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sexta-feira, janeiro 31, 2003
URGENTE: VERDADES E MENTIRAS DO MUNDO INTERNÉTICO
Primeiro as verdades: está REALMENTE FODA o lance das fotos. Por enquanto, fica suspenso. Não tenho tempo, agora, de consertar esses erros. Provavelmente, terei que trocar o servidor das imagens (usava o yahoogroups, e talvez as coloque no kit.net).
Quanto às mentiras, refuto NO TODO as acusações por parte de Camila Cirila, e do próprio Marcorelha, a respeito de supostos "passos de rumba" ou coisa que o valha. É mentira. Meus adversários tentam desestabilizar minha campanha para conquistar o planeta, imputando-me a pecha de "dançarino de terceira".
Pronto, podem voltar ao trabalho.
1/31/2003 01:41:00 da tarde
GRAVATANEWS
Propaganda de Cerveja Gera Críticas de Associação
Após substituir o “Pra Caraca” por “Pra Cacilda”, a fim de melhorar a propaganda, uma famosa cervejaria de nome Brahma, que manteremos no anonimato, acabou descobrindo um santo para cobrir o outro.
Isso porque a “ABND - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA de NOMES DETONADOS”, que comporta as pessoas cujos nomes tenham sido motivo de troça, chiste, piada, gozação ou escárnio, resolveu se manifestar de forma contrária à substituição.
“Não podemos admitir que as Cacildas sejam vítimas do desdém coletivo. Não é justo. Essa mania de fazer baixo-marketing com o nome alheio, para o bem de todos, deve acabar” – essas foram as palavras de Bráulio Pinto de Carvalho, Presidente da Associação.
O que causa espanto, e ninguém há de negar, é que a propaganda não tinha nenhum problema quanto ao “caraca”. Poderia até ser “caralho”, “cacete” ou “buceta”. O grande problema é que era (e é) uma propaganda extremamente chata.
1/31/2003 02:07:00 da manhã
ACREDITEM:TENHO UM NOVO BLOG
Pode parecer piada, mas fiz mais um blog. Desta vez, para publicar pequenos contos, historinhas banais e outras baboseiras fictícias que escrevo. O nome, para seguir o estilo de "Caneta Bic" é Bico de Pena. Está linkado ali à direita, mas pode entrar por aqui.
Por falar em Caneta Bic, o dito cujo está atualizado. Novos desenhos, inclusive dois presentinhos para blogs amigos.
1/31/2003 02:04:00 da manhã
GRANDES MARCOS DA PUBLICIDADE TELEVISIVA
Como vimos na notícia do “GravataNews” de hoje, a coisa não anda bem em parte das propagandas televisivas. Para cada propaganda realmente boa, há pelo menos umas trinta que são ridículas, de nos fazer corar pela vergonha alheia.
Mas, vamos e venhamos, os publicitários não têm culpa: fazem um curso absolutamente inútil, para prestar um serviço totalmente irrelevante à sociedade.
De todo modo, sinto-me no dever de estabelecer alguns paradigmas para aqueles que somente vêem coisas ruins na publicidade televisiva. Sem essa chatice broxante de “antigamente é que era bom”, mas também sem a mudérnidade à flor da pele do “agora é que é bacana”, sejam listadas agora as propagandas mais bacanas na opinião modesta do Monarca do Universo:
Vimave
A propaganda era rodada “nas curvas da estrada de Santos”, ao menos aparentemente. Estavam num Karmann-Ghia (é assim que escreve?) Valentino Guzzo e Ary Toledo. Cada carro que quebrava na pista, eles gritavam “Pois É!!!”. Até que, em dado momento, a charanga da dupla sarrista ia para o espaço (deveria ser alguma lepra no platinado). O que acontecia? Todos os “zoados” corriam atrás deles. Detalhe: esses “zoados” devem ter andado bem para alcançar o Karmann conversível.
DD Drim
Uma animação com insetos maravilhosamente desenhados, iluminação e sonzinho “rock/disco” e a gloriosa musiquinha: “A pulguinha dançando o iê-iê-iê / O pernilongo mordendo o meu nenê.. Ui! / E o dia inteiro a traça passa, a roeeeerrrrr / Nesta festa preciso pôr um fim / Vou chamar, DD Drim, DD Drim / E os passeios da barata pela casa / Vão ter fim, vão ter fim, DD Drim! / DD Driiiiimmmmm”. Precisa mais o quê?
Bala-de-Leite Kids
Além da musiquinha fantástica, esse comercial nos faz atentar para duas coisas. A primeira é mais geral: uma PROPAGANDA DE BALA. Isso é raro. Aquela “tic tac” até que tentou, recentemente, mas propaganda de balinha é uma coisa que, na boa, causa certa comoção por parte de quem está acostumado a ver, atualmente, anúncios caríssimos para divulgação de produtos de multinacionais. Babaquices minhas à parte, também era legal aquele baleiro, e a molecada brincando de girá-lo. Sempre quis ter um baleiro daquele. Detalhe: nunca fui fã de balinha (exceção óbvia à gloriosa SETEBELO).
Star Sax
Acho que era um tênis, provavelmente era. Mas como é que escolho entre as melhores, uma propaganda do que nem sei qual seja o produto? Ora, eles usavam “Hall of Mirrors”, do Kraftwerk. Mesmo aquelas baladinhas meia-boca que o “Hollywood” emplacou, na boa, não chegam aos pés dessa SUPERMÚSICADOCARALHO da “Star Sax”. No final, falavam “Staaaaar Saaaaaax” de um jeito meio robótico. Genial, nota mil.
Café Seleto
Talvez o jingle mais famoso, e sem dúvida um dos melhores. O “termômetro” de um jingle é a capacidade de se tornar “musiquinha de gozação”. O do Café Seleto, por exemplo, ganhou a famigerada versão “Café Concreto”, que toda criança minimamente entrosada com a vida social da infância já deve ter cantado.
Nescau
A molecada se metia em verdadeiras aventuras, e depois tudo se restabelecia; era apenas uma viagem alucinógena provocada pelo Nescau. Brincadeiras à parte, eram propagandas bem bacaninhas. Uma das minhas favoritas era a do “Guerra nas Estrelas”. Outro detalhe é que na propaganda fazia aquele barulhinho de “tomar o resto com canudinho”; mas nunca fez sucesso lá em casa quando eu imitava o barulho. Ainda hoje, porém, faço questão de que metade da lanchonete olhe para a minha mesa quando estou no final de um milk shake (Sim, eu tomo milk shake, por quê?)
Presunto Sadia
“Esse não é... De jeito nenhum... Tá querendo me enganar, é? Ah! Esse sim é Sadia!”. Com o ritual pouco higiênico de colocar o dedo nas peças inteiras de presunto cozido, o menininho sacava que era o sadia por causa do relevo. Talvez para não resumir a qualidade do produto no baixo relevo da marca, ele levava o dedo à boca para confirmar. O importante é que, além de ser uma propagandinha bem simples, serviu para orientar as dondocas quando o padeiro as engrupia, vendendo presuntos mequetrefes pelo preço caríssimo da Sadia. Outra curiosidade: o garoto propaganda pôde ser visto, mais adiante, no anúncio do “Big Trem”, fazendo uma espécie de “paródia” da música “Trem das Onze”.
Mitsubishi
Todas as propagandas juntas da Semp Toshiba não chegam aos pés daquele “japonês paraguaio” que vendia um aparelho bem tranqueira. Lembram? “La garantia soy yo... És do balacobaco” Genial, genial, mil vezes genial. O “portunhol cômico”, quase que com a mesma musicalidade, pôde ser revisto por Otávio Augusto (aí sim com competência de um gigante) nas novelas “Vamp” (ele era o pai do Flavio Silvino e do André TraçaTodas) e “Esperança”.
BomBril
É manjada, é batida, é velha, mas é boa. Vamos negar? Não dá, porra! Uma propaganda manter aquela mínima estrutura, e fazer sucesso até hoje, convenhamos, é uma coisa muito boa. Ultimamente, eles investiram em alguns efeitos, mas o mais bacaninha é que o cenário é sempre o mesmo. Uma vez, creio, o Carlos Moreno fez algumas “externas”. Mas nem deu nada; o lance é ficar atrás daquela bancadinha, vendendo esponja de aço e ser o garoto-propaganda mais famoso e competente do País.
Folha x Estadão
Era hilariante a disputa entre os dois periódicos. De um lado, a Folha vendendo o “novo peixe”; afinal, era um jornal afinadíssimo com o Governo Militar. De outro, o Estadão, até então opositor do regime, mas que tinha pedido penico na época do Figueiredo. A FSP ganhou de lavada. Destaque para aquela propaganda com o Garrincha, alguém se lembra? Falavam em altíssimo e excelente som: “A Folha não trabalha para o Estado”.
Brastemp
O último suspiro da publicidade criativa pode ser representado pela série de propagandas da Brastemp, com o Wandi Doratiotto. Além de contar com um texto sempre bem agudo, a performance da dupla “Wandi” e “Barba” (não sei o nome do cara) era sempre aguardada com bastante euforia. Além de fazer uma propaganda brilhante, conseguiram emplacar um bordão nacional “...não é nenhuma Brastemp”.
Vinhetas da Globo
Hoje, vendo aquela Globeleza e as aberturas ridículas das novelas, alguma pessoa mais jovem pode ser levada ao erro de supor que a Rede Globo sempre foi patética nas vinhetas. Pura bobagem. Quem não se lembra de Araken, o Showman (que, na Copa de 86, virou “golman”)? E aquela musiquinha “Setenta Neles”, da mesma Copa do Mundo, com direito à Gal Costa (quando ainda não tinha voz de Dercy Gonçalves gripada)? Mesmo as vinhetas de ano novo, até o “invente, tente, faça um 92 diferente” eram bem legais. Os programas também tinham aberturas muito criativas; reparem que sempre o Fantástico é que, na sanha de ‘inovar’, promovia um espetáculo de breguice incomparável. O que fizeram as outras emissoras? Trataram de incorporar os “prateados reluzentes” de Hans Donner. Uma pena.
Menções Honrosas
Fábrica de Móveis Brasil, com o “brasilino”; Tamakawi, com a Etti Fraser; Buri, a inimiga número um dos preços altos; G. Aronson; Casas Fortaleza, com o Fulvio Stefanini; US Top, com atores da globo dando risada vestidos com aquele jeans ridículo; Vitassay com Pelé; Casas Bahia com Pelé; Revista MAD (sim, houve um comercial por volta de 1988/1989); Mappim e Jumbo Eletro, que trocaram de apresentador (e aquele cara sumiu)...
E vocês leitores? Quais as propagandas de que gostaram mais? Hein?
1/31/2003 12:56:00 da manhã
quinta-feira, janeiro 30, 2003
GRAVATANEWS
Cirurgião/Esquartejador Alega Amnésia e Legítima Defesa
Nosso Chico Picadinho Diplomado, para espanto de toda a classe médica, inovou no quesito “desculpas esfarrapadas para se livrar de uma acusação casca-grossa”.
Depois de esquartejar a namorada, alegou amnésia; ao mesmo tempo, alegou legítima defesa. Vamos e venhamos, a “legítima defesa com amnésia” é algo difícil de ocorrer.
Consultado, o psiquiatra Maritaca Rachacuca disse o seguinte: “A pessoa que sofre de amnésia, em geral, não se lembra do que fez. Em caso contrário, não é amnésia.”
Já “Carlinhos Copo-de-Geléia”, um pinguço que ouvia a entrevista, mandou sua brasa a respeito do fato: “É o tal negócio... Camarada pula a cerca, depois conta duas desculpas para a mulher. Não adianta, mermão: ou você vai jogar bola com a turma, ou vai para a reunião com o cliente.”
Por motivos óbvios, não traremos fotos da cena do crime. Também não faremos gracinhas como ilustrar o texto com pratos de strogonoff ou algo do gênero.
1/30/2003 12:02:00 da manhã
quarta-feira, janeiro 29, 2003
GRANDES UNANIMIDADES NEGATIVAS DO MUNDO BLOGUEIRO
O mundo blogueiro é constituído quase que essencialmente de um bando de maria-vai-com-as-outras. É um repeteco de nossa sociedade. Há os “grandes blogueiros”, que aparentemente possuem raciocínio, e os “seguidores” que simplesmente servem de caixa de ressonância dos “maiorais”.
A análise desse fenômeno deixo para os psicólogos (obviamente, para dar boas gargalhadas das bobagens que falarão), e também para os antropólogos (já atribuindo a nós blogueiros uma suposta humanidade).
Deixando de lado a origem, falando mais de algumas conseqüência, analisemos alguns dos lugares-comuns deste nosso glorioso universo. Vejamos:
Sandy
É um alvo óbvio. Sandy ganhou ares de “defensora da virgindade”, uma versão teen das Senhoras de Sant’ana. O único problema é que a dita cuja NUNCA FEZ APOLOGIA DA VIRGINDADE.
Tudo isso resulta de uma série de mitos que são impostos à figura de Sandy. Uma reportagem aqui, outra ali, outra acolá, e já se vão anos e anos dessa mitificação que, bem ou mal, serviu para expor a cantora de uma forma relativamente confortável.
Pode-se odiar as músicas da Sandy, mas é complicado especular acerca de sua vida privada, quanto mais a vida íntima (sim, moçada, “privado” é uma coisa e “íntimo” é outra bem diferente).
Mas já que estamos nessa, vambora: Alguém já viu alguma vez a Sandy defendendo a virgindade? Uma vezinha só. Alguém já viu? Pois é... Esse papo surgiu no começo de 1999 (ou no final de 1998, agora não lembro). A menina respondeu a uma pergunta, dizendo que era virgem (ela deveria ter mentido para ficar “de bem” com seu não-público, ou foi mais inteligente falar a verdade e continuar muito bem com seu público?).
De todo modo, quem desce a guasca na Sandy de forma alguma comprará uma boa briga no mundo blogueiro; pode respirar fundo e contar com comentários de apoio, todos com pedregulhos nas mãos.
Tribalistas
Há uma única razão pela qual já tirei sarro dos tribalistas (e o faço até hoje, aqui no blog): uma das minhas mais queridas leitoras, ReOx, gosta do trio. Isso, para mim, é suficiente para atiçar sua bronca. Mais ou menos o motivo pelo qual detono com Dave Mattews Band (aí sim uma porcaria): Maninha e Marina gostam desse lixo.
Mas alguém já viu alguma declaração “cabeça” dos Tribalistas? Pois é. Isso não existe.
A “crítica puxa-saco” fez o favor de colocar palavras estúpidas para elogiar um trabalho que é somente uma série de músicas. Quem leu a IstoÉ desta semana sabe o que estou dizendo. Para quem não leu, veja o que o Chico Barney fala a respeito.
Aliás, uma das raríssimas vozes que se voltaram exatamente contra a origem do mal: a crítica imbecil, cheia de adjetivos que não servem para outra coisa, senão puxar o saco dos artistas bajulados.
Não são os Tribalistas que se arvoram a “gênios” (como Caetano fazia na época da Tropicália). Eles fazem um trabalho e a crítica trata de fazer o popular “boquete com letra de forma”.
Só que na hora de detonar, a galera direciona os canhões blogueiros para o grupo, e não para os “críticos”, que hora dessas estão metendo o pau na Kelly Key, na Sandy, ou elogiando algum babaca como o Nick Hornby.
Caetano Veloso
Esse é clássico. Já foi citado algumas vezes aqui, como verdadeiro paradigma da “adoção de opinião alheia para entrar na roda”. Basicamente, TODO MUNDO QUE FALA MAL DO CAETANO NÃO CONHECE SUA OBRA.
São raras as exceções.
Já vi gente escrever verdadeiros TRATADOS, que são libelos anti-caetânicos, mas que não sabem da gravação do disco “Transa”, do álbum branquinho ou até mesmo de coisas como o “Jóia” ou o “Cinema Transcendental”.
E por que isso? Porque leram aqui e ali que o cara não presta, então tratam de repetir aos quatro cantos que não presta. Bacana, né?
Uma curiosidade é o fato de que Caetano Veloso oscila entre a galerinha seguidora. Em alguns períodos ele é tratado como semideus; noutros, como um panaca total. Para citar a oscilação mais recente, basta lembrar do Circuladô. Naquela época (1992), ele estava nas alturas. De lá para cá, foi só declínio.
Querem outra prova de que as críticas se originam de verdadeiros panacas? A música “Sozinho” consta do “Prenda Minha”. Esse disco foi lançado no final de 1998. A música foi superexposta em meados de 1999. No final desse ano, portanto, já estava dando nos nervos.
O que fazem os babacas? Descem o porrete no....Caetano! Ninguém se lembra de falar mal das rádios ou dos programas de auditório que reservam atenção demais para o que essas pessoas consideram “música de menos”.
Qualquer um, no lugar do Caetano, aceitaria de bom grado os convites. São mais de trinta anos de carreira, não fica nem bem querer manter pose de “rebelde sem causa” com três filhos para criar (porque o Moreno não tem pinta de quem anda com as próprias pernas, nem com ajuda dos tais “mais dois”).
Engenheiros do Hawaii
Sempre arranjam tempo para falar mal dos Engenheiros. Quando a crítica se limita ao gosto, beleza pura, mas quando a galera começa a falar da “qualidade” do som, aí é o caso de cair na gargalhada.
Da mesma forma que é a afinação da Sandy é matematicamente incontestável (sim, a afinação é algo científico), não se pode dizer que os Engenheiros façam um som sem base e/ou qualidade.
Quando bato na orelha do Dave Matthews, jamais deixo de lembrar que é uma banda com muita qualidade musical, mas que a mim soa falsa, pedante, babaca; como uma bandinha de conservatório: todos muito afinados, mas sem um “elo” que transforme aquilo numa verdadeira banda de rock.
Comecei a ouvir Engenheiros do Hawaii de tanto que ouvi falarem mal da banda. Nunca fui muito chegado, ouvia no rádio, deixava para lá. Mas se tanta gente assim fala mal, é porque deve ser bom; ou, como constatei, ter várias qualidades.
Não é minha banda favorita, está muito longe disso, mas fazem um sonzinho bem bacaninha. As letras do Gessinger são boas, mas algumas soam excessivamente pedantes. Os arranjos, alguns, não agradam ao meu gosto (não quanto ao que considero “pop”).
Mas também não é nada que comprometa toda a trajetória da banda; incluindo aí a observação de que a fase atual é totalmente descaracterizada. Aquela “raspa de tacho” que algumas bandas nacionais promovem para continuar “na ativa”.
Revista Caras
Uma das maiores imbecilidades do universo é meter o pau na “Revista Caras” da maneira como a galera o faz. A “Caras” é talvez a revista mais honesta do mundo. Explico.
Nas bancas, há uma série de semanários que se propõem a trazer notícias e reportagens supostamente isentas e imparciais. Quando lemos aquilo, comparando com tudo que sai nos jornais e com o acompanhamento dos fatos em diversas fontes, soa óbvia a tendência que a revista quer-nos impor.
A “Caras” não. Ela se propõe a ser uma revista de futilidades e exposição da vida alheia. E o que temos ali? Futilidades da vida alheia.
E a “Caras” tem uma seção de Etimologia que, acreditem, é levada a sério. Pode parecer piada, mas gostaria que lessem essa seção (pode ser na espera do cabeleireiro, p.ex.).
É extremamente patético quando alguém mete o pau na “Caras” e, ato contínuo, apanha um desses semanários para saber das notícias isentas e imparciais. É óbvio que a dona-de-casa é menos lobotomizada que esse crítico do óbvio.
Ratinho, João Kléber, Sérgio Mallandro
Os programas populares são o cachorro morto preferido de quem quer falar mal de alguma coisa sem ser contestado pela “maioria”. É mesmo muito fácil.
Eles estão lá, exploram a desgraça alheia, exploram o sucesso alheio, exploram tudo que se torne evidente e que seja alheio. E essa exploração se dá de formas realmente ridículas.
Pronto! É só meter o pau e correr para os abraços da galerinha meia-boca.
Ocorre que há uma imbecilidade por trás disso tudo. As pessoas, de forma errada, cobram da televisão um papel educativo que ela jamais poderá ter. Televisão é meio de ENTRETENIMENTO.
Sei que é uma concessão pública, mas não é uma “concessão pública de serviço de educação”, como no caso das faculdades privadas (sim, meus amigos, as faculdades e colégios, mesmos os particulares, prestam um serviço público).
Essa gente considera o ideal simplesmente acabar com esse tipo de programa. Em suma, é uma forma pouco camuflada do bom e velho pensamento fascistóide e autoritário. Aquela coisa de “Precisa fazer uma lei para proibir isso...”, a boa e velha solução pseudo-positivista que contém um verdadeiro nazismo embutido.
O ideal, a meu ver, é existir, sim, esses programas. Mas, ao mesmo tempo, ter uma sociedade suficientemente educada, pelas vias normais, ao ponto de saber discernir entre o “grotesco” e o “educativo”, o “histriônico” e o “construtivo”. Desse modo, todos encarariam os programas populares como formas de dar risada.
Todas as soluções que envolvem uma “proibição”, na boa, são soluções idiotas.
Assim, queridos leitores, quando forem detonar alguma coisa, seja ou não da listinha acima (que é puramente demonstrativa), procurem fazê-lo com seus próprios argumentos. No início, a imbecilidade coletiva soltará frases como “ah, você é do contra”. Sim, seja do contra, porque ser do “a favor” é entregar os pontos à baboseira coletiva.
1/29/2003 11:54:00 da tarde
RECEITA DE MERENGUE
Ingredientes:
- 1 litro de creme de leite para chantilly
- 500 g de suspiro
- 800 g a 1 Kg de morangos
Modo de preparo:
Bata o creme de leite ao ponto de chantilly, coloque o açúcar a gosto (lembre-se que o suspiro já é bem doce) corte os morangos em pedaços não muito pequenos e reserve, quebre levemente os suspiros. Para fazer a montagem coloque uma camada de chantilly, os morangos e os suspiros, vá intercalando até terminar com o chatilly, decore com morangos e suspiros inteiros e se preferir use o bico para pitanga e enfeite o prato. Esta sobremesa é muito fácil e fica uma delícia!
Extraído daqui.
1/29/2003 05:06:00 da tarde
MAIS PISANTES QUE MARCARAM ÉPOCA
Como pudemos notar nos comentários, vários calçados foram esquecidos. Alguns, vejam vocês, verdadeiros clássicos. Antes de tudo, meus agradecimentos aos gloriosos comentaristas. Vamos lá!
All-Star
O AllStar era O TÊNIS. Não tinha para ninguém. Sabem por quê? Porque era o ÚNICO aqui no Brasil. A adidas até que tentava fazer uns tênis mais “chapados”, mas somente o AllStar fazia a cabeça da rapaziada. Devemos registrar que o “design” do bamba copiava descaradamente a “cabeça” do AllStar. Mas a fama de “cabeção” ficou só com o bamba, mesmo.
Montreal
Como diria Silvio Santos, no “Domingo no Parque”: “Montreal, porque você é jovem!”. O Montreal tinha o exclusivo “antimicrobial”. Confesso que tive que usar montreal na minha infância, porque fazia parte do uniforme do colégio. É sério. Aliás, falarei sobre isso no futuro post “Traumas da Minha Infância”.
Ortopé
Tão bonitinho, né? E tinha aquela propaganda em que a casa era um tênis ortopé gigante. Sempre quis morar numa casa assim. Depois, mais velho, mais cético, e obviamente mais atento para o chulé dessa hipotética residência, mudei de idéia. Agora amadureci e não quero mais saber desse tipo de moradia. Por isso que terminei ontem uma cabaninha em cima da árvore. Mas voltando ao Ortopé (tão bonitinhoo), nunca tive um. Para falar a verdade, nunca quis.
Botinha Ortopédica
Essa eu nunca usei e OBVIAMENTE nunca quis usar. Mas lembro de uns amigos, na escola, que usavam isso. Que coisa feia, né? Parece que atualmente não já é mais receitada. Tomara que seja verdade. Era dureza ver aquela molecada com o sapato RIDÍCULO, a galera tirando sarro (tem algo mais cruel do que uma criança?), a vítima chorando copiosamente. Também não sei porque estou falando muito; eu era um dos primeiros a tirar sarro.
Melissa
Tinha a melissa e, claro, a melissinha; assim como tinha a “Ceci” e a “Cecizinha”. As mulheres sempre tiveram um papel (além de acessório) explicitamente no diminutivo. Um reflexo da meiguice feminina, ou tão-somente uma forma de registrar a inferioridade? Bom, pelo menos agora elas podem mandar e-mails tirando sarro dos homens que as oprimem por milênios. Detalhe: até hoje existe a melissinha (e a melissa).
Rider
Dê férias para seus pés, e também dê adeus às mínimas chances de parecer uma pessoa elegante. Afinal, uma melancia no pescoço é bem menos descaradamente brega do que um rider. Mas tem quem goste. E tem muuuita gente que gosta, porque foi outra aposta “plástica” que tornou ainda mais prósperos os negócios da família Grendene.
BibiCar
Alguém se lembra desse? O solado do BibiCar era em forma de “carrinho”. Ridículo, né? Mas mais ridículo era ver a molecada, assim que comprava, tentar “brincar de carrinho” com uma sola de... BORRACHA. Atrito puro! Sem condições. Mas era, digamos, “bonitinho” – e não deixa de ser uma bela idéia. Bom, fez sucesso, todo mundo queria ter (estou falando de crianças de 7 anos), mas durou pouco.
Panda
O “Panda” surgiu para competir com o Rainha Yatch Special e o Mont Car Special – tanto que esses eram os modelos em destaque da grife “Panda”. A grande vantagem, porém, era o fato de ser um tênis bem mais barato que o Rainha. Nem por isso, como pudemos comprovar na prática, era de pior qualidade. Aliás, era bacana aquele pandinha impresso no tênis. O designer merece um prêmio, pois é quase impossível desenhar um panda sem que fique parecendo boiola.
Le Cheval
O tênis do baiano atual. Esse era o glorioso Le Cheval. Começou como uma cópia muito ridícula dos tênis da moda: Reebok, Nike e afins. Não era, digamos, algo de boa qualidade. Mas o público alvo também não eram aqueles que primavam pela qualidade. Fato é que para cada Nike ou Reebok vendido, havia mais de dez pessoas usando um Le Cheval. No final de carreira, lançaram um modelo que piscava uma luzinha quando você pisava no chão. Diziam que aquilo “chamava ladrão” (lembram quando era moda roubar tênis?). Mas, afinal de contas, quem iria roubar um Le Cheval?
Dharma
Esse tênis era basicamente uma cópia do M2000, fase ginástica. O bacana é que havia umas propagandas na TV, propagandas bem legais. Nem parecia que era daquele tênis meia-boca. Mais ou menos como as propagandas dos cigarros Derby e Dallas; altíssimas produções televisivas para produtos nem tão sofisticados assim.
Zip Tênis
Uma versão “calçado” para as possibilidades de montagem propostas pelos gênios que bolaram o “Champion Quartz”. Você poderia mudar o modelo de seu tênis com um zíper. Com um solado e várias “partes de cima”, poderia usar “cano alto”, “cano baixo”, “yatch” e por aí vai. Legal, né? Legal o caraio! E quando o zíper emperrava? Pois é...
Sandalinha com Apito
Não lembro o nome da marca (quem souber, dê um toque). Trata-se, porém, de algo que contribuiu para fomentar comportamentos psicóticos pelo mundo a fora. Afinal de contas, poucas coisas são mais irritantes do que aquele apitinho. Por uma dessas coisas que somente a Lei de Murphy explicaria, somente compravam essa sandalinha as crianças mais espevitadas. Alguém se lembra diso?
Tênis com Velcro
Várias marcas usavam o velcro, em vez do cadarço. Mesmo assim, cabe fazer um registro. Era bacana, né? Sem contar que era um tênis para combinar com o “trainning” (essa é velha, hein?). O “trainning” era a coisa mais horripilante do planeta, uma espécie de “pijama para usar fora da cama”. Para combinar com esse fantástico conjunto, só mesmo um belíssimo tênis com velcro. De todo modo, a molecada que não sabia fazer laço adorava esse tipo de calçado.
1/29/2003 01:06:00 da manhã
terça-feira, janeiro 28, 2003
GRAVATANEWS
Genoíno Forçado a Fazer Coffee-Break
Após falar por cerca de 48 horas ininterruptas, desbancando Fidel Castro e o Missionário Rodrigues nos antigos recordes mundiais de ocupação de microfones, uma pessoa da platéia resolveu agir de forma agressiva para acabar de vez com aquele falatório.
A moça, que se disse participante dos “Confeiteiros sem Fronteiras” (algo como uma “Internacional Queima-Rosca”), atirou sobre o dito cujo uma torta de morango.
Não é novidade, aqui no Brasil, que políticos sejam alvo de projéteis. Serra levou uma ovada. Covas levou socos e pontapés. Sarney teve seu ônibus alvejado por pedras. Carlos Lacerda levou tiros. Perto disso aí, até que a torta de morango não está entre os piores quitutes.
Genoíno não se pronunciou, e também não comeu a torta. Um dos manifestantes, em off, garantiu que tal atitude, antes de tudo, estava de acordo com os ditames do “Fome Zero”.
Nesta foto, pode-se constatar que a barba do Genoíno saiu quase intacta.
1/28/2003 12:07:00 da manhã
1/28/2003 12:05:00 da manhã
PEQUENO RECEITUÁRIO PARA QUESTIONAR E DESACREDITAR ALGUNS POSTULADOS RELIGIOSOS E ESOTÉRICOS
Muita gente, feliz ou infelizmente, precisa de argumentos ficcionais para explicar seus problemas neste mundo. Isso tem explicações psicológicas simples.
É reconfortante para um sujeito descobrir que ele não é um fiasco de pessoa, mas sim apenas uma alma com um “encosto”. Viu só? Ele sai do lugar livre de sua culpa por ter sido um merda, e tenta recomeçar.
Funciona com alguns.
Assim sendo, as brincadeiras com esse mecanismo, que muda de nome mas não muda o funcionamento, devem ser limitar ao escárnio privativo. Não adianta sair por aí brincando de “Noite de Piadas São Bartolomeu”.
De todo modo, o leitor tem a oportunidade, neste instante, de conhecer as mais atuais indagações propostas em mesas de boteco, que colocam em xeque quase todas as pataquadas esotéricas, e religiosas, que ouvimos por aí.
Igrejas Pentecostais
Essas igrejas prometem curar todos os males. Dizem que o poder de Deus é infinito. Usam artifícios cênicos, certo talento de retórica e algumas estatísticas esquisitas para “provar” que muita gente já foi curada.
Catarse coletiva.
O problema é que, “in loco”, só conseguem curar males “invisíveis”. Ou seja, curam aquilo que não se pode auferir de pronto. Se você disser que está infectado com o HIV, ou que tem leucemia, eles fazem umas micagens, soltam uma gritaria louca, e você sai de lá “curado”.
Mas se aparcer com uma cárie ou unha encravada, aí não tem choro nem vela, infelizmente não haverá poder suficiente para que o Onipotente consiga resolver esses prosaicos probleminhas.
Estranho esse “Deus Cirurgião” que nos livra de tumores e infecções de vírus, mas não nos liberta de uma simples unha encravada.
Igreja Católica
Poderíamos usar os mesmo argumentos para falar da tal Renovação Carismática, que também opera alguns milagres que são do balacobaco. Mas o mais legal são outras questões.
Aqui já falei da relação entre a existência de Adão e Eva e o pecado que Cristo pagou na cruz. Se alguém não acredita em Adão e Eva, então não precisa acreditar que algum pecado foi pago na cruz – porque era o pecado original que estava sendo cobrado ali.
Hoje, cometem esse tipo de equívoco, mas de forma nem tão cruel. Basta lembrar as vezes em que alguns nomes, por pura cagada de cobradores debilóides, vão parar no Serasa e no SPC. Na época de Jesus, infelizmente, não havia ação de reparação por conta de danos morais.
O mais engraçado, porém, diz respeito à “Transubstanciação”. Não sei se todos sabem, mas a hóstia consagrada e o vinho constituem não meras representações mas sim A PRÓPRIA COMPOSIÇÃO DE JESUS.
É isso mesmo! Não se trata de uma analogia, mas segundo a doutrina são EFETIVAMENTE O CORPO E O SANGUE. É papo sério, podem perguntar para algum estudioso doutrinário; ou para algum padre que não esteja ocupado.
Tudo bem, fé é fé. Mas e depois? Você ingere o sangue e o corpo de Jesus e não solta isso nunca? O que acontece depois, no processo digestivo, não seria uma tremenda falta de respeito? Pois é...
Espiritismo
A história das religiões comprova uma coisa: o tempo vai passando, e a sistemática de ritos e a ordenação doutrinária vão melhorando os argumentos. Quando alguém inventa uma religião, trata logo de tapar os buracos da crença anterior.
No século retrasado, durante alguns meses, o espiritismo estava com a bola toda; afinal, era uma novidade e “explicava” boa parte das brechas que as outras religiões deixavam passar.
Ocorre que, atualmente, tudo não passa de algo tão factível quanto o Papai Noel ou o Coelhinho da Páscoa (devemos reconhecer que o coelhinho da páscoa é melhor elaborado).
Precisamos reconhecer, porém ,que eles têm certa habilidade na hora de sair das perguntas complicadas. A primeira técnica é a do karma. Muito do que não se sabe explicar, é porque é karma. E fim de papo. Quando a coisa fica mesmo muito complicada, mandam frases do tipo “ah, mas nem tudo tem resposta para a compreensão humana”.
Mas é essa “falta de resposta” que usam como premissa maior para discorrer. Resumindo, trata-se de um grande sofisma em forma de doutrina.
A questão mais espinhosa diz respeito ao momento em que a alma entra no corpo. A corrente majoritária defende que no instante da concepção, a alma já está na célula-matter. Bonito, né? Mas e aqueles casos em que a gravidez é interrompida em minutos? Isso acontece. Há fecundação, mas o DIO acaba com a festa.
Qual a missão daquele espírito, que fica cerca de um minuto? Dá tempo da alma sair do céu, e nem precisa acabar com o jogo de tranca com as outras almas, é uma saidinha de dois minutos, literalmente.
Outra questão é a da reencarnação. Como isso funciona? A meu ver, deve ser uma puta setor de Departamento Pessoal gigantesco, com milhares de senhas. Um super serviço de expedição, milhares de remessas por minuto. Já pensaram nisso? E o pessoal que chega? A triagem? Não é moleza.
Cura Espiritual
Podemos falar tudo e mais um pouco sobre acura espiritual. Podemos falar o mesmo que já falamos das igrejas pentecostais. Podemos falar que é um embuste óbvio. Mas o melhor é resumir numa perguntinha simples:
Se a cura espiritual realmente existe, porque o Chico Xavier sempre ficava em hospitais tradicionais?
Astrologia
Sem dúvida, a astrologia está entre as coisas mais simplórias e imbecis de toda a produção ficcional humana. Até o saci-pererê é mais sofisticado do que as bobagens astrológicas. Já falamos disso aqui.
Mas há uma forma inusitada de se colocar em xeque todo esse “conhecimento científico” que os astrólogos alegam possuir.
Em vez de informar o dia de nascimento e todos os dados, para que eles façam um mapa astral, vamos inverter essa ordem. A gente fala tudo que aconteceu até agora na nossa vida, e eles têm que dizer quando e onde nascemos.
Se não conseguirem, é porque é embuste. Estamos combinados?
1/28/2003 12:05:00 da manhã
segunda-feira, janeiro 27, 2003
FESTA DO "JESUS, ME CHICOTEIA"
O Marcorelha Celebrity fará uma festança para comemorar um ano da "Gênesis" de seu site. O evento promete ser um "Divisor de Águas" no mundo das festas de blog. A "Central das Artes" é tida como o "Paraíso" dos comedores de crepe. E o Marco, vocês sabem, EvaeAdão (pronunciem rápido).
Com o término dos trocadilhos bíblicos idiotas, resta passar à galera o convitinho meia-boca que fiz dentro das minhas limitações - e também minha paciência em fazer algo informando o que todos estão carecas de saber, assim como o Marco.
1/27/2003 05:31:00 da tarde
ATAQUE DOS EUA NÃO É MOTIVADO PELO PETRÓLEO
Absolutamente inverídicas as investidas anti-americanas por parte de setores comunistas da imprensa. É verdadeiramente absurda a explicação de que George Bullshit apenas usa a maldade de Saddam como desculpinha para se apropriar do petróleo iraquiano.
O fato de a família Bush ter negócios petrolíferos com a família de Bin Laden, e o fato de que Saddam, há duas décadas (mas igualmente maligno), ser considerado um aliado, não passa de pura e simples coincidência.
E coincidências acontecem: vejam só o pessoal do Big Brother! Boa parte já são velhos conhecidos da rapaziada dos vigésimos escalões dos corredores televisivos.
Obviamente, os EUA ficarão com todo o petróleo do Iraque, cujos contratos mantidos com distribuidoras e países da Europa, para o caso do final do embargo, promete-se cumprir com rigor.
O excedente, é claro, fica com quem tem o pesadíssimo ônus de administrar as complexidades de um pós-guerra tão traumatizante.
Uma prova consistente de que o governo dos EUA apenas procura aplacar o mal que assola o Universo é a lista que vem circulando em rodinhas mais fechadas, mas que agora, com exclusividade, passamos aos nossos milhões de leitores.
A seguir, os futuros “inimigos da liberdade” que serão atacados impiedosamente:
1/27/2003 12:49:00 da manhã
VISITANTE NÚMERO QUINZE MIL
Uau! Quinze mil, hein? Puxa vida... Bom, moçada, manda a "prova do crime" que eu vejo o que rola. A coisa tá feia, mas sempre sobra um pão murcho para os que dão sorte.
Espero que, desta vez, seja alguém que faça o printscreen...
1/27/2003 12:48:00 da manhã
1/27/2003 12:13:00 da manhã
PISANTES QUE MARCARAM ÉPOCA
Com essa moda de “anos 80”, sobrou tempo para que a galera falasse de alguns calçados famosos daquela época. Legal, legal mesmo. Ocorre que fala-se sempre nos mais tradicionais e óbvios, esquecendo-se de tantos outros, igualmente importantes.
Isso se explica por motivos óbvios: ninguém tem saco para ficar elencando calçados da década retrasada. Ninguém? E o Gravataí Merengue? Ahá! Então saca essa:
Conga
O pessoal da Alpargatas nunca imaginou que fosse tão fácil ganhar dinheiro. Com uma borracha fininha (e barata) usada como solado e uma lona meia-boca, faziam um dos calçados mais vendidos do País. Aliás, a conga foi a primeira a se “reabilitar” quando veio a modinha retrô. Para se ter uma noção de como a coisa pegou, a Forum chegou a lançar uma conga de couro.
Kichute
Era assim: camarada dava uma volta com o cadarço na canela, outra volta por sob o calçado e ainda sobrava corda para fazer um laço bacaninha. Esse era o kichute velhão de guerra, a “subchuteira” da rapaziada proletária. Um verdadeiro campeão de audiência entre os moleques que gostavam de bater uma bola em campinhos esburacados, com golzinho feito de latas, pedras e com “altura imaginária”.
Bamba
Conhecido aqui e alhures com o complemento “cabeção”, o bamba começou como uma espécie de “conguinha reforçada”. Mas a coisa pegou (tudo que é barato tem boas chances de dar certo no Brasil). No final, o pessoal já estava fazendo uns modelos mais chiques, tal e coisa (o bamba figurava, assim, como um primo-pobre-brazuca do AllStar).
Katyna Surf
Quando se fala em chinelos, sempre aparece o nome das Hawaianas e do Rider. Esquecem-se, de forma imperdoável, de um dos marcos da “chinelografia” mundial: Katyna Surf. Não se lembram desse chinelo? Era aquele todo preto, com uma etiquetinha colorida. O glorioso DESAFIO AO GALO premiava o melhor em campo com um “MotoRadio”, mas dava um par de Katyna Surf para os demais jogadores (ou para quem telefonava ao programa, agora não lembro).
Bubble Gummers
Quem não tinha muita grana, tinha botinha sete léguas. Quem contava com mais dinheirinho, podia comprar algum calçado da linha “Bubble Gummers”. Alguém se lembra disso? Eram aqueles com cheirinho de chiclete. Além da botinha, tinha tênis e tudo mais.
Popy
Quem concorria com os BubleGummers, embora não de uma forma tão direta, era a linha nacional “Popy”, que chegou a lançar o glorioso “PopyPlus” (aquele do “é liiiindoooo”). Os primeiros modelos do Popy eram versões infantis do famigerado Nike, um sucesso dos EUA que não era vendido aqui no Brasil.
Bota Commander
A possante “Commander” é de muito, muuuuuuito antes dessa modinha “adventure” que tomou de assalto a rapaziada (hoje qualquer zé mané faz rapel, rafting ou outra modalidade “aventureira”). O visual é bem parecido com o dessas botas caras para fazer “trekking”; mas era bem barato, e não tinha a desvantagem de ser algo usado também por panacas.
All-Latex
Esse tênis, produzido pelas indústrias do famoso Alberto Dualibi, foi alçado à condição de “melhor tênis de futebol de salão do Brasil”. Tinha, inclusive, uma gravação do brasão da “Federação Paulista de Futebol”. Coisa fina, tênis federado. Muitos pernas-de-pau compravam um All-Latex para ver se melhoravam na bola. É óbvio que continuavam uns bostas. A desvantavem desse tênis é que acabava rapidinho, e logo a molecada jogava seus pares gastos, elegantemente, nos fios de alta tensão.
Forward
O Forward era um tênis do Paraguay, todo brancão, com solado verde (!!!) e detalhes em azul nas laterais. Usado para o futsal, mas seu desempenho era simplesmente sofrível. O solado logo se desgastava, e a molecada acabava escorregando feio. Engraçado que era uma das raras ocasiões em que um “importado” servia para copiar algo nacional; e, como toda cópia, fazia feio. Bem feio.
Yatch/Montcar
A Rainha, até então famosa pelo seu tênis “todo branco de couro”, usado em vários colégios particulares como “tênis de educação física”, lançou uma linha “da moda”. Essa linha contava com dois lançamentos bem bacanas: Rainha Yatch Special e Rainha Montcar Special. O Yatch não tinha cadarço, mas sim elásticos. O Montcar tinha cadarço, mas apenas três furos de cada lado. O “fashion” era usar um Montcar sem cadarço.
London Fog
Até hoje os surfistinhas usam calçados de camurça. A coisa remete ao final da década de oitenta, com o glorioso London Fog (depois imitado pelo Cannon e marcas menos cotadas). Desde aquela época, também, causava um chulé infernal quando alguém ousasse realizar a seguinte combinação: pés descalços e mal lavados (ou mal enxutos), tempo quente e garoa e/ou poça d’água.
Skin Head
A onda de “tênis de skate” começou com o “Skin Head”. O nome, talvez pouco afeito ao universo do skate, acabou não se tornando um grande empecilho para os lucros. Tanto que logo vieram imitações como o Mad Rats e o inesquecível “Kiki” (só no Brasil que um tênis chamado “kiki” consegue ir para a frente, ainda mais se dizendo “de skatista”).
Reebok(*)/Nike
A década de oitenta se acabou com essas novidades: Nike e Reebock. A galera costumava brigar feio para dizer que um era melhor que o outro. Para quem acha que essa é uma briga idiota, basta dizer que já vi gente sair com escoriações após defender determinada pronúncia na língua “klingon”. Voltando à palmilha fria, também podemos citar o Pony MVP, um primo (bem) pobre brazuca, que também fazia a linha “tênis para basquete” (esse foi o mote inicial dessas marcas). Por fim, não podemos nos esquecer do L.A.Gear, que nem chegou a vender direito por aqui, mas quem ia para o Paraguay voltava com a “novidade que seria um sucesso e acabaria com a Nike”.
(*) - Tinha saído "Reebock", por conta de uma informação enviesada de nossa tradutora oficial para o idioma inglês. A moça, que é fã do Dave Matthews Bosta, fez de propósito. Valeu.
1/27/2003 12:10:00 da manhã
sexta-feira, janeiro 24, 2003
GRAVATANEWS
Fim do Boato Sobre “A Casa das Sete Mulheres-de-Diretor”
A informação obtida reforça a tese de que a minissérie “A Casa das Sete Mulheres-de-Diretor” não vai mesmo sair do papel.
O boato, provavelmente, partiu de algumas atrizes invejosas, que só porque têm talento, ousam discordar dos critérios matrimoniais vigentes na escalação de mocinhas para as novelas das oito.
A categoria, que a exemplo das “modelos-e-atrizes” também tem um órgão de classe, foi defendida pela sindicalista Ingrid Bergman, em pronunciamento concedido ontem. Sempre sorridente, e mexendo no cabelo de vez em quando, ela achou um absurdo esse tipo de boataria.
“As ‘mulheres-de-diretor’ são pessoas sérias, com muito talento, e que apenas têm a sorte de contar com maridos bem-sucedidos.”
Novos Personagens Para “A Casa das Sete Mulheres”
Com exclusividade, recebemos a informação de que outros personagens históricos poderão entrar em cena para fazer propaganda de algumas cidades. Enciumadas com o fato de Bento Gonçalves fazer parte da trama, uma junta de prefeitos preparou um requerimento.
Vejamos quem seriam os novos participantes da trama surrealista que supostamente relata fatos da Guerra dos Farrapos:
1/24/2003 12:29:00 da manhã
1/24/2003 12:25:00 da manhã
FIGURAÇAS DOS CINEMAS
Os cinemas, hoje em dia, ganharam um ar diferenciado. Com o advento dessas “mega salas multiplex”, tudo mudou. Até a pipoca, que antes custava uma ninharia, hoje você não compra por menos de cinco mangos.
A capacidade das salas aumentou, o som melhorou, a imagem ficou mais nítida, mas o público continua formado pelos menos panacas de todos os tempos.
Quem tem o hábito de ir ao cinema uma ou duas vezes por mês, já sabe de cor e salteado os tipinhos com os quais provavelmente irá se deparar. Vejam só:
A Galera Chata
Quem nunca se deparou com aquela “galera chata” num cinema? Você está lá, pronto para ver o filme, quando repara que tem gritaria, guerra de pipoca, boné voando e outros bichos, bem perto de onde você está sentado. E nem adianta querer discutir muito, porque senão você apanha feio; senão porque é um frangote, que seja por pura matemática. A única solução é divagar a respeito do “pão-e-circo”, e do quanto aqueles miseráveis precisam desse tipo de distração.
O Cinéfilo
É aquele que solta sorrisos discretos quando o diretor faz uma brincadeira que remete a um filme do expressionismo alemão. Também é aquele que fica até o final dos créditos, não para se livrar da fila de saída, mas para ler atentamente cada nome, a fim de identificar seus conhecidos. O cinéfilo, no cinema, se comporta como um sommelier. Por conhecer o diretor, o estúdio, os atores e o contexto, já consegue traçar alguns prognósticos, mas sempre aplaude quando é surpreendido. A única coisa é que todo cinéfilo é meio esquisito, podem reparar.
O Casal Tarado
Transar no cinema faz parte da “lista de fantasias tradicionais”, que inclui também “transar na praia à noite” e “transar numa estrada deserta”. Tudo bem, nada contra a fantasia, o problema é quando o gemido da mulher começa a competir com a sonoplastia de uma sala equipada com o sistema Dolby Digital. Vamos e venhamos, dá para fazer a coisa com um pouco mais de discrição.
O Glutão
A impressão que temos é a de que essa peça vai para o cinema nem tanto pelo filme, mas mais pela pipoca e outros quitutes. Ele aparece na sala com um balde de pipoca e outro balde de refrigerante. Quando acaba com tudo, volta para a bomboniére e compra chocolates, salgadinhos e afins. Não é saudável, do ponto de vista olfativo, que o filme demore mais do que 3 horas; é o tempo suficiente para essa bagunça fazer efeito e o danado emitir gases altamente tóxicos.
O Acompanhante
Quem nunca viu um filme por causa da(o) namorada(o), filha(o), amiga(o), irmã(o) e afins? Pois é. Temos que suportar aquela babaquice. O normal é dormirmos, porque a(o) namorada(o) não vai querer muito gracejo, em razão de querer REALMENTE ver o filme. Também não compensa dar uma de glutão e, além de ver um filme bosta, engordar trinta quilos. O jeito é tirar uma sonequinha. O pior é quando a pessoa reclama, dizendo que não prestamos atenção no filme. Essa é demais! Além de acompanhar, ainda quer que preste atenção? Aí é mais caro.
O Afobadaço
Ele comprou o ingresso pela NET, com uma semana de antecedência. O filme começa às dez, mas às oito ele já está na “fila” (não é exatamente uma fila, porque só vai ter ele até mais ou menos as nove e vinte). O mais engraçado é o ar de “vejam como sou malaco” que ele faz, quando a fila já está grandinha. Na boa, TODO CARA NO PRIMEIRO LUGAR DA FILA É UM OTÁRIO.
O Mala
Qualquer que seja o ambiente, sempre haverá um “mala”. É normal, sabemos disso. Então, por óbvio, o cinema também tem os seu. Quase sempre, ele cumula funções: “mala/cinéfilo” ou “mala/afobadaço”. Também há, naturalmente, o “mala/mala”. Este último, apenas um cara chato que não é afobado e nem fanático por cinema. Gosta mesmo é de tudo muito certinho. Pessoas que amassam sacos de pipoca ganham um “psiu”. Pessoas que levantam para mijar ganham um “psiu”. Todos ganham seu simpático e afável “psiu”. Uma graça de pessoa.
O “Zé Gargalhada”
Alguém, quando vê televisão sozinho em casa, dá gargalhadas altíssimas? Ok, agora só respondam os normais. Então. Ninguém, né? Mas no cinema a lógica se inverte. Basta o ator arquear a sobrancelha para que a sala venha abaixo. Uma porta que bate na cabeça de alguém é acompanhada de uma saraivada de risos digna da melhor gag de Grouxo Marx. A diversão fica por conta de reparar na cara de idiota que essas pessoas fazem quando o humorista resolve soltar uma piadinha mais inteligente. Quem tiver paciência para estudar os seres humanos, e em especial os “quase-humanos”, olhe para os lados e veja algumas pessoas cutucando as outras para saber qual o motivo das risadinhas baixas depois de uma piada inteligente.
1/24/2003 12:23:00 da manhã
quarta-feira, janeiro 22, 2003
GRAVATANEWS
Lançada a “Camisinha de Flanela”
Idealizada por Celso Garcia, o polêmico estilista que lança moda desde a década de 70, a Camisinha de Flanela foi criada sob medida para aqueles casos em que, colocado o preservativo, o “bilau” pega no sono.
“Já que é para dormir, que durma de forma confortável” disse o empresário. As camisinhas de flanela serão vendidas em motivos tradicionais, tais como o “xadrezinho”, “bolinhas” ou o clássico “azul e branco”.
Celso Garcia, ainda, explicou para a reportagem que há um problema grave em relação às camisinhas atualmente vendidas. “Muita gente, por conta da baixa metragem do membro, acaba tendo que ‘fazer a barra’. Isso causa certo embaraço. Nossas camisinhas serão vendidas em vários tamanhos, poupando o consumidor desse tipo de embaraço”.
Abaixo, alguns estilos de flanela para as camisinhas:
Xadrezinho Clássico
Floridinho Meigo
Xadrez Pinheiro/Estrela - Fashion/Brega
Ursinhos Rosa Bilu-Bilu
1/22/2003 11:48:00 da tarde
1/22/2003 11:41:00 da tarde
DICAS PARA PARTICIPAR DE UM REALITY SHOW
Não adianta mais torcer o nariz e fingir que não sabe do que se trata. Bobagem. O “Big Brother” está aí, minha gente, com uma audiência dos diabos. E tem também a “Casa dos Artistas”, e outros menos cotados como os do Luciano Huck, e tantos outros.
Antigamente, fulano mais metido ficava se imaginando numa entrevista com o Jô Soares. Conheci gente que até treinava para isso. Antes de tudo, eram prepotentes precavidos; caso dessem a sorte (e o mundo, o azar) de fazer sucesso, já tinham todo o receituário para galgar êxito sem tropeços.
Mas e se, de repente, somos chamados para a seleção de um Reality Show? Você não vai? Então tá. Mas os outros leitores, todos, vão sim. Então, moçada, leiam com atenção o manual abaixo.
E depois não digam que eu não avisei. E é bom lembrar: quem avisa nem sempre é amigo, porque às vezes só avisa mesmo para dar uma de sabichão.
Seja Humilde
A “humildade barata” talvez esteja entre as características mais repugnantes que uma pessoa possa ter. Ocorre que o povinho bunda brasileiro adora gestos de humildade. Não queira, portanto, dar uma de metidinho, que na primeira votação você vai para o espaço – sem contar que o pessoal da sala, porque oriundos da mesma sociedade mequetrefe, também vai pegar bronca de sua pessoa. Assim, seja bem humilde, lave louça, seja paciente, dê a vez no banheiro, não conte vantagens e assim por diante.
Não Fale em Dinheiro
A tática, ao explicar o porquê de participar de um Reality Show, deve ser a mesma adotada pelas modelos que posam para a Playboy: NUNCA É POR CAUSA DO DINHEIRO. Faça o mesmo. As desculpas clássicas nos Reality Shows são:
- Fazer amizades;
- Passar uma mensagem de paz;
- Mostrar seu talento ao Brasil;
- Viver uma nova experiência;
- Arrotar e peidar em cadeia nacional.
Frases Feitas
Bem como no exemplo anterior, há frases prontas, que são clássicas e típicas. Não adianta usar um raciocínio muito elaborado, porque em primeiro lugar você não deve se esquecer de que é um panaca. Além disso, o povo sem dúvida é panaca. Então dá no mesmo. Use idéias simples, sem grandes firulas sintáticas. A coisa é mais ou menos como no trabalho. Expressões como “Tudo de bom”, por exemplo, são muito bem vindas. Evite “Whatever”, “Anyway” e afins. Embora usar expressões da moda em inglês também seja algo idiota, o que pode parecer ter afinidade com a idiotice do público do reality show, trata-se de OUTRO TIPO de imbecilidade.
Forme um Parzinho
Ninguém resiste a um romance. Assim, arrisque a sorte de formar um parzinho e cair nas graças da galera. A tática, no geral, tem dado muito certo. Vocês até podem sentar na graxa, mas vai ser mais para o final. O público primeiro vai querer saber se vocês vão transar, se um trairá o outro, e outros questionamentos filosóficos à altura de um Reality Show. Só não vai trepar sem camisinha porque a diretoria da emissora pode ficar chateada com o atrevimento e casa vai cair para ambos, e com uma brevidade assustadora.
Demonstre Emoções
Viram o Lula? Maior chororô! E por quê? O povo gosta disso, cacete! Vocês acham que o tal “Bambam” ganhou o primeiro BigBrother só por uma suposta simpatia do público com a capacidade limítrofe do participante? Claro que não! Foi por puro racismo, sem dúvida, mas também porque ele chorou. Se o público se sensibiliza com um marmanjo musculoso que chora por causa de uma vassoura (tirem suas conclusões), toda lágrima é lucro para o “chorador”.
Cante Bem Alto
Todo ser humano normal (ou seja, todo ser humano que obviamente acaba não indo para um Reality Show) não é afeito a cantorias que ultrapassem os 90 decibéis. Nesses programas, porém, as pessoas cantam muito, muito, muito alto. E por quê? Simples. Nessas casas, é claro, não acontece porra nenhuma o dia inteiro. O editor precisa das “melhores imagens” para gerar o programa. E, claro e evidente, selecionará as musiquinhas idiotas que os mais espertos cantam. Mas por que cantam tão alto? Para o microfone pegar direitinho; afinal, pode dar crepe em algum microfone, e aí um outro capta corretamente.
Seja Filosófico
Levando em conta as observações quanto à “humildade” e às “frases feitas”, procure usar alguns momentos (poucos, de preferência) para uma filosofia das mais baratas. Solte indagações do tipo “sabe, cara, eu fico pensando no destino de todos nós, aqui... e... cara!.... é foda, né?”. Daí para baixo. O mais engraçado é que o interlocutor, muito provavelmente, dará corda nessa prosa metafísica, e a coisa pode chegar a níveis literalmente impensáveis.
Dê o “Abracinho Falso”
Reality Show que é Reality Show tem pelo menos uns três “abracinhos falsos” por programa. E vocês sabem muito bem o que é isso: aniversário de gente que não gostamos, festa de final de ano na empresa, velório no qual não vamos com a cara da viúva, entre outros. Você finge que gosta da pessoa, abraça bem apertado, chega a fechar os olhos, mas fica o tempo todo pensando “que panaca, que panaca, que panaca, que panaca...”
Nem Líder, Nem Tchongo
O brasileiro é, antes de tudo, medíocre. As pessoas que se destacam tendem a ser mal interpretadas e o povo ávido logo pedirá suas cabeças numa bandeja de prata. Não banque o João Batista do Reality Show. Seja “mais um na multidão” até que a coisa vá para a fase final. Quando for inevitável se destacar, opte por uma postura exacerbadamente humilde, tente chorar, use frases feitas e acabe a cena num abracinho falso. O povo, comovido, não votará pela sua eliminação. Os participantes, sensibilizados, podem te dar uma nova chance.
1/22/2003 11:40:00 da tarde
GRAVATANEWS
Pinóquio Não Vai Jogar no Palmeiras
Totalmente inverídica a história de que Pinóquio tenha sido contratado para reforçar o time do “Verdão”. Os boatos surgiram quando a equipe paulista informou estar atrás de “talentos compatíveis com sua amplitude de grande equipe”.
Após as esperadas gargalhadas, os repórteres presentes passaram a especular alguns nomes à altura do time. Wágner Montes e Roberto Carlos (o cantor), clássicas referências, foram peremptoriamente negados pela diretoria do Palmeiras.
João-do-Pulo, falecido recentemente, também seria um reforço digno do alviverde imponente. Mas, por motivos óbvios, não jogará neste campeonato – muito embora, mesmo morto, não foge da média de aproveitamento do scratch.
Quando aventaram o nome de Pinóquio, porém, os diretores fizeram um silêncio. Alguns jornalistas passaram o boato adiante, e este quase se torna uma das “verdades da imprensa”.
Senhor Gepetto, procurador de Pinóquio, informou que tudo isso é uma grande mentira, e que seu pupilo, vulgo “perna-de-pau”, tem recebido sondagens da Portuguesa, do Botafogo e da Ponte-Preta. Esta última equipe, por meio de Ditão, seu assessor para contratações aleatórias.
Na foto acima, o jogador Pinóquio, que não vai reforçar o time do Palmeiras, como equivocadamente divulgaram alguns jornalistas.
1/22/2003 01:17:00 da manhã
1/22/2003 01:15:00 da manhã
GRANDES TRIBALISTAS DA HISTÓRIA DA MPB
Engana-se quem pensa que o “Tribalismo” tenha sido fundado no ano de 2002. Não, meus caros... A coisa é bem antiga. A seguir, trataremos da história desse “movimento” (e põe “sic” nisso).
Precisamos lembrar que as “Fontes Tribalistas” não são necessariamente ruins. Como, atualmente, servem de influência, essas fontes são em alguns casos muito boas. Pena que não souberam, os atuais, utilizá-las adequadamente.
Rogério Duprat
O maestro Rogerio Duprat foi o grande “mentor musical” do Tropicalismo. Como veremos a seguir, a Tropicália desembocou no que se denomina “Tribalismo”. Nada mais justo, portanto, que creditar ao maestro o mérito (?) de ser precursor dos moçoilos.
Jorge Mautner
Mautner influenciou o movimento quase que de forma parecida com a de Rogerio Duprat. Nesse caso, trata-se da versatilidade de Jorgee Mautner, que busca ser alcançada pelos Tribalistas atuais. Mautner canta, toca, compõe e escreve. Faz, sozinho, cinco vezes mais do que os Tribalistas juntos e multiplicados por mil.
Tom Zé
Depois da “fase tropicalista”, Tom Zé mandou bala em canções muito interessantes, como aquela em que o Edifício Itália teria uma rusga contra o prédio do Hotel Hilton. Mas foi graças à regravação de “Irene” e a gravação de “Qualquer Bobagem” que vimos no danado alguns elementos resgatados pelos Tribalistas.
Caetano Veloso
Muito mais do que um pausteurizador, Caetano muitas vezes é um grande APODRECEDOR do movimento alheio. Suas gravações de “rock” são ridículas, beiram o vomitivo. Suas gravações de Bossa Nova mostram que ele também tem um pouco de “cantor de churrascaria”. A técnica Caetânica de destruir criações dos outros foi absorvida pelos Tribalistas. Ocorre que, nesse caso, o feitiço virou contra o feiticeiro: afinal, o “Tribalismo” nada mais é do que uma Tropicália muito piorada (sem contar o fato de que a Tropicália é um Sargent Pepper’s ridiculamente mal adaptado).
Gilberto Gil
Não só como “mentor melódico” da Tropicália figura Gilberto Gil como influência dos Tribalistas por conta de seu talento em criar palavras. O léxico é pouco para Gilberto Gil. Embora cometa coisas como “raça humana”, o compositor, ops!, o Ministro adora criar palavras totalmente descabidas, que podem ser substituídas por substantivos simplórios da Língua Portuguesa. Tribalismo em estado-bruto.
Walter Franco
Tudo é uma questão de manter distância da obra de Walter Franco. Seu lance “zen”, a “poesia” e a “performance”, tudo isso, são o grande caldo do qual beberam os Tribalistas. Ainda por cima, Walter foi autor de uma música chamada “Cabeça”. Quer mais que isso? Aliás, ouçam “Cabeça” e depois me contam...
Fagner
Antes que alguém se assuste, recomendo que ouçam o primeiro disco do dito cujo, entitulado “Manera Fru-Fru Manera”; especialmente, ouçam a faixa-título. Se derem sorte, ouçam a versão “ao vivo”, do Phono 73, com participação do Naná Vasconcelos. Tá lá... É "tribalismo melódico", moçada!
Secos & Molhados
Pode-se dizer que esse grupo foram os “Tribalistas que Deram Certo”; sim, pois já partem de algo honestíssimo: nunca inventaram que faziam parte de um movimento. Simplesmente compunham, tocavam e cantavam. Se os Tribalistas fossem limitados a isso, com certeza lograriam êxito. Os problemas são o cabecismo e as teorias estapafúrdias.
Novos Baianos
Uma banda excelente, é verdade. Ou melhor... É verdade? Não sabemos, porque a "crítica" faz verdadeiros boquetes para o trabalho dos Novos Baianos. Sei que, separados, são pessoas muito competentes. Paulinho Boca de Cantor, sem comentários. Galvão, deixa pra lá. Moraes Moreira fez a música "Deixa eu Penetrar na Sua Onda", entre outros clássicos. Pepeu Gomes gravou "Flor do Desejo e do Maracujá". Só Jorginho Gomes, bem discreto, figura como um dos melhores bateristas do Brasil.
Arrigo Barnabé
Que salto, não? É que na década de setenta aqueles lá de cima continuavam na ativa. Aliás, continuam até hoje. Nada mais reacionário do que a MPB. Voltando à Clara Crocodilo fria, não podemos deixar de citar Arrigo Barnabé. O que seria de Arnaldo Antunes, hoje, se não houvesse algo como a Lira Paulistana antigamente? Pelo menos, talvez não usasse aquele corte de cabelo.
Avellar e Banda Performática
Arnaldo Antunes começou com a Banda Perfomática. Nela, o Tribalista lia trechos do Velho Testamento misturados com trechos da Lista Telefônica/Assinantes. Por incrível que pareça, algo muito mais agradável do que boa parte das coisas feitas em seguida.
Os Mulheres Negras
A formação dessa “dupla” já dá uma noção do viés “tribalista” da coisa: Maurício Pereira e André Abujamra. São bons, claro, mas dois maletas. O “mala-que-canta” e o “mala-que-toca-bem”. Depois, André montou o Karnak, a banda mais maleta de todos os tempos de todo o universo. Maurício Pereira, coitado, caiu num ostracismo de dar dó. Pensando bem, menos mal.
Grupo dos Cinco
Não sei que nome tinha esse agrupamento, mas saca a equipe (em escala decrescente de ânsia de vômito): Lenine, Chico César, Paulinho Moska, Zeca Baleiro e Marcos Suzano. É moleza? Lenine e Suzano já haviam feito algo juntos, mas foi tão inócuo que ninguém deu trela. Mas, esses cinco juntos, cacetada! Foi algo como a MPB entrar com um Pedido de Falência.
Trama Records
O último estágio “pré-Tribalista”. Trama Records é a gravadora dos filhos. O dono é filho da Elis Regina, e são contratados dois filhos do Simonal, dois do Jair Rodrigues e o outro da Elis é cantor. Aquela filha que cantou com o Milton, sei não, talvez seja boa demais para a trama. Vamos ver. Tem também o Otto, o maior embuste da música brasileira depois do Kaoma.
1/22/2003 01:14:00 da manhã
terça-feira, janeiro 21, 2003
BOLETIM GRAVATANEWS
Saci Pererê e Mula-Sem-Cabeça Acusados de Abrir Conta na Suíça
Na tarde de hoje, foram formalmente acusadas essas duas figuras que já fazem parte do folclore da criminalidade brasileira: Saci-Pererê, vulgo "Tropeço", e Mula-sem-Cabeça.
Segundo informações preliminares, os meliantes resolveram fazer uma traquinagem bem serelepe: ABRIRAM CONTAS NA SUÍÇA COM O NOME DE PESSOAS DE BEM, causando toda sorte de embaraços para esses cidadãos impolutos.
Assim, fica resolvida aquela história do dinheiro que apareceu na Suíça, graças a um espírito brincalhão que achou por bem "pregar uma peça" de 34 milhões de reais.
A Mula-sem-Cabeça, por não ter boca e também pelo fato de que mulas não falam, preferiu manter o silêncio. Já o Saci, metendo os pés pelas mãos, entrou de sola e deu um chute que, segundo especialistas, não dá pé: "Essa história é uma bobagem, não tem pé nem cabeça".
Encerrados os trocadilhos, os acusados foram levados para uma acareação, fato que ficou bastante prejudicado mais uma vez pelas limitações corpóreas da acusada eqüina, que também não tem cara.
A Mula-se-Cabeça em foto recente.
Na foto acima, Saci Pererê, em período posterior à fama alcançada como garoto-propaganda dos cigarrinhos de chocolate. Também vemos que o Saci começou a fumar algo mais forte.
1/21/2003 09:30:00 da manhã
1/21/2003 09:26:00 da manhã
FIGURAÇAS DOS PUTEIROS
Quando se fala em “figuras dos puteiros”, a primeira idéia, óbvio, são as próprias putas, além dos seguranças, o dono-da-casa, os porteiros e afins. Nada disso. Os comentários a seguir dizem respeito aos FREQÜENTADORES.
Praticamente todos os homens já foram a um puteiro. Muitos, talvez a maioria, mentem dizendo que nunca foram. 99% dos que confessam ter ido, dizem que só foram para zoar, nem comeram ninguém.
Pois é. Vai ver que é por isso que as putas estão tudo passando fome. Assim, vejamos os tipinhos a seguir:
O Japa
As putas adoram os clientes japoneses. Segundo as mesmas, são pessoas objetivas, limpas, rápidas e sem embaraços financeiros. Ninguém confessa, mas talvez há razões “centimétricas” que ajudam nessa afeição. Fato é que há sempre uma porrada de japas num puteiro. Pelo menos aqui em Sampa, onde a população nipônica é considerável.
O Carente
Sabem aquela cena do cara, no balcão do bar, mexendo o gelo no copo de uísque e aparece uma gatona perguntando se pode sentar no banco ao lado? Nos puteiros, essa aproximação nada mais é do que a abordagem tradicional da puta (ou alguém queria que ela passasse um bilhetinho pelo garçom?). O problema é que alguns caras acham que a puta se apaixonou. Aí é problema.
A Turma de Moleques
De repente, o puteiro é tomado por uma galera que grita, urra, berra, faz a maior festa. Quem nunca esteve numa festinha dessas? Pois é... Mas os clientes habituais ficam putos da vida, porque normalmente a molecada que chega é composta por rapazes bonitos, que logo atraem a atenção das putas (afinal, se é para dar de qualquer jeito, que seja para um carinha bonito...).
O Namorado - Subespécies
Existem três categorias de “namorado de puta”. Vejamos:
a) Namorado/Namorado
Muito menos raro do que se imagina, trata-se daquele que efetivamente mantém um relacionamento com uma garota do puteiro. Ele normalmente chega bem tarde, quando acaba o “expediente”, e leva a garota embora. Os puteiros inibem esse tipo de relacionamento, mas alguns namoradinhos acabam até fazendo amizade com os donos-da-casa porque são civilizados e aceitam o ofício da mulher sem qualquer tipo de neura – mas, principalmente, não atrapalham o andamento do negócio, pois só chegam no final do turno.
b) Namorado/Cliente
Esse tipinho é até “estimulado” pelos gerentes das casas. Clientes habituais tornam-se, invariavelmente, “namorados” das putas de sua predileção. Assim que chegam no recinto, a puta já avança em seu pescoço e fatura uns drinques (sim, caras-pálidas, elas ganham uma pequena comissão em cima do que o cliente paga no bar). Essas figuras só incomodam a “casa” quando resolvem alugar a puta, impedindo-a de fazer programas e faturar.
c) Namorado/Malaco
A história é velha, muito embora pouquíssima gente realmente tenha conseguido a façanha. Trata-se daqueles que vão para o puteiro, xavecam a puta e saem com a dita cuja de graça. A operação envolve alguns obstáculos, tais como os “olhares atentos” do pessoal do puteiro, além da própria vontade da puta. Mas é o tal negócio: putas também têm tesão, e naturalmente procuram alguém que lhes agrade para mandar bala.
O Conquistador
Muito parecido com o “namorado/malaco”, o conquistador tem algumas particularidades. Quando vai ao puteiro, coloca uma roupa de balada, perfume caríssimo, manda lavar o carro e, quando chega, fica num canto, de olho nas garotas. Ele que chega nelas, xaveca, e vai para o quarto. Em suma: paga como qualquer outro, mas sai falando para os amigos que a puta “gostou dele”.
O Ciumento
Na verdade, o comportamento ciumento nem sempre configura um tipo específico de pessoa. Conquistadores, carentes, japas, todos podem também ser ciumentos. Mas há aqueles quase indefiníveis que apresentam também esse traço. O “ciúme de puta” está entre os sentimentos mais dignos de estudo pela psicologia (não que eu considere a psicologia algo digno de respeito). Rola o seguinte: o camarada está com a puta e fica bravo se alguém olha para ela. Em alguns casos ainda mais teratológicos, ele come, e quando o “casal” volta do quarto, fica policiando as futuras investidas profissionais da moçoila. Acreditem, isso existe – os leitores homens sabem que existe.
O Fodão
Por falar em teratologia, há aqueles que vão para o puteiro para fazer a puta gozar. Isso mesmo. E ainda contam para os amigos que a puta gozou tantas e tantas vezes com ele. O triste nem é acreditar nos pouco verossímeis gritos de “soprano” da garota, mas sim ir para um puteiro com um objetivo tão “altruísta”. Se o danado é mesmo um carinha de tanta competência, poderia testá-la em mulheres que não ganham uma fortuna para gemer.
O Médico e o Monstro
Ele entra mudo e sai calado do puteiro. Lá dentro, permanece sem emitir qualquer ruído que chame atenção dos presentes. Escolhe alguma puta praticamente usando a mímica. E só... Só isso mesmo? O caralho! Lá no quarto ele pede para bater, apanhar, amarrar, ser amarrado, além de uma série de coisas envolvendo todos os acessórios possíveis e imagináveis. Para o público, Dr. Jeckill; no quarto, Mr. Hyde.
1/21/2003 09:21:00 da manhã
segunda-feira, janeiro 20, 2003
BOLETIM GRAVATANEWS
Este espaço, a partir de hoje, será usado para divulgar notícias e fatos de extrema relevância - algo que todos os blogueiros já fazem, mas que eu não fazia simplesmente por não me conformar com o fato de ser blogueiro e fazer parte dessa comunidade esquisitinha.
Mas já que estou neste inferninho mezza-bucca, abraço o capeta meia-sola. E hoje aproveito para falar das empresas que fazem parte de meu Conglomerado Internético.
Gravataí Merengue
Estréia hoje o conteúdo inédito de 2003. Não era sem tempo. Leitores formavam filas em nossos escritórios da Antuérpia (uns babacas, eu diria; afinal, aquele escritório é só fachada para meu negocinho de exportação de diamantes).
Ocorre que quando a horda de bárbaros ouvidores de tribalistas ameaçou invadir a nado meu barquinho aqui em St Tropez (será que já estamos em Ibiza?), resolvi criar vergonha nessa minha cara notadamente desprovida de tal atributo.
Agora não reclamem!
Caneta Bic
É isso aí, moçada! Foi uma leva, hoje, cheia de rabisquinhos bacanas. Tem homenagens para os blogs de amigos, amigas e pessoas simpáticas e/ou excessivamente antipáticas. A carapuça que servir, façavor de vestir sem maiores delongas.
Entrar lá é fácil. Basta clicar aqui, ou então depositar US$ 100,00 na nossa já amplamente divulgada conta no Caymman's International Bank.
Imprensa Marrom
Todos sabem que o Imprensa Marrom é a facção virtual de nossa milícia comunista, pronta para tomar o poder no Planeta Terra. Sob a singela fachada de "site media-watching", fazemos um trabalho de lavagem cerebral e/ou estomacal, dependendo de qual dos órgãos seja mais atuante na personalidade da pessoa.
Entrar lá é fácil. Basta clicar aqui. Se o detector apitar, coloca a chave e o celular naquela caixinha.
E, claro, o ano de 2003 promete uma "doce novidade" para o Imprensa Marrom. Aguardem...
Visitante Número 14000
O de sempre: manda a "prova" da façanha e aguarde um mimo. No melhor clima "Xou da Xuxa", também fazemos um "meninos" contra "meninas". Uns acham que é pura misonigia do contador, mas fato é que somente os homens ganham - e as beldades proliferam nestas páginas. Quem sabe não é uma garota que ganha dessa vez, né? Façam fé, moçoilas batutas!
1/20/2003 12:55:00 da manhã
1/20/2003 12:44:00 da manhã
DECLARAÇÕES UNIVERSAIS MAIS ESPECÍFICAS
Há algumas décadas, houve a “Declaração Universal dos Direitos Humanos”. De prático, mesmo, pouca coisa foi realizada. Não tanto por culpa das entidades, mas sim porque a sociedade ainda aposta na “cultura do safanão”.
Isso se explica pelo viés sadomasoquista, ou seja, pela relação “Dominador/submisso” que ainda impera na sociedade em geral (não somente a ocidental, fique claro).
Assim, independente da eficácia, solto abaixo algumas declarações universais. Vamos lá:
“Declaração Universal dos Direitos das Meninas Carentes”
Toda Menina Carente tem os seguintes direitos:
1 – Comer brigadeiro de colher, ou um saco inteiro de pipocas, com o homem amado, num dia de chuva, à tarde, vendo filminho bobo;
2 – Não ser ludibriada por rapazes insensíveis que se vestem de príncipes encantados mas só querem sexo e, pior, apenas uma vez;
3 – Dormir, ao menos três noites por semana, com o cafuné de um cara bem lindo;
4 – Acordar, ao menos três manhãs por semana, com o cafuné do mesmo cara bem lindo, que também trará café na cama, com frutas, geléias, e até uma florzinha;
5 – Comer muito chocolate, massas, carnes e frituras sem engordar, pegar celulites ou nascer espinhas;
6 – Poder sonhar com um Príncipe Encantado que trará muito amor, carinho, companhia, tesão, dinheiro, e todas as virtudes do mundo, além de ser um pai maravilhoso e uma pessoa com quem se possa envelhecer lado-a-lado, com muita paz e amor.
“Declaração Universal dos Direitos do Machista Incorrigível”
Todo Machista Incorrigível tem os seguintes direitos:
1 – Ter roupa lavada, comida quentinha, casa limpa, televisão funcionando, cerveja gelada, e mulher devidamente depilada e com as unhas bem feitas;
2 – Ter uma patroa que não faça perguntas embaraçosas como “onde você esteve na noite passada que voltou com a cueca cheia de marcas de batom”;
3 – Receber o “gracejo” de um sexo oral bem feito, sem raspadas de dentes ou babadas no saco, e nem frescuras ou cara feia nos “finalmentes”;
4 – Poder se engraçar com todas as cunhadinhas, com o direito, inclusive, da receptividade por parte das mesmas “que não enganam com aquelas carinhas”;
5 – Ver o jogo de futebol no horário que bem entender, bebendo quantas cervejas quiser, e vestindo (ou não) a roupa que for, sem ouvir qualquer reclamação de quem quer que seja;
6 – Dar 150 tiros de escopeta na bunda da sogra.
“Declaração Universal dos Direitos da Blogueira”
Toda Blogueira tem os seguintes direitos:
1 – Ser linkada pela Cora Rónai, Inagaki, Marco Aurelio, Drispaca ou Persegonha, com direito a referências elogiosas ao seu estilo inovador;
2 – Colocar citações de autores americanos óbvios, sem que alguém coloque observações metidas a inteligentes nos comentários;
3 – Ser tratada por “gostosa”, mesmo sendo uma tremenda baranga;
4 – Escrever coisas totalmente imbecis, raciocínios superficiais e outras babaquices, mas receber milhares de elogios nos comentários, por e-mail, e até ser abraçada nas ruas pelos fanáticos seguidores;
5 – Ser defendida pelos mesmos fãs quando algum blasfemador resolve questionar alguma coisa nos perfeitos textos publicados;
6 – Ser contratada para escrever “Os Normais”.
“Declaração Universal dos Direitos do Torcedor Fanático”
Todo Torcedor Fanático tem os seguintes direitos:
1 – Ser Campeão, com direito ao time rival ser rebaixado de forma vexatória;
2 – Caso seja rebaixado, poder voltar à primeira divisão numa virada de mesa que não provoque suspeitas;
3 – Ter 99% do noticiário esportivo direcionado ao seu time, e o resto distribuído entre as outras equipes, além da cobertura de torneios como o “Campeonato de Rouba-Montes de Mogi das Cruzes”;
4 – Ganhar todos os jogos contra os times rivais, com direito a dribles, chapéus e jogadas maravilhosas;
5 – Ceder todo o time para a seleção brasileira, mas sem ter a equipe desfalcada (ei! Fanatismo e matemática são conflitantes, esqueceram?);
6 – Fazer um “resgate histórico” dos títulos do seu clube, descobrindo que ele já foi vinte e sete vezes campeão mundial.
“Declaração Universal dos Direitos do Bebum”
Todo Bebum tem os seguintes direitos:
1 – Tomar uminha, dezinha, cenzinha, milinha...;
2 – Beber somente cerveja gelada e/ou whisky importado;
3 – Não ter ressaca;
4 – Não receber qualquer tipo de reprimenda pelo fato de viver embriagado, dar vexames homéricos, vomitar pelos cantos e causar alvoroços dignos de grandes guerras mundiais;
5 – Ter sempre um baldinho de gelo à mão, sem precisar ir ao freezer e ficar enchendo e esvaziando forminhas;
6 – Poder viver seguindo a rotina de “beber num dia, dormir no outro”, sem que preocupações menores, tais como “família” ou “emprego” possam atrapalhar esse cotidiano ameno.
“Declaração Universal dos Direitos do Esquerdista Radical”
Todo Esquerdista Radical tem os seguintes direitos:
1 – Beijar os pés de Fidel Castro;
2 – Fazer uma lobotomia localizada, de modo que todas as atrocidades cometidas por Stálin e Fidel Castro sejam sumariamente ignoradas;
3 – Explicar que a “ditadura do proletariado” não interfere nas liberdades individuais, sem ouvir piadinhas ou qualquer tipo de chacota;
4 – Cultivar barbas de profeta (para homens), ou suvaqueiras de hippie (para mulheres);
5 – Refutar o uso de estatísticas para enaltecer regimes neoliberais, mas usar estatísticas para enalceter o regime cubano;
6 – Relacionar ao esquerdismo causas difusas, tais como “direito ambiental”, “causa homossexual”, “anti-racismo” etc.
“Declaração Universal dos Direitos do Direitista Radical”
Todo Direitista Radical tem os seguintes direitos:
1 – Beijar os pés de George Bush;
2 – Fazer uma lobotomia localizada, de modo que todas as atrocidades cometidas por Hitler e pela política externa dos EUA sejam sumariamente ignoradas;
3 – Explicar que um mundo dominado por grandes corporações não alteraria as liberdades individuais, sem ouvir piadinhas ou qualquer tipo de chacota;
4 – Falar sobre “o lado bom do governo de Hitler”, sem receber críticas como quem fala de alguém que prendeu, torturou e finalmente acabou com a vida de 6 milhões de indefesos;
5 – Refutar o uso de estatísticas para enaltecer o regime cubano, mas usá-las para defender regimes neoliberais;
6 – Relacionar o direitismos a causas difusas, tais como “reforma tributária”, “liberdade empresarial” etc.
“Declaração Universal dos Direitos da Garota Modernex”
Toda Garota Modernex tem os seguintes direitos:
1 – Ver todos os seriados americanos de tal sorte que não haja horários conflitantes, ou outros contratempos;
2 – Receber uma reservadíssima lista com as músicas, roupas, gírias e drogas que estarão na moda dali a um mês;
3 – Transar sem se apaixonar;
4 – Conhecer, na prática, todas as modalidades sexuais já desenvolvidas e/ou fantasiadas pela humanidade;
5 – Ter um emprego bacaninha, em uma empresa toda moderna, ganhando bem, e ainda por cima ter um chefe gostosão que te assedia, ou um estagiário saradinho que te dá bola;
6 – Ter uma amiga colorida.
Simples, não? Faça você também sua “Declaração Universal” e manda bala!
1/20/2003 12:37:00 da manhã
sexta-feira, janeiro 17, 2003
1/17/2003 10:28:00 da manhã
MANUAL DA CLASSE MÉDIA (Excerto) - 18/09/2002
Guia das Churrascarias Rodízio
O churrasco é uma das práticas mais elementares da culinária mundial. No Brasil, atribuem à técnica gaúcha o melhor deles. Qual o segredo? Sal grosso e paciência. Como poucos carregam este segundo ingrediente em suas essências, é normal que as churrascarias rodízio tenham-se proliferado por Sampa.
Os "puristas" (qualquer segmento da humanidade tem um "purista" para encher o saco) condenam essa prática gastronômica. Mas é uma condenação pífia, porque tais restaurantes possuem um "algo mais" que é irrefutável nos dias de hoje: são baratos.
Assim, só resta a Gravataí Merengue apresentar um pequeno manual para seus leitores não pisarem no tomate em uma Churrascaria Rodízio.
As Bebidas
Como trata-se de um preço fixo para você comer à vontade, obviamente o restaurante procura aumentar o lucro te empurrando goela abaixo toda sorte de bebidas. Além da obviedade (refrigerante, cerveja etc), você será convidado a "experimentar a nossa água de coco" ou então a "degustar algum licor especial". Nada é de graça, amigo. Não caia nesse truque.
As Sobremesas
Norteados pelo mesmo princípio acima, os empresários do setor de "churrascarias-para-a-classe-média-se-esbaldar" passam com aqueles carrinhos apelativos ao lado da mesa dos que acabaram de comer. Quem oferece os quitudes? Alguma beldade. Por quê? Porque as mulheres, por questões biológicas, sempre querem um docinho. Os homens é que (por questões biológicas e financeiras) costumam recusar. Então a "baianinha-com-o-visual-melhoradinho" do carrinho de sobremesas serve para convencer-nos.
O Corte da Carne
Quando você pede um pedaço da costela, o garçon só falta deixar meio boi em cima do seu prato. Mas, reparem bem, o corte ganha dimensões de "carpaccio" quando se trata de uma iguaria menos xumbrega. Picanhas, cordeiros e afins, quando cortados, são-nos entregues como micro-lâminas de carne.
O Cupim
Os bois são vacinados na região do corpo que dá origem ao corte denominado "cupim". Assim, por questões óbvias é uma carne totalmente NÃO RECOMENDÁVEL. Claro que muitos a defendem por questão de paladar, principalmente aludindo ao fato de que a carne bovina, em geral, é um grande veneno. Pode ser. Mas, já que está sendo envenenado, evite esse excesso.
A Picanha com Alho
Esse é um "corte mandrake". Desafio toda e qualquer churrascaria rodízio a me apresentar uma "picanha com alho mal passada". Isso é impossível. Sabem por quê? Porque eles aproveitam o espeto da picanha que ninguém mais quis e jogam um alho por cima. Daí, servem como "picanha com alho". Não comam! É uma carne que já rodou o equivalente a meia Carvalho Pinto e, depois do percurso (entremeado por esquentadinhas), surge como "recém-saída da brasa".
Distribuição Aleatória?
Embora os cortes pareçam ser distribuídos de forma aleatória, percebamos, logo de cara, que isso não é verdade. De início, trazem cortes baratos para encher a nossa pança. Daí, vendo que somos idiotas, mas nem tanto, acabam trazendo coisas mais louváveis. Ocorre que as tais "coisas louváveis" passam de forma bissexta, conquanto os "cortes mequetrefes" desfilam o tempo todo. Poucos são os disciplinados que não resistem a uma "lingüiça caseira" que só serve para encher a pança do freguês.
Os Frutos do Mar
Normalmente, trata-se de uma salada com um respingo de lula, ou então algo que eles chamam de "casquinha de siri"; quando muito, servem "kani" no buffet de saladas. Quando rola um camarão, trata-se do famoso sete-barbas, no melhor estilo "espetinho-de-praia-debulhado-na-bandeja". Dica importante: evite revertérios, e não queira levar vantagem em tudo. Não brinque com a sorte.
A Salada
Como o público-alvo desses restaurantes é constituído por pessoas que desconhecem as coisas boas da vida, os empresários colocam iguarias fascinantes sem qualquer medo de prejuízo. Já vi muita churrascaria assim servir endívias e ninguém colocar as mãos; ao passo que a rúcula é disputada a socos e pontapés. Abra os olhos, porque há muitas coisas boas nas saladas.
Você Conhece o Sistema da Casa?
Resposta ideal: "Eu conheço, mas os garçons não!" Já reparam? Eles inventam de colocar um "semáforo-de-mesa", que obviamente não dá em nada. Como não respeitamos os sinais de trânsito, é óbvio que os garçons absorvem essa cultura, aplicando-a ao "sistema da casa". Alguns, mesmo após o terceiro "reparou-que-tá-vermelho", ainda insistem em perguntar se queremos a maminha na manteiga, ou algo do gênero.
Mandem mais dicas, truques e observações acerca dessa modalidade ímpar de refeições "fartas" e "baratas"...
1/17/2003 10:27:00 da manhã
A LÓGICA DE ALGUN$ NEGÓCIO$ - 16/09/2002
Sempre que compramos alguma coisa, ou contratamos algum serviço, as ótimas aparências da divulgação são substituídas pela trágica imagem da realidade. Essa desilusão é constante e coletiva. Querem ver?
Cartão de Crédito
Oferecem como se fosse praticamente um "complemento de salário". Obviamente, trata-se de uma forma a mais de se gastar seu dinheiro; com o ônus de se adquirir dívidas a juros altíssimos. Hoje em dia, é melhor dever dinheiro para um mafioso do que para uma empresa de cartão de crédito.
Plano de Saúde
Eles não falam na hora de te vender, mas depois você descobre que ele não cobre doenças contagiosas, nem epidemias, nem nada do que você tem chance de pegar. Em suma, você só não pode ficar doente; o resto eles garantem. As pessoas que, de fato, economizariam algum dinheiro fazendo plano de saúde são exatamente aquelas que as empresas não querem que façam. O resto, aqueles que pagam só para garantir, pois nunca ficam doentes, esses eles adoram.
Seguro do Carro
Quando você faz, eles perguntam tudo e mais um pouco. Se você deixa o carro na garagem, se deixa no estacionamento, o horário em que dirige tal e coisa. O preço continua alto. Para piorar, acaba sendo uma verdadeira EPOPÉIA para conseguir indenização após o furto do veículo. Querem que você pague um monte de coisas, passe procuração, enfim, uma burocracia que não havia na hora de comprar.
Speedy
Aqui em São Paulo temos um serviço de "Internet Rápida" que é o Speedy. Acreditem, existe PREVISÃO CONTRATUAL para que o somente cumpram com 10% da "banda" vendida. Trocando em miúdos, eles te cobram por 256kb/s, mas só têm obrigação de cumprir com 25.6kb/s. Isso, ainda por cima, se a rede estiver boa. O mesmo que comprar um automóvel que dizem atingir 180km/h, mas na verdade a montadora só garante que vá a 18km/h, e numa rua sem buracos.
Bancos
Conhece a história da fruta que era verde, pequena, de casca dura, áspera, bem azeda, mas que o espanhol jurava não ser limão? É o mesmo princípio que os bancos se atribuem. Querem porque querem nos convencer de que não têm uma relação de "consumo" havida entre si e seus clientes. Obviamente, dizem isso porque a "casa vai cair" caso o STF entenda o contrário. E a ação está para ser julgada...
Computador Montado
As empresas são muitas, proliferam nos anúncios dos jornais. Realmente, perto daqueles computadores caros, de "marca de boy", são umas tentações. Até o dia em que você precisa arrumar uma pane – e esse dia nunca tarda. Já começa na assistência técnica, pois ninguém se espanta com seu problema. Frases como "Ah, o hd queimou? Isso tá acontecendo mesmo" costumam ser ditas sem que a pessoa aparente estar embaraçada.
A Pergunta que Não Quer Calar: POR QUE, NOS TELEFONES DAS EMPRESAS, VOCÊ É ATENDIDO DE PRIMEIRA QUANDO LIGA PARA O SETOR DE VENDAS, MAS LEVA TRÊS HORAS PARA FALAR COM O SETOR DE ATENDIMENTO AO CLIENTE?
1/17/2003 10:25:00 da manhã
quinta-feira, janeiro 16, 2003
1/16/2003 02:38:00 da manhã
GRANDES ROUBADAS DAS NOSSAS VIDAS - 09/09/2002
Algumas coisas são os chamados "sacrifícios necessários", ou seja, aquelas chatices que não tem jeito: precisamos cumprir. Tipo "tomar injeção" ou algo do gênero.
Tendo em base o desabafo que li no Blog da Dri, acho que é chegada a hora de tentar elencar aqueles momentos idiotas pelos quais passamos – mas poderíamos ter evitado.
Alugando Casa de Praia (ou Sítio) em Turma
A chance de ser uma roubada é de 99%. Inclusive, incluímos todos os contratemos no que chamamos de "charme" desse tipo de viagem. Faltará água, luz, não haverá cama suficiente, o chuveiro vai falhar, a geladeira (nas hipóteses em que houver alguma na casa) é uma porcaria, e por aí vai.
Comprando CD por Causa de uma Música
Vai falar que ninguém fez isso? Ok, agora com o tal do "mp3" ficou meio inócuo. Fato é que sempre compramos na esperança de que "além daquela música show, possa haver alguma legalzinha". Nada disso. Todas as outras são uma MERDA e ainda por cima enjoamos rápido da ÚNICA que gostamos.
Alugando Filme por Recomendação do Carinha da Locadora
"Ah! Você vai adorar esse aqui..." Com essas palavras mágicas, o camarada empurra-nos alguma BOMBA. Quem gosta de cinema, dificilmente cai nessa arapuca. Mas a maioria, como eu, já deve ter caído. O que acontece? O filme é uma bosta, mas mesmo assim acabamos assistindo até o final para não ser um "dinheiro jogado fora". Recentemente, adotei a filosofia de simplesmente não assistir. Porque já joguei o dinheiro fora, então pelo menos eu não jogo fora o meu TEMPO e minha PACIÊNCIA também.
Fazendo "Formatura"
Boa parte da sociedade medíocre e caipira do Brasil sustenta o sonho de ver os filhos em uma formatura. Não vamos culpar nossos papis, porque passaram a vida vendo aqueles filmes, tal e coisa. Ocorre que, ultimamente, as formaturas são uma grandiosa ROUBADA. Em síntese: a comissão vai aprontar alguma, a empresa de formatura vai dar alguma pi$ada na bola, a colação dará sono e o baile será um cocô. Detalhe: vai custar os tubos.
Comprando Carro Antigo Para Fazer Graça
De quando em vez algum camarada aparece com um "pau véio" comprado por um preço "baratinho". Mal sabem eles o quanto vão gastar com o Maveco ou o "Jipe-da-década-de-50". Esses carros, hoje, são verdadeiras FÁBRICAS DE DOR-DE-CABEÇA. Desnecessário dizer que a relação "tempo no mecânico x tempo em uso" será de, sem exageros, uma semana para cada dois dias.
Cortando o Cabelo Radicalmente
As garotas adoram isso. Cortam tudo, ficando com o cabelo bem curtinho. As amigas falam "uau! Ficou linda!". Mentira! Você ficou feia. É que não falam porque são falsas; a alegria, inclusive, dá-se porque finalmente você deixará de ser páreo para elas, agora que embarangou. Isso só dá certo quando a mina tem o rosto MUITO bonito. É o seu caso, leitora? Olhe para o espelho.
Comprando a Prazo
Como os bancos ganham quanto querem aqui no Brasil, não é fácil fazer uma propaganda maciça à população rampeira, que acaba caindo no "conto do crediário". Assim, o sujeito compra coisas às vezes inúteis, caríssimas, em trezentas parcelas. Pior: acham que fizeram bom negócio. Com as mulheres ocorre o famoso "Distúrbio-do-Parcelamento", típico na C&A, por exemplo.
Assinando como Fiador
A cena não é nada rara: um "amigo" aparece com um contrato de locação, ou algo assim, e pergunta se assinaríamos como fiador. Acreditem, tem gente que cai nisso ainda nos tempos de hoje. Obviamente, isso SEMPRE dá chabu. Mas é o tal negócio: "pô, o cara é de confiança".
Emprestando o Carro
Nunca dá certo. Emprestar o carro é uma forma de IMPLORAR para vê-lo quebrado, batido ou com um "novo barulhinho" que coincidentemente resolve aparecer depois do tal "empréstimo". Sem contar que é possível, e bem provável, que o "amigão" leve uma multa. Além de pagar, você fica com os pontos na carteira.
Encontros às Escuras
Antes, era normal que acontecesse na base do "cada um do casal leva mais um(a) amigo(a)". Hoje em dia, com a Internet, a coisa se difundiu de forma descontrolada. Estudos sérios de nossos famigerados cientistas catanduvenses informam que somente 0,01% desses encontros são "bem sucedidos".
É claro que há muitos outros casos... Quem souber de mais algum que eu tenha esquecido, manda o famoso e-mail.
1/16/2003 02:27:00 da manhã
VOCÊ É UMA PESSOA "CLASSE Z"? - 06/09/2002
Em primeiro lugar, não devemos nunca confundir a pessoa "classe z" com uma pessoa "trash". O "trash", embora seja geralmente algum babaca que se liga em modismos (o antimodismo é um modismo, pois não?), jamais poderia ser confundido com o "legítimo classe z".
Esse, lamentavelmente, trata-se daquele tipo de pessoa que somente faz parte do grupo chamado "seres humanos" por uma questão de "similaridade genética", mas não por questões mentais ou psicológicas. Vamos ao teste:
1 – No trânsito, você:
a) Xinga, resmunga, reclama, mas não trapaceia
b) É um palerma
c) Adora furar fila, utrapassar pela direita etc.
2 – Se o vendedor der troco a mais, você:
a) Devolve (pode até fazer alguma ironia)
b) Só vai perceber em casa
c) Finge que não percebeu e embolsa
3 – No rateio da conta do bar, você:
a) Dá uma de chato e paga só o que consumiu
b) Acaba pagando mais do que devia
c) Sempre dá um jeito de pagar menos do que consumiu
4 – Em relação ao seu chefe, você:
a) Não é lá muito simpático com o figura
b) Acata suas ordens sem questionar
c) Puxa o saco, mas por trás quer ferrá-lo
5 – Quanto a fazer fofocas, você:
a) Acha um absurdo, porque fala na cara
b) Não participa (não sabe, mas é o alvo das mesmas)
c) Chega ao ponto de falar mal da(o) namorada(o) para a(o) cunhada(o)
6 – Quanto aos "Amigos Influentes", você:
a) Não os admira tanto, porque chegaram lá fazendo muita merda
b) Dá valor, porque têm muito destaque social
c) Embora os xingue por trás por causa dos trambiques, sempre pede uns favores
7 – Quanto aos "atores da Globo", você:
a) Considera todos uns canastrões
b) Considera-os bons atores, e os chama pelo nome do personagem
c) Acha que todos são viados
8 – Nos cinemas ou teatros, você:
a) Manda calar a boca, sempre que alguém faz barulho na platéia
b) Não tem coragem de reclamar com quem incomoda
c) Faz barulho, incomoda e não se preocupa com os demais
9 – Numa festa de casamento, você
a) Fala somente com quem conhece
b) Fica horas numa rodinha chata, para não parecer antisocial
c) Faz piadinha sem graça a noite toda e faz questão de passar com a bandeja da gravata cortada
10 – Numa festa de aniversário, você
a) Recusa-se a ir, caso não conheça o aniversariante
b) Mesmo não conhecendo, dá um presente ao aniversariante
c) Conhecendo ou não, você não dá presente e faz questão de, ou puxar o coro do "e para fulano nada", ou então embaralhar a cantoria do "parabéns..."
Resultado:
Para cada alternativa "a": Marque 1
Para cada alternativa "b": Marque 2
Para cada alternativa "c": Marque 3
De 10 a 15 pontos:
Uau! Você é chato mas, pelo menos, faz aquilo que considera certo e justo, né? Também, preocupa-se com os demais. É isso aí. Na boa, é provável que você seja considerada a pessoa mais MALA da sua turma. Ainda assim, melhor pagar esse preço do que ser um idiota. Tá certo...
De 16 a 25 pontos:
Aqui situa-se a maioria. Chato aqui, bobo lá, meio paradão acolá, inconseqüente alhures, mas predominantemente uma pessoa que faz aquilo que acha o certo, muito embora às vezes se deixe levar por um ou outro vício, uma ou outra cagada da personalidade. Nada calamitoso...
De 25 a 29 pontos:
Passou raspando, hein? Não reclame, muita gente é como você. Você faz parte de uma "maioria não assumida". É que muita gente sabotou o teste marcando "a" em alternativas cuja marcação seria digna do "b". Marcaram pelo que consideram, mas não pelo que efetivamente fazem. Você foi mais "sincerinho" (leia-se: conformado). Sem neuras, ok?
30 pontos:
Cacetada! Trintinha, mesmo? Sem gozação? Se for mesmo verdade, vá para uma clínica e, pelo bem da humanidade, esterilize-se. Ah, esqueci... Você nunca se preocupou muito com a humanidade.... talvez porque não seja propriamente um ser humano.
1/16/2003 02:22:00 da manhã
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