grandes estúdios.
Mas antigamente as coisas não eram assim. A Globo exibia os filmes realmente famosos, e o SBT ficava com a rebarba da rebarba. Mas até que nos divertíamos bem com aquelas maravilhas, né?
Então, “PELA PRIMEIRA VEZ NO BLOG”, farei uma listinha comentada de alguns filmes CLÁSSICOS do SBT – desde quando era a TVS. Vejamos:
Papillon
Clássico dos clássicos. Era o filme do cara que pagava um PUTA SAPO e amargava o diabo lá em Caiena. Com Papillon, todos aprendemos que dá para sobreviver comendo coquinho – mas jamais sobrevivemos sem os óculos (já que aquele babaca não perde os óculos nunca).
Lobisomem Americano em Londres
Outro grande clássico. A transformação era bem bacana... Ele ficava “de quatro”, e começava a suar. Uma cena totalmente homoerótica, mas a molecada encarava de forma diferente. Quer dizer, eu acho que sim. Tinha também o lobisomem em "Paris". Depois, diz a lenda, ele foi para Pelotas, Campinas...
Aligator
Existe uma lenda urbana em NY, que fala sobre crocodilos que viveriam nos esgotos da cidade. O argumento é razoável, porque supõe-se que muitos garotos tenham como bichinho de estimação, mas os acabe jogando em bueiros e afins. O filme fala de um SUPERCROCODILO que vive nos esgotos e de vez em quando ataca a galera. Na boa, é bem melhor que “anaconda”, por exemplo.
A Verdadeira História de Papai Noel / A Rena do Nariz Vermelho
Na época do Natal, o SBT mandava sempre a mesma brasa. Na verdade, eram várias brasas. Lembro desses dois filmes, bem emblemáticos. Mas tinha uns outros; se alguém souber, avisa.
Rambo I
Alguém se lembra do EVENTO que foi a exibição do Rambo no SBT? A Globo esticou a novela. Mas o Silvio Santos foi mais esperto, e simplesmente deixou um aviso no ar “Quando terminar a novela da Globo, veja aqui Rambo I”. Genial. Nesse mesmo dia, o Faustão, comandando o Perdidos na Noite, tirava uma casquinha da briga das emissoras; tudo porque a Globo exibiu o Rambo II, também no mesmo dia.
McQuade, o Lobo Solitário
Chuck Norris, um canastrão que luta caratê. Nesse filme, ele é um caubói, ou algo assim. Sinceramente, não me lembro bem. Lembro somente que era o Chuck Norris, então não vi direito. Nunca vi Comando Delta ou Bradock. Sempre achei ridículo – então não faria sentido prestar atenção no McQuade. Mas era coisa do SBT, e merece entrar na lista.
A Gangue dos Dobbermanns
Genialíssimo. Depois disso, inclusive, a moçada passou a ter medo do Dobbermann (e no imaginário infantil, ele passou a ocupar o cargo de “cachorro mais casca-grossa”, cuja titularidade era, até então, do Pastor Alemão). O filme era bem trash, mas hoje valeria a pena ver somente por curiosidade. Aquela matilha adestrada para roubar um banco... Ah, vai, até que a idéia é bacana. Melhor que contratar velhinho para entrar na fila dos idosos e pagar as contas do escritório.
Ataque das Formigas Gigantes / Piranhas Voadoras Assassinas
Esses eram dois filmaços-trash com a temática “Bichos Terríveis”. A Globo tinha o Tubarão e a Orca, o SBT atacava de Formiga Gigante e de Piranha Voadora. Também tinha um dos coelhos assassinos, mas não lembro o nome. Tinha um, também, das abelhas. Alguém se lembra disso?
A Coisa
Uma bola dentro do SBT. O filme, baseado na obra de Stephen King, era bem bacana. Ok, dava para fazer melhor. Mas aos olhos críticos da platéia ávida, tudo pode ser melhorado. Mas também pode ser piorado. A Coisa era legal. Lembro sempre desse filme quando vejo aquela gentarada comendo Mr.Pretzels. Eu sei, não tem nada a ver, mas é que peguei nojo. Aqueles quiosques deixam o Shopping Inteiro com um cheiro horrível. Prefiro o cheirinho de pipoca do cinema.
Halloween
Essa era a história mais trash de todas. Imaginem um dispositivo que reage com uma transmissão pela televisão. Legal, né? Só que ao som da vinheta televisiva, o dispositivo faria brotar insetos pela pessoa que estivesse com ele. Que tal? E ainda tinha aquela musiquinha idiota.
O Monstro do Armário
Não vou mentir: meu amigo Denera é que passou essa dica. Falei que não existia esse filme, mas ele jurou que sim. Trata-se de um monstro que habita os armários, vários armários, e ataca as pessoas. Ok, estou passando vergonha no blog porque o filme não existe. Tudo bem. Mas ele jura que sim. E tá rolando aposta na parada. Se alguém lembrar, avisa. Ou melhor, não avisa! Senão eu perco a aposta!
O Mestre dos Brinquedos
Imagine um camarada meio “alquimista” que dotasse de “autonomia e inteligência” alguns bonequinhos. Agora imagine bonecos BEM ridículos, de uns 30cm de altura, tais como: um camaradinha que ATIRA DE VERDADE, um boneco que dá socão na cara (e nocauteia uma pessoa normal), um outro com FURADEIRA NA CABEÇA. E aí? Temos um filme dos mais trashs. E passava no SBT.
O Príncipe e o Mendigo
Eram gêmeos. Um milionário, outro mendigo. Uma vez, trocaram os papéis. Pronto. Gostaram? Não lembra o “Trocando as Bolas”? Pois é. Mas o SBT também lembra a Globo, então fica tudo por isso mesmo.
Férias do Barulho
Aquela “juventude americana”, numa espécie de Resort. Tem a boazuda, os encrenqueiros-ricos, e os mocinhos nem-tão-ricos. O resto é aquela pataquada às vezes engraçada, parcamente erótica, e bem clichê. Sexta Sexy era mais interessante.
Operação Dragão
Filmaço do Bruce Lee lá no SBT. Grande filme. Tudo bem que aquele amigo do Bruce, super Black Power, não tivesse a melhor “aerodinâmica” para se esquivar dos golpes de Kung Fu. Mas o filme era bom. Todos os filmes de combates secretos imitam o argumento de “Operação Dragão”.
O Segredo de Kate
Kate era bulímica, mas não contava pra ninguém. Ela comia e chamava o hugo. Não queria engordar. Um tema sério, pesado, mas numa bacia de filmes escrachados. Então a galera não respeitava a bulimia. Acho que a Princesa Diana começou a ficar chateada de verdade quando soube que seu problema foi exposto num horário em que, na semana anterior, passou “Piranhas Voadoras”.
Cama Ardente
Com Farah Fawcett. Alguém se lembra disso? Ela levava cascudo do marido, até que se encheu dessa vida besta e tacou fogo na casa – obviamente, com o maridão dentro. Um roteiro à altura do talento dramático de Farah.
Ok, mocidade independente. Alguém se lembra de mais algum? Mandabala, pô!
2/20/2003 02:41:00 da manhã
quarta-feira, fevereiro 19, 2003
2/19/2003 01:47:00 da manhã
GRANDES MESTRES DO HUMOR IMPRESSO
"Gilbert Shelton"
Ele já foi comentado no "Eu tenho, Vocês Não Têm". Suas histórias são hilárias, e tudo que não têm em "crítica", como tem R.Crumb, Gilbert Shelton tem de sobra no escracho. Seu traço, inclusive, não é dos mais apurados - se bem que aqueles óculos do Phineas são formidáveis.
A melhor história dos "Freak Brothers" é a "Grass Roots". Não há o que discutir. A imagem do sítio quando passa o efeito da cocaína é genial - inclusive na metamorfose do caminhão. E aquele velho que faz uma aguardente também é firmeza. Ah, tudo é legal.
Aos leitores, fica um registro bacaninha: uma FOTO DO DITO CUJO. Não foi fácil, meus caros... Ah! Viram que cara de bravo? Nada a ver, né? rs
2/19/2003 01:47:00 da manhã
GRANDES COADJUVANTES DO BOZO
O grande animador da molecada, isso é inegável, foi o palhaço Bozo. Por mais que algumas outras investidas tenham galgado êxito, não dá para refutar a importância do “palhaço de todos vocês”.
“Sempre rir, sempre rir, pra viver é melhor sempre rir”. Quem não se lembra disso? Ele era o máximo. Mas era por quê? Porque tinha coadjuvantes de ouro. Ninguém nunca contou com uma “equipe” tão formidável.
Bozolina
A “sempre invisível” Bozolina era, também, ininteligível. Ouvíamos uns grunhidos, daqueles bem toscos, feitos com uma fita de áudio corrida em alta velocidade. Mas o Bozo fingia que tava entendendo tudo. Era uma certa paranóia, mas que passávamos a entender. O mais legal é que às vezes rolava uns diálogos mais longos.
Garoto Juca
O Bozo, sabemos, é uma grife dos EUA. Lá, além do palhaço em carne-osso-e-nariz, tem também um desenho animado. E quem ajudava o intrépido Bozo contra o PequenoGrande e o GrandePequeno? Ele, o Garoto Juca. Aqui no Brasil, portanto, ele chegou a ser um “companheiro de palco”. Vale pela nostalgia, mas não era dos mais animadinhos.
Papai Papudo
Esse era genial! Cunhou um dos mais repetidos bordões de todo o início da década de oitenta. Quando alguém perguntava “que horas são”, inevitavelmente ouviria a gracinha clássica: CINCO E SESSENTA. Grande Papai Papudo! Outra investida do coadjuvante foi quando ele lançou o “Discão Ziguezague”, um disco com historinhas e músicas infantis. É claro que não deu em nada, mas valeu a tentativa.
Vovó Mafalda
Valentino Guzzo deixará saudades. Além de fazer a já comentada propaganda do “Pois É”, ele era a Vovó Mafalda. Patrício Bisso? Nada! Olga del Voga não era nada perto da Vovó Mafalda. O mais legal era quando saía aquelas tretas e eles se batiam com um negócio molenga. A Vovó Mafalda era sempre a mais nervosa. Ah! Ela também tentou carreira-solo, chegando a lançar um disco. Vamos ao sucesso: “quando o relógio bate as sete... tumbalacatumba-tumbatá”. Que maravilha...
Salsi Fufu
Pedro de Lara. Acho que não preciso dizer mais nada, não é mesmo? Para irritá-lo, a receita era chamar de “Salsi Farofa”. A molecada ia ao delírio. Aliás, o visual do Salsi Fufu era o mais genial da história da “palhaçologia” universal. Uma espécie de fraque e cartola, os cabelos naturalmente compridos, bigode, bermuda, e um nariz em forma de lâmpada.
Kuky
“A gúdi-méri-méri-gu sem curu-curu”. Estranho? Ora... Essa era a música do Kuky (Ronnie Cócegas). Nessa época, ele fazia sucesso com o “Lindeza” (Caaaaalma Cocada!), na “Praça é Nossa”. Na verdade, o Kuki era meia-boca. Mas vale o registro, principalmente o saudoso Ronnie Cócegas, que depois faria sucesso como “Galeão Cumbica”.
Zecão, Lili, Macarrão
Alguém se lembra deles? Tinha a musiquinha e tudo mais. Só não entendo bem a Lili. Era uma cobra rosa! O Macarrão era muito louco, todo verdão. O Zecão era o bonzinho. Era uma espécie de imitação dos Muppets, mas de um jeito tão tosco que acabava funcionando. E as vozes eram bacanas. Mais uma vez, ponto para o irritadiço Macarrão.
Zico, Zoca, Candinha e Maroca
Outra prova de que os bonecos do Bozo eram bem melhores do que o Louro José. Essa quadra fazia papel de “corpo de jurados” para os calouros e afins. O programa tinha disso também. Zico sempre dava nota dez. Era tipo Zecão. O Zoca dava nota zero. Era tipo Macarrão. A Candinha sempre dava nota dez. E a Maroca, que aproveitava para soltar sua voz horrível, dava sempre oito ou nove. Façam as contas.
Preto, Branco e Malhado
Eles simbolizam o espírito esportivo do Bozo. Desde cedo, a criança era estimulada a apostar nos cavalos. Só faltava ter o “Pôquer do Bozo”. Sobre os três cavalinhos, correm algumas lendas. Uns dizem que “o malhado sempre ganhava”. Mentira. Outros dizem que “o branco sempre ganhava”. Mentira também. Era bem parelho. Só fica uma dúvida: que raio de mecanismo era aquele e POR QUE NUNCA LANÇARAM ESSE BRINQUEDO?
O Telespectador Malcriado
Quase toda lenda urbana é lorota. Lobão xingando Clodovil? Mentira. Texto do Millôr falando da Kelly Key? Mentira. Músico da Trama tocando música legal? Mentira. Mas uma dessas lendas, acreditem, era veradade. REALMENTE HOUVE um moleque que mandou o Bozo tomar no cu. E o próprio palhaço confirmou o imbroglio no programa do João Gordo.
E então? Esqueci alguma coisa? Dá uma bitoca no meu nariz! Rárárá!
2/19/2003 01:40:00 da manhã
LEPRA NOS COMENTÁRIOS
Deu zica no sistema Haloscan. Assim, muita gente escreveu, escreveu, escreveu e.... NÃO SAIU NADA. E os panacas do Haloscan também não gravaram o que foi escrito.
Agora, parece, tudo está bem.
Recomecemos, pois, do zero. Peço desculpas em nome daqueles idiotas. Agradeço a compreensão. Servimos bem para servir sempre. Coma pão para não ser extinto (piada interna, óbvio).
2/19/2003 12:30:00 da manhã
terça-feira, fevereiro 18, 2003
2/18/2003 01:31:00 da manhã
GRANDES MESTRES DO HUMOR IMPRESSO
"Robert Crumb"
Ninguém, com ele, soube criticar o tão estropiado "estilo americano". A crítica de Robert Crumb não era a do espertalhão que vê tudo com superioridade. Ao contrário, quase sempre seus relatos eram apresentados de forma melancólica, depressiva, nitidamente triste.
Não se trata de um "aborrecimento patriótico", mas sim uma neura do próprio autor; quem viu o documentário "Crumb" sabe do que estou falando. Ele é uma daquelas pessoas que raramente se empolgam, não gostam de elogios, não gostam de nada, e se contentam com o pouco que têm.
Entre figuraças do Crumb, podemos destacar: "Fritz, the Cat", "Angelfood McSpade", "BigFoot", "Whiteman" e "Mr.Natural". Menção mais do que honrosa para as "Mulheres Feijão".
2/18/2003 01:29:00 da manhã
GRANDES CLÁSSICOS DA “SESSÃO DA TARDE”
Quem nunca fez isso? Numa tarde de férias, de preferência rolando um friozinho, comendo alguma tranqueira, ver um CLÁSSICO na “Sessão da Tarde”.
Quem nunca fez isso, desculpe, mas não teve infância. Era algo similar às peregrinações para a casa de alguém, com vários cartuchos de Atari, ou então os embates infindáveis de SuperTrunfo durante o recreio (ou, no meu caso, no meio da aula).
Mas nem sempre passavam filmes bons; às vezes rolava alguma tranqueira bem jogo-duro. Assim, resta comentar os melhores filmes. Vamos lá:
Os Trapalhões
Imbatíveis os filmes dos Trapalhões. Simplesmente o máximo. A única chance de competição, é fazer uma disputa entre os filmes da trupe; meu favorito, por exemplo, é “O Vagabundo Trapalhão”. Páreo duro, por exemplo, com “Os Saltimbancos Trapalhões”. Correm por fora verdadeiros clássicos como a paródia com “O Planeta dos Macacos” e aquele que o Didi toma uma poção e vira um monstro. Filme dos Trapalhões é assim mesmo, cada um tem o seu favorito, mas todos concordam que são os melhores da “Sessão da Tarde”.
Trinity
Atenção, nerds e panacas, não falo aqui da gostosa do Matrix. É da DUPLA Trinity. Bud Spencer e Terence Hill. Há os filmes-solo, tipo “Banana Joe”, só com o Bud Spencer, mas os melhores são em dupla. Meu favorito é o “Par ou Ímpar”. O bacana é que eles fazem um pastelão vigoroso, repetindo fórmulas dos irmãos Marx e dos Três Patetas, mas com uma narrativa mais acelerada e uma pancadaria mais, digamos, “violenta”. Embora meu favorito seja o “Par ou Ímpar”, a melhor cena do pastelão cinematográfico, de todos os tempos, é aquela em que Terence Hill segura a arma com uma mão e bate na cara do oponente com a outra. Depois ele solta arma, bate na cara, e pega a arma novamente. E o cara não consegue devolver o tapa.
Os Goonies
Esse é um daqueles que vimos trocentas vezes, mas mesmo assim vemos de novo. Mas é esse mesmo o objetivo da Sessão da Tarde. O bacana dos “Goonies” é que eles formam uma turminha da pesada, que todo mundo gostaria de ter; com direito àquele mecanismo absurdo para abrir o portão. No final, o filme se torna uma aventura menos verossímil, mas até então já temos empatia suficiente para mergulhar na viagem do roteirista.
Gremmlins
Era para ser filme de terror, acredita? Só que o lado cômico falou mais alto; tanto que a seqüência é totalmente voltada à palhaçada. Mas o primeiro filme é o que conta. O lance “Jeckyl/Hyde” na versão “bichinho fofo/monstrinho”, sejamos francos, é uma fórmula infalível. E aí tem outros clichês que ajudaram a emplacar o sucesso, como o “velho-sábio-oriental-que-recomenda-cuidado-e-cautela” e a “molecada-aventureira-imbuída-de-ótimas-intenções”. Genial.
Karatê Kid
Esse é um filme curioso. A primeira parte é parecida com o Pinóquio: dá dó da situação de pobreza do Daniel Larusso, sua roupa cafona, as surras que leva, entre outras mazelas. Na segunda parte, temos plena consciência que tantas surras o transformaram numa franga – ou alguém tem uma explicação melhor para aquele golpe “barishnikov”? Mas era legal. Ah, ok, nem era tão legal, mas valia pelas piadinhas que fazíamos com o panaca.
Superman
Era ou não era fantástico? Gostei muito do 1 e do 2. Mesmo o 3, que tinha um roteiro idiota, era legal. Achava bacana a cena em que o Superman se divide. Só não gostei que a Lois Lane fica meio fora. O quatro era uma porcaria, e aí a série ficou meio mal-das-pernas (ok, desculpem a piada). A única coisa que, hoje, acho bem idiota, é o Superman lutar pela defesa dos EUA, com direito a voar com a bandeira para recolocar o teto da Casa Branca. Além de Cristopher Reeve, que é o “Superman Definitivo”, não podemos esquecer de Gene Hackman, simplesmente genial no papel de Lex Luthor – mesmo diante do argumento babaca.
Loucademia de Polícia
Essa era uma das “séries intermináveis” que demoraram para perder a graça. A coisa perdeu um pouco do charme quando o Mahoney saiu. Filminhos de comédia sem o canastrão não têm a mínima graça. Meu favorito é aquele em que o SweetChuck e o Zed resolvem fazer a academia, acho que é o quarto. A cena mais antológica é quando arrancam a sobrancelha do babaca que substituiu o ator que fazia o Capitão Harris. Aí o Proctor desenhou uma sobrancelhinha de franga. Mas a cena do Harris discursando após inalar gás hélio também é fantástica.
Férias Frustradas
Confesso que nunca gostei de Chevy Chase. Ele é inegavelmente babaca, seus filmes são toscos e muito idiotas. Mas “Férias Frustradas” fizeram muito sucesso, e as piadinhas são mesmo muito boas. Meu favorito é aquele em que vão para a Europa. O filme pornô, estrelado por “papai e mamãe” é uma sacada fantástica; que só perde para as milhares de voltas que eles dão no Arco do Triunfo.
Rambo
Stallone estava mesmo com a bola toda. Sem saber interpretar, conseguiu emplacar duas das franquias cinematográficas mais lucrativas dos anos oitenta. Rambo I é muito bom. A primeira seqüência teve mais público, cenas bem mais bacanas, mas é claro que é inferior. O “Rambo 3” é uma porcaria, mas hoje é um dos principais documentos políticos que servem para envergonhar os EUA. Isso porque a missão do Rambo é justamente ajudar a turma do Bin Laden, nas épocas em que eles eram amigões do peito, e combatiam os maldosos soviéticos.
Rocky
A outra franquia de Stallone era também muito bacana. Quem nunca socou a cabeça do irmão mais novo, ou apanhou do mais velho, após ver um filme do Rocky, que atire a primeira pedra! Meu favorito era o Rocky III, que contava com o Mr.T e o Hulk Hogan, bem como o Apolo e tudo mais. O IV eu achei meio babaca, e o II era uma cópia sem graça do primeiro. Os fãs de Rocky simplesmente desconsideram o episódio V.
Alain Quartermain
E as famigeradas Minas do Rei Salomão. Com direito à gostosíssima Sharon Stone. Só mesmo Hollywood para fazer o astro de Pássaros Feridos, Richard Chamberlain, passar por um Indiana Jones piorado. Mas a coisa deu certo. Aliás, convém lembrar que a personagem é muito mais antiga e clássica do que o Indiana Jones. Alain Quartermain, que integra a gloriosa LIGA EXTRAORDINÁRIA, não é um heroizinho de hollywood. Não sabe o que é a Liga Extraordinária? Paciência...
Jerry Lewis
Não gostava, achava uma porcaria. E outra: queria soltar uma bomba na Globo quando passava “Festival Jerry Lewis”. Puta cara sem graça! Fazia caretas, virava os olhos, rebolava pra cá e pra lá e queria que alguém risse daquilo? Jerry Lewis parece aquelas piadinhas sem graça que alguns tios bêbados e chefes empolgados fazem, que nos causam constrangimento, fazendo-nos corar pela vergonha alheia.
Filmes Antigos
Mágico de Oz, Noviça Rebelde etc etc etc. Não gostava de nenhum desses. Para “ajudar”, esses filmes tinham musiquinha. Inaceitável para qualquer moleque ver filmes com musiquinha. Outra coisa incabível era filme com “heroína”. A misoginia hollywoodiana não poderia ser rompida assim, sem nem aquela, por Dorothies e afins.
Épicos Bacaninhas
Os filmes épicos, no estilo “Moisés”, eram uma bosta. Mas havia o gênero “Épico Bacaninha”. Querem ver? “Fúria de Titãs”, “O Feitiço de Áquila”, “Hércules”, “Simbad, o Marujo”, entre outros, formam um filão cinematográfico que atualmente é ocupado pelo “Senhor dos Anéis”. A vantagem é que, naquela época, não havia a chatice dos fãs idiotas. Ou vocês já viram alguém querer travar discussões sérias sobre os questionamentos filosóficos da presença do Ciclope em “Simbad, o Marujo”?
Humor Inteligente
Os representantes são muitos. Monty Python emplacou dois clássicos: “A Vida de Brian” e “Em Busca do Cálice Sagrado”. O “Top Secret” também é fantástico, e a mesma equipe desceu lenha nos “Apertem os Cintos”, 1 e 2. Esses filmes não eram os pastelões óbvios que faziam sucesso na infância, por isso que eram mais admirados na fase “quase colegial” – e até hoje, na boa, ninguém pode negar que sejam muito bem bolados. Piadinha favorita: as cenas da “lareira”, nos beijos do “Top Secret”.
De Volta Para o Futuro
Os três são bons; mas é claro que o melhor é mesmo o primeiro. A coisa deu tão certo, que um outro filme estrelado por Michael J. Fox, no qual ele se transformava em um lobisomem-que-joga-basquete (é mole?), chamaram de “O Garoto do Futuro”. Por que “do futuro”? Ora, para a galera associar logo com o “De Volta Para o Futuro”. O melhor de todos os filmes era, sem dúvida, o genial Cristopher Lloyd. Desde “Um Estranho no Ninho”, nunca vi aquele cara dar bola fora. Ele pode até participar de filmes horríveis, mas sempre atua de forma absurdamente correta. Minha cena favorita? Vão achar que é mentira, mas é aquela em que ele chama o cachorro pelo nome: Copérnico (sem contar os nomes que dá aos filhos).
Curtindo a Vida Adoidado
Sem dúvida, o melhor filme-para-adolescentes de todos os tempos. A história, de tão simples, talvez nunca foi sequer aventada pelos estúdios: um filme no qual o moleque mata aula fazendo mil loucuras. Simples, né? Aí chamam Mathew Brodderick, um ator fantástico, e a fórmula está resolvida. Para ajudar, trilha-sonora com a melhor banda do mundo de todos os tempos. Aí é covardia. Desafio qualquer pessoa, mesmo uma bem chatinha, a ver esse filme e tentar encontrar sequer UMA CENA MAL FEITA. Não tem. É tudo bem pensado, dentro da fórmula. Até o “finalzinho-que-não-acaba”. Tudo. Fantástico.
Mas e vocês, galera? Quais seus favoritos? Deixei de fora vários, né? Indiana Jones, Guerra nas Estrelas, Caravana de Coragem... Manda bala!
2/18/2003 01:18:00 da manhã
segunda-feira, fevereiro 17, 2003
2/17/2003 03:23:00 da manhã
GRANDES MESTRES DO HUMOR IMPRESSO
“Laerte”
Não vou mentir, foi uma escolha dolorosa. Até pensei em fazer uma dobradinha, incluindo o Angeli. Mas, para o meu estilo, a influência maior veio do sarcasmo do Laerte, do nonsense (bom esse termo para sem-noção, né?).
Podemos destacar histórias antológicas do Laerte, como a fábula dos homens-pizza. Outra coisa bacana é seu dom para criar personagens, e ao mesmo tempo assumir que não consegue dar corda para que aquilo tudo ganhe uma proporção de romance, novela ou algo assim.
As personagens de Laerte são figuras do dia-a-dia; nada diferentes do que se vê nas ruas, no trabalho, dentro de casa, e até no espelho.
2/17/2003 03:22:00 da manhã
MINHAS ATIVIDADES EXTRA-CLASSE
Estudei boa parte da minha vida em colégios de freiras. Barra bem pesada, meus camaradas. Não que as freiras fossem jogo-duro. Isso não existe.
O negócio delas, como sempre, era faturar uma grana em cima da moçada. O meu negócio era CRIAR ALTERNATIVAS PARA NÃO FICAR NA AULA.
A primeira saída é apelar aos males da saúde, principalmente os que não podem ser auferidos por qualquer especialista, p.ex: dor-de-cabeça, dor-de-estômago, entre outras dores.
Mas tudo tinha limites. Desse modo, fui obrigado a participar de uma série de atividades com o exclusivo intuito de MATAR AULA DENTRO-DA-LEI. Genial, não?
Vejamos:
Coral
Uma vez, fazendo um maldito trabalho em grupo, vi que havia uma galera fazendo cantoria no colégio. Estranhei, pois lá nunca foi disso. Fomos ver o que era aquela algazarra.
Tratava-se de uma seleção para o coral. Seleção nada, porque todos os desafinados eram sumariamente aprovados.
Consultada, a mocinha informou que o coral se apresentaria nas festividades do ano, e que haveria ensaios, tal e coisa. Nada daquilo me animou. Até a hora em que mencionaram ALGUNS ENSAIOS NO HORÁRIO DE AULA.
Essa gente entende de marketing. No mesmo instante, fiz aquele exame rigorosíssimo e fui aprovado.
Tudo bem, paguei um dos maiores micos da minha vida, cantando “ê, estão voltando as flores”, mas pelo menos enforquei aula sem precisar passar horas no banheiro, ou então perambulando no colégio para fugir dos bedéis.
Fanfarra
Fazer parte da fanfarra era uma jogada e tanto. Em primeiro lugar, os ensaios eram NO HORÁRIO DE AULA, quando da proximidade do “desfile cívico”.
Logo que notei uma galerinha zarpando da sala para “tocar bumbo”, enquanto eu ficava fazendo equações e outras coisas igualmente agradáveis, percebi que tinha uma grande vocação para o bumbo.
Tudo bem, na fanfarra não tinha moleza; afinal, tem todo aquele ranço de banda militar. Mas foi bacana. Aprendi a tocar surdo, fuzileiro, caixa e clarim.
Fazer parte da fanfarra tinha outros lances bem agradáveis: no desfile, tínhamos posição de destaque; apresentávamos em outros colégios, NO HORÁRIO DE AULA.
Festa Junina
Todo ano o colégio fazia uma festa junina. Até aí, sem novidades. Ocorre que a dita festa tinha umas dancinhas, cujas apresentações faziam parte dos eventos.
Mas essas dancinhas iam até os alunos da QUARTA SÉRIE DO PRIMÁRIO (não sei como chama essa porra agora, mas vou continuar falando ‘quarta-série’).
O lance é que às vezes alguns alunos conseguiam autorização para emplacar uma “quadrilha” no meio da festa, e precisavam de gente para compor a dita cuja. Ninguém, claro, aceitava participar dessa baboseira.
Exceto algum aluno que preferisse pagar aquele mico louco, do que ir para a sala-de-aula. Trocando em miúdos, lá estava eu, ensaiando os passinhos e a ridícula “evolução” da quadrilha.
O pior foi que, por um grande azar, não pude ir à festa. Adivinhem quem formava par comigo? Uma professora de redação. Desse momento até o dia em que saí daquele colégio, ela não me tratava exatamente como “melhor amigo”...
Teatro
Na oitava série (mais uma vez, não quero saber como é o nome oficial dessa porra) e no colegial (idem, ibidem), participávamos de uma espécie de feira-de-ciências. Na verdade, era uma puta babaquice.
Da primeira vez, fizemos uma adaptação da peça “O Homem Que Calculava”. Todos os alunos iam ao salão nobre ver a gloriosa apresentação de besteirol da molecada. Momentos de glória.
Principalmente porque as apresentações eram no HORÁRIO DE AULA. Ah, mas como eu gostava de matar uma aulinha.
No primeiro colegial, não rolou esse tipo de liberdade. Inventaram uma baboseira infame de “feira das nações” e a cada um cabia representar um País. Coube a mim a “Jamaica”.
Nunca gostei de reggae nem de Bob Marley, mas tive que passar o vexame de ficar na barraquinha com uma peruca com aquelas tranças. Tudo porque essa participação “cívica” dava pontos em TODAS as matérias.
No caminho de casa, instantes depois de roubar uma bandeira-miniatura da Arábia Saudita (que tenho até hoje), vi que alguns outros Países geravam micos mais estarrecedores.
O pessoal de Portugal inventou de pôr um bigode ridículo. Um da Espanha foi de toureiro. A barraquinha da Itália era a coisa mais cafona do planeta. Sinceramente, até me senti aliviado por representar a Jamaica.
No segundo-colegial, novamente houve a oportunidade de fazermos gracejos com nosso inegável talento para as artes cênicas; mas, daquela vez, fizemos um filminho.
O tema da feira de ciências era “Copa do Mundo”; e nossa sala foi agraciada com a seguinte matéria: QUÍMICA.
Acredite se quiser: conseguimos fazer um filminho bem animado, entrevistando as pessoas da rua, entre outras peripécias.
Encontro de Jovens com Cristo
Minhas aptidões para o cristianismo são notórias. Por aí, vocês podem imaginar o que era a minha presença naqueles Encontros. Pior: eu era PALESTRANTE. Que tal?
Mas tudo tem uma boa explicação.
Em primeiro lugar, É CLARO QUE MATÁVAMOS AULA. Toda a sexta-feira era sumariamente enforcada – com direito a esticar a segunda, porque, afinal, dormimos mal.
Esse “Encontro” consistia em passar um final de semana num convento em Pindamonhangaba. Eram dois encontros por ano. Que bosta, né? Naaaada!
Participavam uma média de 50 garotas. Os “meninos” eram, no máximo, 10. Entendem agora? Pois é. Nessas horas, vou até para o “Encontro de Jovens com Bin Laden”.
Esportes
Sempre achei que fazer parte do “time do colégio” era coisa para panacas. E realmente era. Mas os panacas quase sempre participavam de campeonatos DURANTE O PERÍODO DAS AULAS.
Campeonatos, galera! Sabem o que isso significa? Enfocar aulas durante quase um mês, uma vez por semana. Putaqueopariu! Ainda bem que sempre soube jogar bola direitinho.
Uma outra boa que aprontei por conta de saber fazer mais do que dez embaixadinhas foi no Objetivo, aí já no terceiro colegial. Fomos para a Europa, com o time do colégio.
É claro que tivemos que pagar, mas pagamos barato pra cacete, perto do que efetivamente custaria uma viagem daquelas.
Agora eu pergunto: vocês sinceramente acham que eu joguei bola? É óbvio que não. Meu amigo Marcos Lúcio, que escreve no Imprensa Marrom e agora foi recém-aprovado na Cásper Líbero, era um dos caras que REALMENTE FORAM PARA JOGAR.
Sem noção, né? Imaginem só: você, na Suécia, com o DIA INTEIRO LIVRE, vai estragar essa emoção batendo bola? Bola eu jogo no Brasil, porra! E sorte que mais gente pensava assim.
Entre outras aventuras, posso falar do Parque Liseberg, de Gotemburgo, uma espécie de “PlayCenter Compacto”, mas com atrações mais intensas – e suecas espalhadas por todo o lado.
2/17/2003 03:21:00 da manhã
sexta-feira, fevereiro 14, 2003
2/14/2003 01:20:00 da manhã
EU TENHO, VOCÊS NÃO TÊM
"Os Fabulosos Freak Brothers/Gilbert Shelton"
Muitos devem conhecer Robert Crumb, mas bem poucos conhecem GILBERT SHELTON. Trata-se, meus caros, de um dos maiores gênios do humor. Não falo aqui somente do universo das HQ, mas do humor, no sentido mais amplo do termo. O cara é dureza.
Sua crítica se volta contra os valores do estilo americano de vida. Mas não pára nesse lugar-comum dos pensadores da tal contracultura. A coisa vai contra os PRÓPRIOS ATIVISTAS. Até aí, pensa você, R.Crumb também fez. Concordo.
Mas Gilbert Shelton compensa com loucura o que não atinge no poder do traço (claro que Crumb desenha melhor). E haja loucura. São histórias muito bem engendradas, com começo-meio-e-fim. Mas esses momentos são recheados de pequenas tramas, diálogos e situações absolutamente hilariantes.
Fat Freddy, Phineas e Freewillyn Franklin, mais o gato do Fat Freddy, convidam vocês para fazer parte desse mundinho bacana que vem a ser o nosso mundo.
2/14/2003 01:20:00 da manhã
SUGESTÕES PARA ENCONTROS DE BLOGUEIROS
Recentemente, surge uma pletora de encontros bloguísticos. No início eram os encontrinhos em botecos pequenos. Depois, eventos de médio-porte. Nos dias atuais, a turma tá alugando o Canecão.
Mais um pouco e o Elymar Santos vai querer ser blogueiro também.
Assim não pode, assim não dá e, como dizia a Dona Beth do Colégio Santo Antônio, VAMOS ORGANIZAR ISSO DAÍ.
Os blogueiros, já está provado, gostam de um bafafá. Ok. Agora precisamos criar alternativas que comportem os novos anseios dos danados; e também os desejos da sociedade (vulgo: pessoas normais) que querem se ver livre dessa praga.
Vamos lá:
Orgia Romana
Essa é clássica. Em homenagem a Baco, faz-se a Bacanal, festa dos prazeres. Hein? Ah, tá, notaram o erro: blogueiro não faz sexo. É verdade. Mas a festa, mesmo assim, seria divertida.
Uma pergunta que sempre surge: “se blogueiro não faz sexo, como se reproduz?”. Simples: eles são cooptados da sociedade civil, e aos poucos transformados em criaturinhas insossas e cheias de trique-trique.
Assim, seria mesmo divertido imaginar uma porção de blogueiros enrolados em toalhas e preparados para o cais-cais-cais de uma surubinha. Rárárá! Vai ter gente apanhando o manual do “The Sims” para ver como faz para transar...
Super Lan-House
Já que o lance do blogueiro é o computador, nada mais justo que um encontro real/virtual. Parece complicado, mas é simples por demais. Basta juntar uma porrada de computador, tudo em rede, para que a galera comece a se comunicar.
Aos poucos, todos estarão desinibidos, surgirão os primeiros “emoticons” de ICQ, carinhas de MSN, e expressões babacas do tipo “risos” ou outras menos cotadas.
Aliás, abre-se um parêntesis para as risadas escalafobéticas que esse povinho bunda da internet gosta de usar. Já viram isso? Jesus Cristo! Acho que devo ter feito boca-de-urna para o Barrabás!
Vejamos:
Hehehe = risada babaca
Huahuauhuahuauahua = risada panaca
*risos* = risada de quem não faz sexo
rsrsrs = risada de quem não achou graça
:D = risada de babaca ao extremo
rárárá = risada de seres superiores
Bingo
Mesmo sendo verdadeiros párias/vegetais na sociedade, os blogueiros também gostam de dinheiro; pois não é sem ele que conseguem comprar webcams, gravadores de CD, máquinas digitais e outros mimos.
Uma outra característica do mundo blogueiro é a falta de grana. As pessoas boas-de-bola passam as horas vagas em praias paradisíacas, os blogueiros preferem fazer alguma outra coisa na Internet.
Mas essa vida idiota também requer uma certa grana; basta lembrar que o próprio computador é algo caro e que exige atualizações constantes.
Nesse sentido, o ideal seria fazer um grande “Bingo”, promovendo a efetiva confraternização entre esses serezinhos do lodo. O bom é que bingo é um jogo de velho; e é como velhos que se comportam os blogueiros. Bingo!
Roleta Russa
A ONU divulgou, há algumas semanas, que a proliferação dos blogueiros é uma das causas para a beligerância mundial; além de um sem-número de mazelas e moléstias indiretas.
A coisa chegou num ponto em que é preciso diminuir o número de gente que escreve babaquices diárias e colocam na Internet. Senão pelos motivos óbvios, porque além de tudo os blogs servem para POLUIR as pesquisas feitas pelo Google.
Qualquer termo que você digita, logo aparece uma caralhada de endereços: tudo blog. Porque blogueiro escreve pra cacete e acaba usando o termo que você procura.
A versão da “Roleta Russa” poderia ser a “Roleta Siberiana”. Em vez de um revólver com APENAS UMA BALA, usariam um revólver com CINCO BALAS. Apenas um tiro seria “em falso”.
Suponhamos um encontro de 60 blogueiros. Apenas 10 voltariam para casa. Bacana, né? Apliquem essa taxa de redução na comunidade blogueira e, catapimba!, o mundo está livre dos altos índices de desgraça.
Genocídio
Nem sempre a tática da “Roleta Russa” pode dar certo. Isso porque os blogueiros, mesmo sendo macaquinhos que imitam a opinião alheia e verdadeiras “caixas-de-ressonância” do que dizem os “celebrities”, eles têm um mínimo de “vontade própria”.
Para essa hipótese, a sugestão seria um “encontro normal”. Normal bem entre aspas, porque todas as comidas e bebidas, bem como o próprio ar, estariam impregnados de resíduos biológicos fatais.
Nossos cientistas de Catanduva já conseguiram desenvolver um “vá-de-retro-vírus” que afeta apenas os portadores do “fator I”, ou seja, os blogueiros. Há um pequeno efeito colateral: também são afetados os fãs de Enriqueta Brieba.
Impossível fazer uma omelete sem quebrar alguns ovos; bem como é impossível uma mulher manobrar o carro na garagem sem arranhar algumas latarias.
Feijoada Completa
Joga o paio, carne-seca, toucinho no caldeirão.... e vamos botar água no feijão! Essa os blogueiros conhecem, porque são todos fãs de Chico Buarque (ao menos a maioria – e não que isso os abone, é mera coincidência).
A feijoada pressupõe festa, confraternização, alegria, algazarra, folia, gritos, urros, briga, tumulto, guerra, liqüidação do DIC, conversas, olhares, música, batucada, mas principalmente uma diarréia dos infernos.
Tem dois tipos de feijoada: a que dá caganeira na hora e a que dá caganeira um pouco mais tarde. Se você come feijoada e fica tudo beleza no seu intestino, é porque havia algo de errado naquela fejuca. Quem sabe, sei lá, usaram algo estragado.
Mas qual a graça de fazer uma feijoada entre blogueiros? Arre! Em primeiro lugar, é uma festança boa! Todos vão gostar. Além disso, é uma chance de condenar todas aquelas pessoinhas infames a passar por péssimos bocados no banheiro.
Legião Estrangeira
Todos conhecem a “Legião Estrangeira”, tropa leal ao Governo Francês? É, os caras não são de brincadeira. Uma alternativa seria mandar os blogueiros para os Gurkhas, mas infelizmente nossos coleguinhas nepalenses não aceitam convidados.
A Legião é o inverso: só trabalha na base do “venha conosco e traga os amigos”.
Para armar essa arapuca, basta fazer um encontro na África, que é onde ficam os legionários. Os blogueiros não se importam, pois estão acostumados a viajar quilômetros para encontrar os seres da mesma espécie.
Isso é engraçado porque eles são incapazes de sair para se divertir nas Condições Normais de Temperatura e Pressão, mas se prestam a viajar para outros Países só para “não perder a balada do século” (isso é que é falta de visão e esperança, pois restam 97 anos para acabar o século).
Chegando na África, os blogueiros receberiam a seguinte notícia: “o encontro será uma festinha interativa... vamos fingir que fazemos parte de uma tropa”. Alguns blogueiros, mais espertos, levam uns três anos para sacar que era um aplique.
No geral, viverão para sempre essa fantasia, combatendo pela Legião Estrangeira sem saber que aquilo NÃO É UMA BRINCADEIRA ENTRE BLOGUEIROS.
Programa de Auditório
No fundo, no fundo, o blogueiro é apenas uma figura que quer carinho, atenção, cafuné e, sobretudo, aceitação pela sociedade. Isso parece estranho, porque são eles os primeiros a repudiar a tal “sociedade”. Mas se não fosse estranho, não seria “bloguístico”.
Voltando à baixa temperatura da mulher do boi, temos que todos os blogueiros fariam uma Grande Caravana para, sei lá, ir ao programa do Sílvio Santos ou do Raul Gil.
Assim como há “Caravana de Ibitinga”, “Caravana de Olímpia”, “Caravana de Belford Roxo” e “Caravana de Guadalupe”, porque não haveria a “Caravana dos Blogueiros”?
Todos receberiam um “Kit Auditório”, composto por:
- 01 Um Fru-Fru (ou sei lá como chama aquela porra);
- 01 Isqueiro (se rolar um Jorge Vercilo e apagarem a luz);
- 01 Lanchinho de Salame
- 01 Toddynho que não é da Toddy
- 2578 Fotos Variadas (para o caso de pintar no palco um Daniel, Leonardo etc).
E você, leitor blogueiro? O que sugere para divertir a gloriosa espécie da qual fazemos parte? Diga lá!
2/14/2003 01:13:00 da manhã
quinta-feira, fevereiro 13, 2003
2/13/2003 02:18:00 da tarde
EU TENHO, VOCÊS NÃO TÊM
"Toda Mafalda"
Trata-se de uma compilação, supostamente com TODAS as tirinhas produzidas pelo cartunista argentido "Quiño". Além das tiras, a publicação tem o "luxo" de trazer os desenhos feitos para uma versão-mirim da Declaração dos Direitos da Criança, ou algo do gênero - desenhos feitos pelo autor da "garotinha politizada".
Nota mil.
Ocorre que algumas pessoas me disseram que essa publicação não contém exatamente TODO O MATERIAL; a primeira a dar essa lastimável dica foi a proprietária da empresa multinacional "Morcelas Borella".
De todo modo, recomendo a leitura desse material, que a bem da verdade nem é tão raro assim. Recomendo principalmente aos que gostam de "Calvin"; perto de "Mafalda", a tirinha americana perde seu status de "excelente" para ser somente "boazinha-e-olhe-lá".
2/13/2003 02:17:00 da tarde
ANGLICISMOS EQUIVOCADOS
Somos uma colônia e, como tal, temos concidadãos que são devotos da Metrópole. Isso não é novidade. Ocorre que essa superassimilação idiomática acaba gerando situações vexatórias para os que se utilizam de tal expediente.
Vejamos alguns exemplos bem práticos e corriqueiros:
Fashion
É comum o uso da palavra “Fashion”. Vejamos, abaixo, algumas das aplicações mais tradicionais:
- Nossa, mas essa roupa está fashion!
- Gosto de fulano... Ele é super fashion!
- Ah! É uma coleção bem fashion!
- Fashion esse visual, né?
Em todas essas exclamações, a palavra “fashion” tem o mesmo significado, qual seja, de “arrojado, moderno, dentro da moda, estiloso” etc etc etc.
Ocorre que a palavra “fashion” significa estritamente “moda”. Isso mesmo. Dá para dizer que “este chinelo está super moda”? Não, claro que não. Ele está “super ‘na moda’”. Nesses casos, o correto seria “fashionable”.
Mas agora, não só morreu como já foi a missa de um ano do Neves. Então complicou bastante.
Uma boa saída é substituir esse “fashion” babaca por alguma palavra em português. Se você achar nossa Língua meio babaca, tudo bem, troque por uma gíria. Mas não caia na besteira de usar uma palavra inglesa como se fosse um turista recém-chegado.
Mídia
“Media” em inglês, é todo e qualquer “meio” pelo qual seja possível armazenar, divulgar, propagar, receber ou enviar algum tipo de dado. Em suma, quase tudo pode ser considerado “media”.
Grosso (beeem grosso) modo, é como a palavra “meio” em Português. O carro é um “meio” de transporte, o CD é um “meio” digital de reprodução de músicas, o DVD é um “meio” digital de reprodução de vídeos, e os italianos da Mooca pedem pizza “meio calabresa, meio mussarela”.
É claro que também uso o termo “mídia” ao me referir aos “meios de comunicação de massa”. Pensa bem, é uma forma e tanto de poupar trabalho, espaço, paciência do leitor, e ainda ganhar um certo “estilo jornalístico”.
Mas é preciso ter consciência de que isso está redondamente errado. Um exemplar de jornal, por exemplo, é sim uma “mídia”; porquanto seja um meio de armazenamento e divulgação de dados impressos.
Whatever/Anyway
Essas duas expressões, a bem da verdade, são aplicadas corretamente. Mas, os leitores mais antigos sabem bem, são muletas que MERECEM O APEDREJAMENTO, por todos os motivos já expostos, e alguns outros que serão declinados a seguir.
“A nível de” é uma moleta ridícula e errada, mas ainda faz bonito perto de “whatever” ou “anyway”; isso porque, ao menos, a pessoa tenta se segurar numa muletinha “made in brazil”.
Nem falo isso por patriotismo ou alguma bobagem do gênero, mas somente pelo esforço de tentar aprender primeiro a própria língua, antes de brincar de antropofagia anglicística do criloulo submisso doido.
A coisa funciona da seguinte maneira: a menininha (normalmente é mulher ou franga) vê o seriado, gosta da expressão, e começa a repeti-la. Ou então, ouve a “amiga descolada” empregando essa bobagem, e aí repete para parecer que é “entrosada”.
Ridículo.
“Whatever” e “anyway” são uma espécie de “DaveMatthewsBand” do mundo dos anglicismos. Parecem coisas boas, mas na verdade dão coisas ridículas, idiotas, superficiais e denunciadoras de uma personalidade bem babaca.
Revista Playboy
Nada de errado com a “Revista Playboy”; não fora a própria correção do termo, ainda temos a liberdade de utilizar nominhos estapafúrdios para batizar revistas. Mas, como dito, está corretíssimo.
O “playboy” é o famoso “bon-vivant”, sujeito que aproveita as boas (e caras) coisas da vida. O galicismo foi substituído pelo anglicismo porque também trocamos de “metrópole cultural”. Coisas de uma colônia relativamente volúvel.
O enguiço tá nas paródias que fazem da Playboy. Já viram? Exemplos:
- Playvaca – revista com vacas nuas
- Playvelha – revista com velhas nuas
- Playbanha – revista com gordinhas
- Playmuxiba – revista de muxibinhas nuas
Mas o que têm em comum o nome dessas hipotéticas publicações? Ora, é simples: a forma IMBECIL de composição com o anglicismo.
É o seguinte: evitem essas paródias com o nome da Playboy. Senão, seguindo a regra dessas revistinhas, “playboy” seria a revista com “boys pelados”, e é exatamente o oposto que temos por ali.
É claro que para os adeptos do humor “torta-na-cara”, esses nomes fazem um efeito danado. E a vantagem de viver num mundo repleto de idiotas é que um programa como o “Zorra Total” fica no ar e DÁ AUDIÊNCIA.
Modo Genitivo
O brasileirinho ADORA o uso do apóstrofe para fins diversos. No inglês, usa-se também para configurar o “modo genitivo”. Em suma, trata-se de algo parecido com a nossa crase, sendo que lá o apóstrofe serve para finalidade similar à do acento grave na Língua Porguguesa.
A união de “artigo mais preposição” forma a crase. Na Língua Inglesa, trata-se da “absorção da preposição”. Em vez de falar “Bar do João”, diz-se “João’s Bar”. Simples, simples.
O que fazem os brasileiros? Vejamos:
“Loja dos Louco’s”
“Maluco’s da Vila Ema”
“Beijo’s do Jandir”
“Quitute’s e Massa’s”
Que tal? Pois é... Estamos acostumados, não é mesmo? Usam o modo genitivo para simplesmente fazer um “plural com gracinha”. É a vida, é a submissão, é a idiotice. Tudo junto, uma verdadeira conspiração da imbecilidade em favor da manutenção do colonialismo.
Big Brother
A moda é chamar os participantes do programa da Globo de “Big Brothers” (alguns ainda usam “big brother’s”, para representar um plural idiota, mas que sem querer acabam acertando, ao menos quando repassada a regência para a gramática da Língua Portuguesa).
Nesta edição, por incrível que pareça, conseguiram piorar a coisa: inventaram uma Big Mother. Mas isso é tudo bobagem.
A figura do “Big Brother” é uma criação de George Orwell, em seu livro “1984”. Ao se referir ao Estado Totalitário, o autor dizia que o mesmo era o “Grande Irmão”, que estava sempre “de olho nos cidadãos”.
Toda a vida das pessoas, pois, era registrada pelo tal “Big Brother”.
Guardadas as proporções, o “Big Brother”, quanto ao programa da Globo, seríamos todos nós, da audiência, que temos acesso ao dia-a-dia daquela casa.
Mas o que fazem todos os panacas? Chamam os participantes de “Big Brothers”, afinal, já usávamos o anglicismo “Brother” para dizer que alguém é camarada, amigo, gente-boa...
É de dar dó.
2/13/2003 02:13:00 da tarde
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